Capítulo II

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Eu observava o movimento que meu shorts-saia fazia, o vento adentrava sobre o local, deixando transparecer partes do meu corpo, me deixando de alguma maneira mais provocante aos olhares de algumas pessoas

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Eu observava o movimento que meu shorts-saia fazia, o vento adentrava sobre o local, deixando transparecer partes do meu corpo, me deixando de alguma maneira mais provocante aos olhares de algumas pessoas.

Enquanto checava os últimos detalhes, verificando se minha blusa do Ramones não estava amassada, via que faltava um pouco de sensualidade a este look. Faço um pequeno nó na barra da blusa, deixando uma linha fina de minha pele transparecendo.

O sinal bateu e em pouco tempo, eu via o silêncio avassalador adentrar sobre o local, me fazendo notar que faltava um pouco de animação em meus ouvidos, pego meu iphone da bolsa, e coloco os fones de ouvido sobre minha orelha, enquanto em um suspiro, decido qual música colocar.

In The End do Linkin Park seria minha escolha, coloco em um volume baixo para acaso alguém vier puxar assunto comigo.

I tried so hard and got so far
But in the end, it doesn't even matter.*

Reviro o bolso de meu shorts, e tiro do mesmo um papel amassado, que constatava o número de minha sala.

Sala sete, corredor três. Eu passava entre os corredores já vazios, fazendo com que minhas botas emitissem um som solitário, e logo percebo que realmente era fácil se perde nesta escola gigantesca.

— Droga! — Digo em um suspiro frustado.

— Parece que a princesinha está perdida! — Ouço uma voz zombeteira soar em meus ouvidos, me deixando com leves tremores sobre o corpo.

— Não sabia que estava sendo seguida! — Digo me virando  lentamente, enquanto eu olhava para as paredes tentando achar alguma indicação. E quando vejo o autor daquela voz grossa, tomo um leve susto ao perceber que era o homem que me encarava antes, nos armários.

— Calma garota, só estou tentando ajudar uma necessitada! — Ele diz sem muita animação, arqueando uma de suas sobrancelhas pretas e bem marcadas.

Institivamente meus olhos decaem sobre seu corpo longo, e curvilínio, admirando cada célula que parecia se movimentar em seu corpo.

Como ele ainda poderia estar na escola?

Está pergunta martela em minha mente, ele não tinha a aparência de um idoso, mas algo parecia não se encaixar neste quebra-cabeça. Seus olhos tinha olheiras fundas, como se em séculos não houvesse se deitado e caído em um sono profundo, havia  experiência ali, uma coisa que aumentava mais minha curiosidade. Partículas finas de pelos desabrochavam de seu rosto, dando-lhe um ar mais masculino.

Seus olhos eram mais negros que uma noite sem estrelas, aquele olhar penetrante em que me lançava, parecia me enfeitiçar de alguma maneira, fazendo meu corpo se tornar mórbido, sobre o corredor da escola.

Mas, algo mais interessante me chamou atenção, suas calças que eram de couro preto, e que pareciam marcar seu membro. Aquele volume me faz prender a respiração e me pergunto mentalmente se ele estava excitado.

— Gosta do que vê? — Ele diz seguindo a linha do meu olhar, que insistiam olhar em seu membro grande e avantajado.

Como eu gosto.

Mordo meu lábio inferior lentamente e quando olho para seus olhos, ele fitava minha boca com os olhos indecifráveis. Finjo repulsa e cruzo os braços, semicerrando as sobrancelhas.

— Pare de me atomentar.

Meu Deus! Ele era só um garoto qualquer e eu já estava me sentindo atraída por ele.

Ele dá um sorriso torto e cafajeste.

— Eu lhe deixarei em paz, mas se quer uma dica... Sua sala fica à dois corredores atrás. — Ele pisca com um de seus olhos, vira-se de costas e vai embora com seu andar desleixado.

Como ele sabia qual era a minha sala?

Aliso minha saia com a palma das mãos e ando até o corredor, onde o ser misterioso havia me indicado. E quando vejo a numeração acima da porta, percebo que era a minha sala. Abro a porta com cuidado e todos da sala de aula, viram a cabeça em direção a mim. O professor não havia chegado, por isso, a sala estava em uma enorme bagunça, tinha um grupo que estava sentado em cima da mesa em uma conversa animada, outros estavam em volta de um notebook e ajeitava consequentemente seus óculos de grau. Observo que a última carteira, da fileira da janela estava vazia e eu resolvo sentar no mesmo. O peso do olhar das pessoas pairavam em mim, eu sento devagar e posiciono minha bolsa logo em cima da carteira.
Eu não ouvia o múrmurio da conversa, pois eu almentei o volume no último, mas quando olhei para o lado, à umas duas carteiras vazia de distância, vi uma garota ruiva sorrindo safademente no colo de um garoto. Eu não consegui ver o rosto do garoto, pois os cabelo ruivo da garota tampava sua face. Havia uma roda de pessoas descoladas em volta, a maioria dos meninos usavam casacos grossos e calças rasgadas, mas quando voltei a fitar a garota ruiva, naquele instante pude ver o rosto do garoto, e percebi que era o mesmo menino do armário e do corredor, o mesmo pelo qual tive um leve excitamento.

De repente a porta da sala de aula foi escancarada e um senhor idoso entra com uma postura rigída, ele usava suspensório que alinhava em sua barriga de chop.
Me ajeito na carteira, ainda olhando para o casal, enquanto todos sentavam em seus devidos lugares. O garoto alisava a perna da ruiva devagarmente sobre sua calça vinho e eu, olhando aquela cena, senti uma subta vontade de sentir suas mãos por meu corpo. Ele me olha me pegando no flagra, ele me olhava com uma expressão de superioridade e um pequeno, quase invísivel sorriso orgulhoso em seus lábios. Eu ainda o encarava, só que com uma sobrancelha arqueada, com a típica expressão de "grande merda" estampada na cara. A ruiva desce de seu colo e vai para sua mesa, logo a frente dele. Eu reviro os olhos com aquela cena patética e escuto uma gargalhada alta vindo dele, quando volto a olhar, ele balançava a cabeça de um lado para o outro em sinal de negação a minha atitude.

— Algum problema Carter Cooper?

O professor pergunta irritado ao garoto, que agora havia descobrido seu nome.

Carter Cooper. Interessante.

— De forma alguma Senhor Melfoy. — Ele diz com um leve sorriso e joga seu corpo para trás da cadeira.

Reviro meus olhos novamente diante daquela situação ridícula. Mal o conhecia, mas sabia que o futuro aguardava grandes surpresas para ambos.

*:
Eu tentei tanto e cheguei tão longe Mas no fim, isso não tem mais importância.

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⏰ Última atualização: May 27, 2017 ⏰

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