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Anteriormente: 

-Então, eu não tenho dinheiro para isto.

-Não te preocupes.- Ela ri-se

-Maria Micaela o que é que me estás a esconder?- digo já irritada.

-Já vais saber- ela diz olhando para a porta.



Quando olho na mesma direção vejo o Afonso com outro rapaz que sinceramente não lhe vi a cara.

-O Afonso vem jantar connosco não vem?

-Sim, e não vem sozinho senão ias sentir-te de parte.

Reviro os olhos quando percebo que é o André.

Neste momento eu estava sentada ao lado da Maria que tinha à sua frente o Afonso e eu tinha pela frente o André.

-Mas tu não estavas chateada com ele?-sussurro para Maria.

-Mais ou menos, depois vais perceber.

Durante o jantar o André tentava falar comigo sobre coisas estranhas, parece que já tinha confiança.

-Desde quando é que eu te dei confiança para falares isso comigo André?

-Desde que começamos a falar por mensagens.

-Mas eu não falo contigo por mensagens. Só te liguei naquele dia.

- Mas então não estou a perceber, se não és tu quem é?

-Acho que fui descoberta.- Maria pronuncia-se.

-És tu que andas a mandar mensagens ao André?- digo chocada.

-Sim, ela anda a mandar mensagens ao meu irmão.- Afonso diz.

-Mas tu sabes disto? E não me disseste nada?-André diz admirado com o que o irmão acabara de dizer.

-Eu não estou a perceber nada, alguém que desembuche.- digo olhando para o Afonso e para a Maria.

-Quando eu te mostrei o número do André na camisola tu não deste muita importância mas ele tinha de te ter dado o número por uma razão muito especial e eu tinha de fazer aquilo porque tu és uma casmurra.

-Mas não podias fazer.- digo triste.

-Agora está feito, eu só dei um empurrãozinho com a ajuda do Afonso.- ela piscou o olho ao Afonso.

-Já agora, ela nunca se chateou comigo foi tudo uma desculpa para vocês falarem um com o outro.- Afonso diz.

-É que só podem estar a brincar comigo.

-E comigo porque no meio desta história também fui um fantoche.

-AH, Bia, não te preocupes porque tudo que disse ao André sobre ti é verdade.- Maria ri.

No final do jantar a Maria disse que ia sair com o Afonso, e só com ele. Como é óbvio fiquei mais chateada do que já estava.

-Mas primeiro tens de me levar a casa porque eu não conduzo e não vou a pé com estes sapatos.

-Se quiseres eu posso-te levar.- O André diz meio tímido.

-Estás a ver aí tens a solução.- ela diz rindo-se e saindo com o Afonso.

-Vamos embora então.- diz num tom seco para o André.

-Está bem, mas tens de me dizer o caminho para tua casa.

Fizemos o caminho calados exceto numa parte que deu David Carreira e ele pôs mais alto. Eu adorava aquela música, ou melhor, o David Carreira e as suas músicas TODAS.

-Obrigado por me teres trazido a casa mas não era preciso saíres do carro para me trazeres à porta.- digo abrindo a porta.

-Não faz mal. Já agora tens café? É que eu não tomei no restaurante e tomo sempre no fim de jantar.

-Claro, podes entrar e sentar-te no sofá.- eu digo enquanto ele entra olhando para toda a casa.- Eu sei que não é nenhum palácio mas não há dinheiro para mais e assim é mais fácil de arrumar.

-Não faz mal. Tu moras sozinha?- ele diz mais alto porque eu já estava na cozinha a tirar o café.

-Não, moro com a Maria.

Quando os cafés estavam prontos levei-os para a sala com os pratinhos por baixo da chávena. Mas eu tive a feliz ideia de me sentar e entregar o café ao mesmo tempo ao André e virei o líquido por cima da camisola branca dele.

-Ai desculpa. Eu vou buscar um pano.- fui à cozinha buscar um pano para lhe limpar a camisola.

-Obrigado.- ele diz com um sorriso e eu suspirei.- Porque é que foi esse suspiro?

-Nada- ele disse e eu corei logo, que parva.

Tudo começou com um piropo| André Silva ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora