"O nosso pai foi um grande homem. Um herói, como dizem. Mas, às vezes o mundo não precisa de um herói. Às vezes, precisa de um monstro."
"Um monstro que saiba amar."
"Um monstro que saiba matar."
Por apenas uma escolha sua, em um momento...
Há apenas uma hora a escuridão era absoluta, mas agora a neblina era visível, prateada. Contra este pano de fundo as árvores eram silhuetas, como uma pintura a óleo e mais escura do que os corvos. Vindo no meio da manhã aqueles pássaros infernais cantavam uma melodia repetidamente nos ramos.
Morgana caminhava inquieta em direção da floresta, seguindo uma borboleta vermelha que há alguns minutos, havia pousado em seus dedos enquanto lia um livro. Pior do que a borboleta negra, era a vermelha, pois esta significava tantas coisas que fazia qualquer um mestre das pequenas criaturas temer o pior.
Enquanto seguia a borboleta, Morgana viu a borboleta pousar em uma árvore, Morgana parou em frente à borboleta e se abaixou, ergueu as mãos e como se estivesse sendo atraída por um imã, uma carta dourada voou nas mãos da bruxa que a abriu rapidamente.
Século XIV
Separação das escolhidas, três mortes, volta de rainha das bruxas e o eclipse lunar. Tudo que é preciso para ativar a profecia de Apollo.
Finalmente achou esta carta, querida Morgaine. Me pergunto quanto tempo demorou para achá-la,.. séculos, talvez?
Eu sou a criadora das escolhidas, você sabe disso muito bem, é claro. Mas, me pergunto se elas sabem que estão passando por tudo isso porque abdicou seu trono como minha herdeira, se sentes culpada?
Guerra, sangue, mortes, doenças, tristeza, luto e traições, eles estão pagando por sua traição contra mim.
Somente uma sairá viva, e está será minha herdeira, para isso eu preciso estar presente, não acha? Você já me manteve longe delas por muito tempo, está na hora de todos me conhecerem.
The Queen is coming.
— Gaia, Rainha da Natureza.
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