Elos quebrados.

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Sinos, sientas,
Trompas, trompetes,
Sons doces, sons aguardos, Sons de vida e morte.
Melancolia melodiosa e tediosa.

Eis que acordo durante a penumbra,
Sem sol, sem lua, sem a luz das estrelas,
Ao som de pequenos e grandes
Ao escutar choros e risos
Escrevo ao tilintar dos guisos.

Não vejo se não a luz que outrora iluminou,
Com tanta intensidade cegou a minha visão,
Roubou toda a minha  lógica e razão,
E em correntes do ouro trançado,
Me levou a te prender por medo.

Trouxe o puro ouro turco,
Derreti em meio ao amor,
Forgei a corrente de união,
Incrustei com as pedras do meu coração,
Mas não sabia o que estava fazendo.

Um dia vi que a corrente não foi forte o bastante para prender,
Você que nunca me amou,
O  amor de todo coração encontrou,
Rasgou os elos que te dei,
Deixando para trás a tornozeleira que lhe dei.


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