Chegamos a Londres, saí do carro e dirigi-me à mala para pegar nas minhas malas mas o meu pai não deixou e pegou ele nelas. Dirigimo-nos para a porta da entrada da casa.
(pai): Maria, só ficas se quiseres! Eu sei que estive muito tempo sem dar notícias…
(eu): Pai, é complicado… Tu vieste embora sem te despedires e nunca mais me deste notícias… Eu tive de aguentar ver as minhas amigas com o pai e eu sem saber do meu… Como achas que me senti?
(pai): Maria, desculpa…. Queres que te leve de volta a casa? Eu levo-te de volta a Holmes Chapel.
(eu): Não pai… Eu fico… - abracei-o. – Eu sei que isto é importante para ti e por isso eu fico aqui contigo… - sorri.
(pai): Fico feliz por ficares… Agora espera aqui fora, quando puderes entrar eu venho buscar-te.
Apenas lhe sorri, naquele momento até eu estava espantada com a minha reacção, acabei de desculpar uma das pessoas que mais me fez sofrer nos últimos anos, como é que é possível que de um momento para o outro eu tenha mudado? Bem, o que interessa é que daqui a nada está tudo bem comigo e com o meu pai… Quanto à situação em que estou… Bem, daqui a poucos minutos estarei a entrar naquele casarão e não tenho vontade nenhuma… Tenho a sensação que algo vai correr mal e vou encontrar lá mais pessoas que fizeram parte do meu passado… Estava perdida nos meus pensamentos quando o meu pai me chamou, entramos e apertei a mão do meu pai com força.
(pai): Calma, eu estou aqui! – sussurrou.
Assim que entramos na sala não pude acreditar no que estava a ver, ou melhor, não +ude acreditar em quem estava a ver ali… Era ele, eu tinha a certeza! Naquele momento senti o corpo a tremer, as minhas forças a desaparecerem, as lágrimas a apoderarem-se de mim e vários sentimentos dentro de mim.