Eu vejo Deus

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Há dias em que o coração se torna pequeno, semelhante a um grão de mostarda, e tudo se torna dolorido demais. As horas se tornam massacrantes e atravessar o calendário é excruciante demais. A visão se turva em meio a neblina que se forma em nossos olhos, a tempestade se instala em nós e quando menos esperamos chovemos. As lágrimas escorrem livremente que chovamos .
A chuva tão aclamada por uns, tão praguejada pelos poetas, e abençoada por nós que temos fé. Ela que prepara o solo nos convidando a semear, que abraça a terra ressequida trazendo esperança aos que se perderam. Ela que traz a expectativa de um pote de ouro com seu arco-íris.
Há momentos que a vida se torna tão dolorosa que respir é difícil. E são nesses momentos que, embora a dor sufoque o meu peito, eu me recordo o quanto é bonita a chuva caindo no quintal de minha , a água que se forma nas folhas das mangueiras e o tanque que se enche com as gotas que caíram do céu. Não há como ser indiferente às pequenas coisas. Coisas tão pequenas e miúdas, mas que se tornam grandiosas quando se enxerga com os olhos da fé.
Eu vejo Deus em cada sementinha jogada no solo, em cada gotinha de orvalho da manhã e, principalmente, em cada lágrima que os meus olhos insistem em derramar. Enquanto o meu peito se dilacera com a navalha dos meus julgamentos, incertezas e questionamentos, vou entendendo que tudo isso é necessário tudo é sagrado.
Deus está   em todo  lugar   do universo ...

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