A Era dos Dragões (Pausado)

O Ovo

Gregory, um garoto de um metro e setenta e seis de altura, magro e com uma certa força, cabelos curtos e negros, assim como seus olhos, estava correndo como nunca antes. Sem fôlego e suspirando a ponto de explodir, resolveu parar, até porque já havia percorrido uma boa distância até onde chegou. Olhou para trás e só conseguiu ver a fumaça negra cortando o horizonte verde cheio de árvores que havia percorrido, mas ainda podia escutar os gritos desesperados e o grande rugido da fera. Parou, deu uma olhada a sua volta e subiu na árvore mais próxima, sentou em um grande galho com visão para onde havia percorrido, tirou sua mochila dos ombros e deixou-a em cima de seu colo, enquanto se ajeitava no galho, retirou um embrulho com um sanduíche de atum, enquanto devorava sua comida começou a pensar.
Nunca havia passado por aquilo, embora, com o passar do anos, haviam se tornado muito mais recentes ataques a grandes cidades como a que ele vivia, WestStorm, assim que ouviu o grande rugido da fera, que tornou os céus vermelhos num piscar de olhos, pegou sua mochila, juntou certos pertences, saiu de sua casa e fugiu, pela muralha leste, que dava para a floresta, onde estava no momento. Muitas pessoas também fugiram por lá, as pessoas gritavam e muitas tentavam ajudar outras, assim como Gregory que em certos pontos teve de ajudar outrem ase levantar ou a pegar algo caído na mata, mas pelo que pôde observar muitas se dispersaram pela floresta e conseguiram sair da cidade... sem morrer.
O grande Cavaleiro dos Céus, Vulgaryan, atacou sua cidade por mais dominação e poder, a guerra dos dragões estava acontecendo desde seus dez anos, o quê significava que ja haviam passado sete anos desde o início da mesma.
Existiam ao todo, cinco Cavaleiros dos Céus, Gorgyeo e seu dragão Lazarus, Jaime e seu dragão Fysl, Tyka e seu dragão Kumeon, Jasmine e seu dragão Farb, e o último, aquele que invadiu seu reino e considerado o mais cruel, o que era um tanto contraditório, já que Cavaleiros dos Céus eram considerados todos "bons e verdadeiros", Vulguryan e seu dragão Fisrtheon.
Cada cavaleiro tinha seu reino, e cada cavaleiro recebia seu dragão apenas quando o antigo morria. Assim que um dragão morre, um explosão de vácuo acontece por 1km, deixando apenas uma cratera sem vida alguma no local, o dragão, antes gigante e monstruoso, volta a ser apenas um ovo, e é enviado ao seu próximo Cavaleiro dos Céus, que se torna dono de todos os antigos pertences do antigo cavaleiro, assim se tornando o novo rei e comandante de sua respectiva área de comando.
Mas nos últimos sete anos, os reinos entraram em um grande conflito, pois, Vulguryan, tomou posse de três reinos, assassinou os Cavaleiros dos Céus que ali dominavam com paz e prosperidade, de alguma forma conseguiu impedir os antigos dragões de "buscarem" seu novo cavaleiro e isso com certeza vai ter um grande reflexo no futuro, segundo Gregory, e desde então vem tentando tomar o resto dos reinos e matar seus reis e rainhas.
Desta vez, entrou no território de Gorgyeo, a maior parte do oeste, tomou a cidade natal de Gregory, e rumava ao castelo, que ficavam no centro de cada reino, onde os Cavaleiros dos Céus viviam e poderiam comandar tudo.  

Os pensamentos de Gregory sobre todas estas coisas foram interrompidos por uma grande explosão com um brilho negro. Era WestStorm, a cidade em que antes morava.

- Não... - Disse Gregory a si mesmo, pensando em todos que conhecia e nas coisas que já havia passado naquela cidade. Era triste, para ele, pois desde criança viveu lá, cresceu conhecendo sua cidade extremamente grande e aprendendo como lidar com as coisas na sua vida de uma maneira incrível, para ver tudo desaparecer em segundos.

Mas a explosão não significava apenas que sua cidade havia simplesmente desaparecido, e sim que um dos dragões, ou de Vulguryan, ( o quê ele queria muito que tivesse acontecido), ou de Gorgyeo, havia sido morto, assim como seu cavaleiro.
Logo, Gregory pôde observar uma espécie de cometa cortando o céu e vindo em sua direção.
O garoto rapidamente pegou sua mochila, enfiou o que sobrou do Sanduíche de atum na boca e pulou da árvore o mais rápido que pôde. Assim que chegou ao chão, o quê aconteceu com uma certa violência, já que ele estava numa árvore com uma boa altura, escutou um estrondo enorme que deixou seus tímpanos certamente destruídos, assim como o local que o cometa havia acertado.
Quando Gregory, por curiosidade, chegou ao local da queda, viu a grande pedra vermelha e maciça que ali estava, com árvores destroçadas a sua volta, e a terra deformada por conta do impacto da grande pedra, que parecia ter escorregado pela terra por uns quatro metros até parar, deixando um rastro de terra e uma clareira pequena na área.

Gregory tocou na pedra, e logo viu que havia se enganado, aquilo não era uma pedra, sim um ovo.

Colocou uma das mãos na boca e com a outra, sentiu a rachadura que havia se formado no ovo, com estalos e um som agudo, que com certeza viera de dentro da coisa.