Capítulo 8- Elisa e Miguel

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       Estou sentada em minha sala nesse momento observando a Esther e o Lourenço abraçados com a Clarinha. Acabei de lhes dar a notícia que a Clarinha reagiu super bem aos exercícios de hoje e que não reclamou de dores. A Esther já estava chorando antes mesmo de convidá-los a entrar na sala. Quando saímos da sala de exercícios ela já estava com os olhos vermelhos.

- Muito obrigada Elisa, por tudo. - A Esther fala, levanta e me dar um abraço.

- Por nada Esther, eu estou muito feliz em saber que estou ajudando a Clarinha na recuperação. - Falo

- Você tem se esforçado além do que lhe é por obrigação Elisa e nós temos notado isso. Teremos uma dívida eterna com você. - O Lourenço fala.

- Nada gente a Clarinha que é muito esperta e se finge só para vim brincar de boneca. Não é Clarinha. - falo e a Clarinha dá uma gargalhada gostosa, nós sorrimos juntos. - Gente nesse próximo estágio da recuperação da Clarinha vou precisar muito da cooperação de vocês. Nas próximas sessões eu repetirei os exercícios com Clarinha na passarela de apoio e a partir da próxima segunda-feira vamos começar a colocar a Clarinha para dar uns passinhos dentro de casa. Vou lhes ensinar a melhor forma de ajudá-la a caminhar. Posso contar com vocês para isso?

- Pode sim Elisa. Mal podemos esperar para ver nossa princesa totalmente recuperada novamente. Não é querido? - A Esther fala

- Com toda certeza. O Lourenço responde.

- Ficamos combinadas então. - Falo.

- Vamos meus amores. A Elisa precisa trabalhar. - O Lourenço fala.

- Vamos. Tchau Elisa até amanhã.- A Esther fala levantando.

- Tia amanhã a gente vai blincar não é? - A Clarinha pergunta.

- Com certeza minha linda. Não perco nossa brincadeira de boneca por nada. - Falo sorrindo e lhe dou um beijo na testa. Nos despedimos e eles saem da sala. Corro para atender meu próximo paciente.

Os corredores do Avilar estão super agitados hoje. Lá na fisio está mais tranquilo. Estou me dirigindo a sala da Katy, nós pedimos um almoço chinês hoje. Viro no corredor a direita e entro na segunda porta. Logo vejo a katy sentada em sua mesa, agora improvisada com as quentinhas em cima.

- Demorou gata! Estou morrendo de fome. - Fala sorrindo.

- Que exagerada. Faz cinco minutos que você ligou para avisar que o almoço chegou. - Falo retribuindo seu sorriso.

- Vamos atacar? - pergunta

- Agora mesmo. - Respondo. - Nós comemos super concentradas nas delícias a nossa frente, sushis, Sashimi, Temaki e bastante molho shoyu.

- Ufaaa! Estou super cheia. - Fala

- Eu também amiga. Estava tudo perfeito. - Falo

- Você soube da cena que a mãe da Carla a nova paciente fez com a Iza na sala de vidro? - pergunta

- Não. O que houve. - pergunto intrigada.

- Ela gritou no corredor que ninguém irá impedi-la de ficar na sala com a filha durante as sessões. Chamou a iza de preta incompetente e disse que irá mudar a menina de hospital. Foi necessário o João Maurílio interferir, ele disse para ela mudar o tom ou seria convidada a se retirar pelos seguranças.

- Minha nossa! Que horror tudo isso. Imagino como a iza deve ter ficado. - Falo

- Ela ficou sem ação. Quando o Maurílio retirou a mãe do local eu e a Brenda fomos com ela para sua sala. Ela chorou e nós a encorajamos a prestar uma queixa, pois aquela mulher a maltratou por puro preconceito racial. Nós seremos testemunhas dela. - fala

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