the map that leads to you;

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"Então, estou seguindo o mapa
Que leva até você."

ㅡ Maps.


Choi SeungHyun abaixou seu olhar para o mais novo. Desgosto. Ódio. Olhava-o com desprezo, como se fosse um grande aristocrata olhando um burguês. É uma pena que esses tempos tenham ido embora, pensou, com crueldade evidente no olhar; eu poderia pôr sua cabeça na guilhotina.

ㅡ Onde ele está?

Sua voz fez o garoto estremecer. Por mais que estivesse com seus cabelos cobrindo os olhos, o garoto jamais iria desviá-los. Era orgulhoso; e isso era um grande defeito naquele momento. SeungHyun sabia que seria difícil dessa vez. Entretanto, estava disposto a fazer o que estivesse ao alcance de suas mãos ㅡ ou ao alcance de seu indiscutivelmente quase infinito dinheiro.

Tudo por Jiyong.

ㅡ Eu não sei. ㅡ declarou, com voz firme. Tentando parecer que não estava com medo. Todavia, era possível ver em seus olhos que o medo o encurralava e o puxava pelo pé. Nesse caso, o amarrava. O medo estava bem ali, frontuoso, frente à si. O medo era o próprio SeungHyun. Ambos tinham seus motivos. ㅡ Eu não sei, SeungHyun.

ㅡ Filho da puta!

Um soco forte foi acertado em seu rosto. O mais novo teve sua cabeça movida e um pouco de sangue escorria de seu nariz, como uma cachoeira de provas de que, sim, ele estava com medo. SeungHyun se debruçou sobre o garoto. Ele poderia sentir a respiração do mais velho em seu rosto, amedrontando-o cada vez mais. Nutria um sorriso. Um sorriso cruel.

ㅡ Você sabe! Você sabe, Daesung, onde está a porra do dinheiro que você me deve! Então, vamos logo. Fale logo, antes que eu faça algo. E você sabe bem que eu farei.

ㅡ M-Mas eu não sei! ㅡ o primeiro gaguejar do mais novo. ㅡ Eu realmente não sei! Eu o deixei em casa. Apenas Seungri tem a chave... e-eu não sei, SeungHyun.

Em resposta, o mais velho apenas saiu, virando-se. Dando as costas para o garoto amarrado em uma cadeira no galpão escuro. Vários cortes por seu rosto. Não eram piores do que a dor psicológica.

SeungHyun sorriu.

ㅡ Os sanguessugas, agora.


Não demorou muito para que Kwon Jiyong ouvisse seu celular tocando novamente. Resmungando dezenas de palavrões, ele o pegou. Seus olhos brilharam levemente ao ler quem o ligava. Por um momento, deixou-se sorrir. Sabia que era um tolo. Um brinquedo. Talvez, ele nem o amasse. Mas, quando estavam juntos, Jiyong se sentia protegido. Se sentia bem.

ㅡ Seunghyun-ah!

Seungri está com você?

A frieza e a tensão incomodaram o rapaz. Ele suspirou, olhando para o seu lado direito. Jiyong estava em sua cama vazia; e, ao seu lado, Seungri em pé. Andando de um lado para o outro. Com o telefone nas mãos. Já havia informado à polícia, aos vizinhos, à família... mas não sabia onde Daesung estava.

E quem sabia estava bem ao seu lado.

ㅡ Não. Ele me ligou mais cedo, mas não está aqui.

ㅡ Tem certeza, Ji?

Aquilo rasgou sua carne, quebrando seus ossos. Ele lambeu os lábios, nervoso. Jiyong tinha muitos pontos fracos, e SeungHyun tinha o mapa de cada um deles. Jogo sujo.

ㅡ Tudo bem, Tabi... ㅡ deu-se por vencido. Era sempre assim, afinal. ㅡ Está. Eu tenho que ir.

ㅡ Ji...

ㅡ O que?

ㅡ Eu amo você.

ㅡ Eu também.

Ele se permitiu sorrir. Mas sabia que não podia ser verdade, assim como poderia. Talvez, nem fosse. Cairia nesse mar de ilusões feitos por palavras. Uma teia. E Jiyong já estava preso.

Deixe-o sair de casa mais cedo. Preciso pegá-lo.

ㅡ Não se meta em problemas.

ㅡ Tarde demais, eu já conheci você.

Uma gargalhada baixa pôde ser ouvida do outro lado da linha. Jiyong não queria admitir, mas suas bochechas estavam avermelhadas. Isso sempre acontecia.

ㅡ P-Para com isso, hyung! Estou falando sério. Por favor, cuide-se. Não se meta em problemas...

Eu prometo, Ji. Por você.

Ele não sabia.

Não sabia de nada.

Guns & Roses《gtop》Onde histórias criam vida. Descubra agora