#2

1.5K 34 16
                                    

Gente, eu sei que eu demorei demais para postar esse capítulo, mas não me matem. Eu realmente queria postar antes, mas a escola está me esgotando e não estou com tempo pra nada.

Ps: no último capítulo, me perguntaram a idade das crianças aí eu acabei percebendo que não avisei kk Enfim, Ahren e Eadlyn estão com 17, Kaden com 13 e Osten com 9. Espero que gostem do capítulo!

POV EADLYN

Há algum tempo meus pais conversaram comigo sobre minha Seleção e desde então isso me assusta bastante. Ainda me considero muito nova com meus 17 anos e só queria ser mais uma adolescente com poucas responsabilidades, mas não, eu tinha que ser a futura rainha de Iléa e uma figura totalmente pública.

Também não tenho ideia se a Seleção terá sucesso, ou seja, se vou acabar casada ou então se vou ser aceita pelo povo, já que atualmente não sou tão amada quanto meus pais. Tudo bem que isso é difícil com os pais maravilhosos que eu tenho, mas se eu agradasse um décimo do que eles agradam já estaria maravilhoso.

Medo definia o que eu sentia. Medo de tudo e de todos, especialmente do que estaria por vir. Eu não sei o que deu em mim, mas parece que alguma parte da minha mente dizia-me que a única solução para tudo isso era fugir e eu, sem ideia melhor, decido que vou fazer isso.

Aproveito que meu pai está focado em seu trabalho e todos os outros também estão ocupados e decido que agora é o momento ideal. Saio de meu quarto e finjo que estou só dando uma volta pelo castelo como sempre, mas, na verdade, vou para fora do castelo, direto para as ruas de Angeles, a capital de Iléa.

Eu já estava andando há mais de quatro horas quando começo a me arrepender. Que merda eu estava fazendo? Onde eu achava que eu iria? Eu realmente pensei que esse plano poderia dar certo? Ando mais um pouco e vejo uma casa aparentemente abandonada e decido entrar nela para ao menos tentar colocar meus pensamentos em ordem.

Não havia passado nem um dia e eu já estava arrependida. O que eu tinha na cabeça quando decidi isso? Como vou sobreviver? Eu realmente achava que poderia funcionar, mesmo sabendo que todos estariam a minha procura assim que percebessem minha ausência? Sem falar em meu pai. O que eu iria dizer a ele? Como eu iria explicar que eu simplesmente decidi fugir, sendo que ao analizar os motivos novamente, vejo que não passo de uma garotinha mimada. Meu pai nunca iria me perdoar. Eu simplesmente ignorei as regras que ele impôs, os ensinamentos que ele me passou, os sentimentos que ele dizia sentir e tudo mais apenas para realizar uma fuga idiota.

Ah! Como eu vou resolver esse problema em que me meti? A cada minuto parecia que não havia solução alguma e eu percebo que eu realmente precisaria chamar meu pai, mesmo que isso significasse levar uma bela de uma surra. Penso em tudo que eu fiz. Realmente não tem como eu sair sem um traseiro dolorido dessa. Pego meu celular e disco o número de meu pai:

- Papai? - chamo com uma voz doce.
- Eadlyn? - ele pergunta e sinto felicidade e preocupação em sua voz.
- Sim, papai. - assinto.
- Onde você está, filha? Estamos desesperado a sua procura! - ele pergunta desesperado. É, ele realmente estava preocupado.
- Eu estou numa casa na rua 28.
- O que você faz aí, Eadlyn? É muito longe do castelo! - exclama.
- Longa história, papai. Só venha me buscar, por favor. - peço.
- Okay, minha filha. Já estou indo.
- Obrigada, papai. - agradeço - Beijos!
- Beijos, Eadlyn. - ele diz frio e logo encerra a ligação.

Fico pensando em tudo durante alguns minutos que me pareceram horas até que escuto o barulho de palmas. Vou até uma pequena janela bem suja e vejo através dela, tentando ver quem é. Encaro meu pai sério e, quando nossos olhares se encontram, vejo decepção em seu olhos. Se eu achava que estava arrependida é porque ainda não tinha visto meu pai, porque vê-lo assim é de abalar qualquer um que o conhece.

Ele vai até a porta de entrada da casa e abre-a rapidamente enquanto eu apenas o acompanho com o olhar. Ele corre até mim e me abraça. Por que meu pai está me abraçando? Isso não faz sentido! Eu esperava que ele fizesse qualquer coisa menos me abraçar. Choro em seu abraço. Lágrimas de arrependimento, culpa, tristeza, medo e vários outros sentimentos que eu não conseguia decifrar escorriam pelo meu rosto e molhavam a camisa do meu pai.

- Eadlyn, você não tem ideia do quanto eu, sua mãe e seus irmãos, principalmente Ahren, estávamos preocupados com você! - meu pai exclama, me afastando de seu abraço.
- Me desculpa, papai. - peço ainda em lágrimas.
- Calma, filha. Se acalme e me explique tudo o que houve. - ele pede com sua voz calma e doce de sempre.
- Eu não quero. - reclamo em soluços.
- Eu não quero saber se você quer, Eadlyn. Eu sou seu pai e estou mandando você me contar. - papai fala e agora sua voz "de sempre" some. Por que eu sempre tenho que piorar a situação quando parece que não é possível ficar pior?
- Mas papai! - reclamo fazendo uma
cara fofa.
- Eu PLAFT mandei PLAFT contar PLAFT! - diz me dando palmadas bem fortes no meu traseiro.

Papai segura meu braço e começa a andar, me guiando pela casa abandonada e suja que eu já estava há algum tempo. Ele me solta em uma cama velha e para em pé na minha frente, me lançando um olhar impaciente que me amedronta.

Galera, eu sei que esse capítulo não ficou tão grande e acabou em uma parte bem tensa, mas é porque o próximo vem com um POV MAXON maravilhoso. Prometo que vou tentar não atrasar pra postar como fiz com esse capítulo. Obrigada pelo feedback positivo, pois isso me motiva muito. Beijos!

O outro lado dos SchreaveOnde histórias criam vida. Descubra agora