Assassinato

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Era um dia muito especial, o dia em que Beatriz mudaria o rumo da sua vida e das vidas seguintes.

Em um leito do rio, sobre um tronco antigo, lá estava ela a pensar, tocando a água. Ela tinha cabelos vívidos e brilhantes como o ouro, olhos castanhos misteriosos e uma pele clara como leite.
Naquele dia sentiu que a água a chamava, não era como os outros dias, ela sentia que deveria estar naquele lugar, tocando-a. Foi então que sentiu a brisa ficar mais forte e vislumbrou seu reflexo na água. Era uma luz azul rodeando seu corpo, os cabelos longos estavam mais claros e os olhos que ficaram azuis como a cor daquela água.

Logo ela se assustou e se afastou, mas decidiu voltar e ver de novo, e tinha desaparecido aquela luz azul, o que restou foi só o seu reflexo na água.
Então ela decidiu voltar pra casa, mas os pensamentos sempre voltavam aquela luz...

Assim que chegou ao caminho da sua casa viu que o vento não cessava e ficava cada vez mais forte, Beatriz correu para chegar logo em casa, mas encontrou algo em que seus olhos não puderam crer.
A sua mãe Esther estava caída no chão da varanda e homens jogavam labaredas no seu pai Enzo. Não se sabia como aquilo estava acontecendo, as chamas estavam saindo das mãos dos homens e o seu pai jogava jatos de água neles, mas não contiam as chamas, Beatriz desesperada correu até eles e passou por entre umas árvores, enquanto ela corria até os pais, os homens entraram em um carro e foram embora.

Chegando ao chão viu sua mãe ainda viva mas respirando pouco, e seu pai todo queimado mas segurando a mão de Esther.

- Ele se foi! Meu papai não pode morrer!

Beatriz pensou desesperada, de joelhos entre os dois.




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