O Último Verão (Romance Gay)

Do Éden

Capítulo II

Peguei as coisas e desci do carro, Joh já tinha feito a volta e estava me esperando, ela tinha se produzido toda pra ir no pub mais tarde e estava bem bonita com uma blusa de algodão branca, um jeans desbotado escuro e botas de trilha amarelo queimado.

Ela se virou.

- Você tem se dedicado bastante a esse lugar, está tudo muito bem conservado. - disse me estendendo a mão pra entrarmos

Os passarinhos cantavam se despedindo da tarde quente do verão uma brisa passou por nós enquanto seguimos caminhado devagar até a porta, quando eu passei pela porta na sua frente o cheiro de comida estava presente na recepção e minha mãe levantou os olhos, com seus óculos na ponta do nariz, do jornal que eu tinha deixado ali mais cedo, quando me viu sorriu, largou o jornal de lado e pousou seus olhos na Joh que estava entrando enquanto eu me virava pra fechar a porta quando ela passasse.

- Não acredito! - exclamou minha mãe - onde você encontrou minha bonequinha? - Joh já foi em direção dela a abraçando depois de perceber que ela a reconhecerá imediatamente.

- A senhora me reconheceu. - disse Joh agarrada no pescoço da minha mãe.

- E como poderia esquecer esse rostinho, minha filha, que saudade achei que nunca mais a veria. - minha mãe sorriu e se afastou pra olhar bem pra ela. - a abraçou de novo. - fiquei mesmo surpresa. - agora ela se dirigia a mim por cima do ombro da Joh.

Enquanto elas colocavam o papo em dia eu fui até o quarto zero sete pra trocar os canos na parte de baixo da pia, os quartos era todos padrão na pousada, cama de casal, frigobar, sacada, um chuveiro com banheira de ferro revestida de esmalte, bem conservadas e uma pia, quando entrei no quarto o cheiro daqueles produtos desodorantes de ambientes estava fraco mas fazendo seu papel, abri a porta do banheiro e o grande espelho na parede oposta refletiu um eu cansado tirei o elástico do cabelo e o soltei, passando a mão pra prender de novo em um coque frouxo na nuca, - ta melhor -, fui até o registro na parede perto da pequena janela me certificar de que o registro estava bem fechado, - meu pai faz um bom trabalho com esses registros independentes -, até que eu troquei rápido, também era só rosquear e desrosquear um no outro o cano era só tirar o antigo e colocar o novo com cola nada difícil, me levantei do chão do banheiro e percebi que tinha molhado toda as costas da camisa que eu estava, tirei e a pendurei no ombro, juntei as coisas que eu tinha espalhado por ali e os canos velhos colocando dentro da sacolinha de plástico junto com a cola, não abrir o registro pra deixar a cola secar bem até amanhã, - não posso esquecer de secar o chão, também, amanhã -, sai do quarto e só fechei a porta, segui pelas escadas de madeira que davam na recepção, ouvi a mãe e a Joh conversando na cozinha mas fui pro outro lado pra porta que dava acesso aos fundos da pousada, ao lado da sala de televisão e jogos, então andei em direção a pequena peça onde ficava a caldeira de aquecimento da água, o motor que puxava água do poço e as ferramentas que eu usava pra manter a pousada de pé, abri o cadeado ouvindo o pequeno clic, puxei a corrente e liguei a luz que piscou um pouco antes de acender por completo, normalmente quando tinha movimento eu deixava a porta só escorada pra manter o fogo sempre aceso é a água ficar sempre quente para os hóspedes, olhei uma das tábuas que tinha por ali e achei que poderia usar pra trocar pela velha na frente da pousada, como eu já sabia o tamanho que precisava só cortei o pedaço com a circular, peguei uns pregos novos e o martelo, encostei a porta e rumei para a parte da frente, Joh estava no pé da escada como que estivesse voltando do andar superior.

- Ai está você, fui lá em cima mas só encontrei o chão do banheiro molhado. - percebi que ela ficou olhando pra camisa no meu ombro de depois pra mim.

Fiquei um pouco sem graça e acho que pra quebrar o gelo ela disparou

- Tá fortinho, deixou de ser aquele moleque magricela. - e riu.