- Ei garoto, sai da frente, EU QUERO COPIAR A MATÉRIA PELA PRIMEIRA VEZ - Eu disse tentando não acertar o estojo na peste que me atrapalhava -
Todos olhavam pra mim, e o garoto olhava pra mim com o sorrido mais lindo do mundo.
- Por que você ta ri...
- Mãe, vamos - Eu gritei mais uma vez do andar de baixo.
Não escutei uma resposta dela, e gritei novamente, íamos hoje para nossa viagem de todos os anos em direção a casa da minha vó, no Rio de Janeiro, Brasil. Minha mãe não descia e nem saia daquele quarto por nada, já gritei e bati em sua porta, e nenhuma resposta dela, eu já estava começando a ficar preocupada, minha única solução foi ligar para Austin que após 2 semanas da sua pergunta, mudou um pouco comigo, mais carinho, mais abraços e mais beijos.
- Austin, vem aqui em casa por favor, minha mãe ta dentro do quarto dela e não ta me respondendo, eu não consigo arrombar a porta dela, me ajuda por favor - Eu disse desesperada assim que ele atendeu.
- Eu já tô indo, vai tentando abrir a porta com algum clips ou chave de fenda - Ele disse e desligou.
Fiz oque ele falou, e enquanto tentava abrir aquela porta, só pedia a Deus para que fosse apenas um susto e que minha mãe apenas não estivesse me escutando, ou que ela tenha caído em um sono, não aguentei por muito tempo, encostei na parede em frente a porta de minha mãe e escorreguei até o chão, senti uma cosquinha na cabeça, como se fosse um carinho gostoso, muito mais gostoso do que o do Austin, me trazendo paz, já senti tantas vezes essa sensação mas parece que hoje eu preciso mais que nunca dela, desse conforto que até hoje eu não descobri de onde é.
- Ash - Escutei Austin chamando na porta, corri em disparada.
- Oi, oi, oi, graças a Deus você chegou, me ajuda, por favor, me ajuda, ela tá lá dentro e não sai, eu já fiz oque você falou e não adiantou nada - Eu disse entrando em desespero.
Ele chutou a porta da minha mãe, uma, duas, três vezes, na quarta vez a porta caiu e eu vi o corpo da minha mãe caído ao lado da porta do banheiro, já com a sua mala pronta em cima da cama, minha única reação foi correr até o seu corpo e chorar, enquanto ouvia a voz de Austin chamando uma ambulância.
