Capítulo dois

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– Ei Bravo, tem carne nova no pedaço, e bote nova nisso... – Ouvi um preso que em seu corpo havia diversas tatuagens, era branco, alto e magro falando para o seu outro colega que estava na cama de cima, não deu pra ver muito ele por que estava lendo um jornal enquanto eu caminhava por aquelas camas, não havia nenhuma parede que as separavam.

Todos os presos que estavam na sala me olhavam como se nunca tivessem visto algo igual ou como se estivessem vendo alguma celebridade.

– Última cama à esquerda. - Apontou o guarda para a cama. – A de cima. – Falou. Era óbvio por que na cama de baixo havia um homem deitado, ele encarava-me fixamente. Bronzeado, musculoso, olhos verdes e um cabelo preto, era um encanto de pessoa, não sei como foi parar na prisão.

Sorri para ele quando fui subir na cama, ele me respondeu com um olhar severo.

O guarda saiu da sala e todos os presos da sala começaram a conversar, fazendo um enorme barulho.

O preso que havia falado de mim se aproximou e falou:

– Tudo bem? – Perguntou.

Nossa... Que pergunta estúpida, quem fica bem estando na prisão?

Respondi com um olhar vazio.

– Bem... Se precisar de alguma coisa... Estou aqui. – Falou, e depois piscou o olho para mim e logo em seguida saiu de perto.

Ele estava me paquerando? Sério mesmo!? Que cara ridículo.

Não queria fazer nada, apenas esperar o tempo passar para eu ir embora dali, mas sabia que cinco meses não passariam assim tão rápido, deitei na cama em posição fetal e acabei por dormir.

* * *

– Acorda princesa. – Falou um cara estranho.

– Que foi? – Perguntei com um pouco de baba em meu rosto e recuperando a lucidez após acordar.

– Jantar. É melhor ir logo senão vai sobrar só frango podre. – Colocou a mão em minha cabeça e fez cafuné. Fiquei com os olhos arregalados, mas em segundos ele saiu rapidamente daquela sala, sua postura era máscula e os músculos de sua costa eram bem detalhados na sua camiseta.

Pulei da cama e fui em direção à porta, na sala que antes havia vários presos, só havia restado eu e formava um silêncio bastante profundo.

Aquela prisão era totalmente o oposto do que eu imaginava que era uma prisão, sempre me limitei a imaginar que as penitenciárias eram cheias de celas e que cada cela era suja e apertada com diversos detentos grotescos, mas nunca me passara na cabeça que eu encontraria rapazes bonitos ali.

Abri a porta e andei por diversos corredores, estava perdido. A prisão era enorme e como eu era novato, já era de se esperar e principalmente com aquela minha visão retrógrada, aí sim que eu não encontraria o refeitório mesmo e de jeito nenhum quero comer frango podre.

Sentei no chão e esperei alguém passar lá para ajudar-me, depois de um tempo apareceu o mesmo homem alto e magro que falava de mim quando entrei na sala.

– O que uma preciosidade está fazendo perdida por aqui. – Falou estendendo a mão para eu me levantar.

Sério, cara... Para com isso que essas suas cantadas tão extremamente ridículas.

– Precisa de ajuda? – Ele perguntou.

– Preciso. – Falei. – Não sei onde é o refeitório.

– Se fosse você eu se esquecia de ir, por que num tem coisa boa lá não. – Falou.

– Então vamos voltar. – Falei revirando os olhos.

– Você que manda beleza. – Ele riu e bateu em minha bunda. – Vamos? – Perguntou.

Caminhei lentamente novamente por aqueles corredores, em menos de um dia, já aconteceu isso comigo, o que poderia acontecer mais aqui em cinco meses? Eu te digo... Pode acontecer muita coisa...

Voltamos à sala e todos já estavam lá em suas camas. Só agora eu havia percebido que a sala era rodeada de câmeras, então era por isso que não havia quase nenhum guarda nos observando, e em todos os tempos que assistia jornal, nunca vi falar sobre alguma revolta nesta penitenciária.

Voltei a minha cama, e finalmente depois daquele olhar severo, o meu companheiro de cama deu um leve sorriso quando subi na cama, não podia fazer inimizades ali, por que se tem uma coisa que eu aprendi assistindo muitos filmes e séries, foi que você não pode fazer nenhuma inimizade na prisão, ou é morte na certa.

Depois de um tempo um guarda negro, careca e sem nenhuma tatuagem no corpo entrou na sala e avisou a todos que era hora de todos dormirem. As luzes foram desligadas. Estava sem sono, dormi acho que quase a tarde inteira, mas apenas deitei em posição fetal, só conseguia dormir nesta posição, e esperei o sono chegar, quando inesperadamente senti uma coisa nas minhas costas.

– Quer uma aventura noturna? – Sorriu o meu companheiro de cama. – Vem passear com o Jung-Kook, vem. – Riu piscando seu olho esquerdo, o verde em seus olhos era extremamente encantador e sempre quando eu o via, tinha que perceber o seu peitoral musculoso, mas ir ou não ir nesta aventura noturna?

Jung-Kook... Este era o nome dele. Será que o Jung vai me surpreender?

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⏰ Last updated: May 25, 2017 ⏰

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Rubi - #JiKookWhere stories live. Discover now