Capítulo 81

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Cinco anos depois...

  Ao me olhar no espelho eu tive a certeza que algo estava errado comigo, aliás, eu vinha sentindo isso a muitos dias mas ignorava tudo para o bem do meu povo. Agora que eu e Luan estávamos conseguindo guiar Pérfora bem enquanto o peso de Martíriabe era apenas de meu sogro não poderia acontecer nada comigo e eu não queria preucupar ninguém. Levei um punhado de água ao rosto para dispersar minha palidez e enxuguei com a toalha. A porta do banheiro se abriu lentamente e Carly entrou.

- Se quiser podemos cancelar sua presença Diana.- ela se aproximou e me olhou de cima em baixo procurando por algo.

- Eu estou bem.- menti e fui em direção ao meu quarto.

- É claro que está!- ela ironizou jogando seus braços para cima- Devemos dizer ao Luan...

- Não!- rosnei como um tigre e senti minha visão mudar para uma tonalidade de azul e voltar ao normal ao mesmo tempo- Desculpe-me.- me senti culpada, ela não tinha que ser vítima da minha falta de temperamento  que estava acontecendo nos últimos dias.

   Ela grunhiu e saiu batendo a porta. Respirei fundo e fui preparar uma maquiagem para estar presente no primeiro projeto que fizemos para a cultura de Pérfora. Sabendo do gosto dos cidadãos daqui pela disputa e jogos Frank e eu montamos um projeto para envolver as pessoas e fazê-las mais interativas umas com as outras. Quando estava tentando fechar o zíper do vestido Luan chegou e me ajudou.

- Acho que as costureiras deu uma pequena enganada sobre o tamanho.- ele comentou como se fosse nada de mais me chamar de gorda. Sufoquei um rosnado mas ele percebeu- O que está acontecendo?- segurou meu rosto com cuidado e apenas isso foi capaz de me acalmar, meus ombros caíram e minha estrutura defensiva se desfez.

- Nada meu amor. Estou apenas nervosa, eu e Frank trabalhamos muito nisso nada pode dar errado.- murmurei e ele riu enquanto me abraçava e beijava o topo da minha cabeça.

- Eu estou aqui.- acariciou meu rosto e beijou meus  lábios com vontade.

   Isso me deixava mais apaixonada, independente do medo ou da ansiedade que eu sentia era apenas Luan me abraçar ou me beijar que meu corpo voltava a ser controlado por mim mesma. Niall bateu na porta para nos chamar  e darmos início aos jogos da primavera.

  Com muitas apresentações de música e dança típica de Pérfora a noite veio e era chegada a hora em que eu iria acender a enorme tocha posicionada em frente a arena, enquanto ela estivesse acesa significava que os jogos ainda estavam sendo disputados. Eu me posicionei em cima do palanque o guarda a minha esquerda entregou meu arco e uma aljava cheia de flechas incendiárias. Encaixei a flecha como devia no arco e coloquei sua ponta em uma pequena  fogueira ao meu lado, coloquei minhas pernas em base e respirei fundo depois de calcular o ângulo que deveria posicionar para cima o arco. Antes de soltar a flecha cometi o erro de olhar para a lua cheia enorme que se destacava no céu, pontos pretos dançaram em minha frente como uma vertigem, meu  corpo se entregou ao cansaço que andava sentindo e minhas pernas vacilaram. Eu iria cair de cima do palanque se não fosse Rheyd chegar bem na hora e me servir de apoio.

- Eu não posso ficar alguns dias longe e você já faz merda?- Rheyd com seu tom sarcástico me acomoda no chão.

  A multidão começa um grande burburinho fazendo minha cabeça doer. Luan desesperado chega até mim e segura meu corpo mole.

- Diana?- ele me balança aflito, eu queria tranquiliza-lo e dizer que estava bem mas eu não  conseguia formular alguma palavra.

  Por sua coroa estar torta como sempre eu ri como uma idiota e logo em seguida desmaiei.

Era uma vez (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora