chapter 2

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12 A.M.

o seu cabelo castanho escuro destaca-se nas cabeças loiras de Inglaterra  e claro o seu olhar preenchido de dor ao contrário de todas as outras pessoas.

não tenho hábito de sair de dia, demasiadas pessoas e sempre que achamos que ninguém está a ver o que fazemos, vai sempre haver alguém numa janela fechada a espreitar pelos buracos da persiana a olhar para nós. por isso não oportunidade de matar durante o dia.

matar.

tudo o que fiz na minha vida foi matar, mesmo em criança, e nunca ninguém soube. sem piedade. sem misericórdia. rindo-me do olhar de desespero presente nos olhos das vítimas. as minhas favoritas são as mulheres.

os seus olhos azuis cruzam-se com os meus antes de ela entrar num bar aleatório.

cubro a minha cabeça com o meu capuz e entro no mesmo edifício. o lugar é frio, três janelas, mas as cortinas são escuras o que não permite que entre muita luz.

e estava ela, de cabelo atado, um avental preto preso à sua fina cintura, e um tabuleiro de metal com copos vazios nas suas mãos.

- tu de novo. andas a perseguir-me? - ela coloca-se em à minha frente.

sim.
balanço a minha cabeça negativamente e ela entrega-me um cigarro, fazendo-me ficar confuso.

- devo-te um desde ontem. - ela sorri e vira costas.

oh céus, eu preciso dela.

morta.

o cigarro está escrito.

"Rua XXX edifício 666, apartamento 23. - K.S."

Eu iria até ? Sim eu iria. Mas não hoje.
Hoje irei passar o dia aqui.

a ela sair.

***
Até ao próximo capítulo.

apartment 23 || HS (completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora