chapter 6

135 26 8
                                    

04 A.M.

- merda! eu te disse não vens comigo! - grito-lhe.

- e eu te disse que vou! - ela grita de volta.

- ouve-me Kaya. - agarro os seus pulsos encostando-a à parede. - eu estou à mais de uma semana fechado neste apartamento contigo, sem ver uma única gota de sangue, só saio para te acompanhar até à merda do teu trabalho. - solto-a. - não vens comigo e é o fim da conversa, não mereces ver tal coisa.

- vou. - ela cospe.

- foda-se.

Viro-lhe as costas e saio do apartamento, ouço-a andar atrás de mim pelas ruas molhadas devido à chuva torrencial de minutos atrás.

Após alguns metros sinto a sua mão pequena e quente entrelaçar com a minha grande e fria.
Paro os meus passos para olhar para ela, e no mesmo momento começa a chover.

Os seus cabelos castanhos pelos ombros molhados, a linha de lápis preto na linha de água dos seus olhos agora borratada, a sua camisola branca fina molhada permite-me ver que o seu sutiã é preto, e o seu pequeno sorriso sem mostrar os dentes, torna-a...

Incrivelmente irresistível.

Ela puxa-me para mais perto dela, sem nunca separar as nossas mãos, e a sua outra mão acaricia a minha face direita.

- estamos nisto juntos, okay? - ela sussurra quando junta as nossas testas.

- okay.

Continuamos a andar pelas ruas, quando avisto um casal.

O homem tem cabelo preto e é ridiculamente muito mais baixo que a sua namorada de pernas longas e cabeça loira.

- fica aqui, por favor. - digo a Kaya. Ela apenas concorda com a cabeça.

Acelero o meu passo a modo a conseguir tocar no ombro do rapaz, ele vira-se para mim, e no instante que ele pergunta se eu preciso de alguma coisa, traço-lhe a faca no pescoço.

A loira grita e corre o máximo que os seus sapatos de salto alto ridículos lhe permitem.
No instante que agarro o seu tronco espeto-lhe a arma do crime na sua anca, fazendo-a vomitar sangue.

Os seus olhos azuis tornam-se negros assim que espeto a arma mais umas quinze vezes nas suas ancas.

Deixo os dois corpos ali no chão, abandonados e volto para os braços abertos de Kaya.

- sentes-te melhor? - ela pergunta repousando a sua cabeça no meu peito.

- muito.

Ela levanta a sua cabeça olhando-me no fundo dos meus olhos verdes com os seus azuis.

Sinto-a a colocar-se em bicos dos pés, aproximando os nossos rostos.

- eu amo-te. - ela sussurra antes de juntar os nossos lábios e fazendo as nossas línguas dançar uma com a a outra.

***

Até ao próximo capítulo.

apartment 23 || HS (completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora