Quando nos acomodamos em nossa mesa no refeitório Eva surgiu minutos depois com um curativo no nariz, estava muito inchado e roxo imagino como ficaria amanhã.
— Não olha agora mas veja depois como a Eva ficou. — falei baixo para as meninas e todas me entenderam, exceto Laura que olhou imediatamente para os lados e o pior, não parou por aí.
— Eva Strout, seu nariz está horrível! — gritou Laura sem papas na língua.
— Ok, alguém diz que eu não conheço esse ser humano. — Naomi se encolheu e deslizou para baixo em sua cadeira tentando se esconder.
Eva nos ignorou com seu nariz empinado e inchado.
— Foi quem mesmo que disse para mim não fazer na contra a patricinha? — perguntei como não quer nada, todas prendiam a risada pela situação cômica até que eu mesma não aguentei me segurar e gargalhei alto, logo depois ouvia-se várias gargalhadas de nós.
•••
Laura dormiu antes do toque de recolher, me dando mais oportunidade ainda de sair sem ninguém notar. Dei uma última olhada nela que roncava agarrada a sua cocha rosa e sai fechando a porta lentamente. Desci os lances de escada e quando faltava apenas um degrau dois guardas estavam de frente para mim.
— Aonde vai? — o mais alto perguntou.
— A enfermaria, sabe, coisas de mulher... — coloquei a mão no pé da barriga e fiz cara de choro.
Os dois se entre olharam e deram de ombros.
— Necessita que lhe acompanhe? — o companheiro do grandão perguntou.
— Não. Não precisa, é desnecessário, mas obrigado assim mesmo. Vocês são muito cavalheiros. — fiz uma misura como reverência e eles me deram passagem para passar por entre eles.
Continuei andando de vagar até perde-los de vista, assim que pude corri pelo gramado e algumas vezes me escondia dos guardas. Mais cedo avia perguntado a Julie onde ficava a tal capelinha e ela me ensinou, foi até fácio. Faltava poucos metros para ir mais a frente quando uma mão tampou minha boca e um braço forte me agarrou pela cintura, a pessoa dona desses membros me colocou contra parede e tirou a mão de mim mas outra coisa se chocou contra meus lábios. A boca carnuda e beijavel que eu passará a conhecer tão bem ontem, aquele cheiro bom amadeirado, a pele quente contra a minha fria.
— Taylor... — murmurei de olhos fechados quando me deu chances de respirar.
— Senti sua falta. — falou baixo e seus dedos afastou uma mecha negra de meus cabelos para trás, abri os olhos lentamente e encontrei aqueles lindos olhos acinzentados acompanhado de um corpo todo que eu tinha... acho que se chama, desejo.
— Você me assustou. — ralhei e ele riu, causando o grande efeito colateral em mim: as pernas bambas.
— Disculpe minha flor. Você iria passar do lugar de onde eu estou e não poderia deixar essa donzela assim, indefesa. — me deu um selinho rápido — Venha. — me puxou pela mão entrelaçando nossos dedos.
O acompanhei por mais a frente e então Taylor me fez sentar no chão ao meio de suas pernas virada para frente.
— A noite está tão bonita. — sorri ao ver tantos pontinhos brilhantes no céu.
— Está mesmo, mas não como você minha flor. — uma rosa azul apareceu na frente do meu rosto, mais uma flor que ele me oferecia, era arrancada do jardim mas eu não importava.
— Assim você irá me acostumar muito mal. — avisei sobre o perigo que seria se isso acontecesse.
— Eu quero te mimar de todas as formas, queria te dar tudo o que precisar mas em nossas condições eu não sei o que fazer. — afagou meus cabelos
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Era uma vez (Concluída)
FanfictionPensem em um mundo menos globalizado mesmo nos anos de hoje. Em um mundo que não foi explorado totalmente, que ainda guarda surpresas para seus humanos. Martíriabe, nome da ilha que foi recém-descoberta mas que já existia muitos habitantes, muito g...