Capítulo Dois

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JORDAN

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JORDAN

   As seis e meia da manhã, Jordan estava correndo no Central Park. Vestia apenas uma camiseta e calça de moletom. Sua garganta estava seca e gritava por água.

Avistou uma pequena barraca e comprou uma garrafa d'água. Bebeu o líquido de uma vez só. O inverno havia chegado e o céu estava nublado, exatamente como sua vida. A corrida, o ajudava a esquecer dos problemas, quais ele mesmo queria arrancar do seu coração, mas é impossível. A cruz que tatuou em seu peito, foi exatamente para ele jamais esquecer, o dia em que ele arruinou a vida de todos que ele amava. Inclusive, sua pequena luz, Crystal.

Decidido por hora, a não lembrar do passado sombrio. Jordan balança a cabeça, afastando qualquer pensamento daquela maldita noite. Suspirou com pesar e procurou a lixeira mais próxima, jogando a garrafa fora. Hoje o dia, seria extremamente cansativo e seria obrigado a usar ternos. Ele odiava, se sentia sufocado e parecendo um engomadinho. Tal coisa, que ele abominava.

Seu condomínio era bem perto do Central Park. Então não demorou muito e Jordan entrava no elevador do seu prédio. Ele morava na cobertura, ultimo andar. Alguns vizinhos entravam e saíam, tentavam puxar assunto com ele e o máximo que conseguiam era apenas um aceno de cabeça.

Ele não era mal educado, apenas não gostava de fazer amizades. Seu porte másculo assustava, como também a cor da sua pele. Um negro morando na cobertura? Esse era o pensamento da maioria da vizinhança, tirando algumas interesseiras que pensavam que uma noite regada de s.e.x.o o faria rastejar por elas. Ledo engano, ele acordava na madrugada, deixava alguns dólares e saia sem olhar para trás. Ele não se amarrava e nem queria, claro que para ele nem todas as mulheres eram interesseiras, Jordan sabe sentir o cheiro de uma de longe e sabe muito bem como afastas-las.

O barulho do elevador, revelou que já havia chegado no seu andar. Ele precisava de um banho e de um bom charuto, antes de aturar Nora.

Nora era dona da Luxo's, ou pelo menos era. A mulher se afundou em dívidas e agora vendera para Jordan. O jovem estava acumulando riquezas e ele gostava disso, ele gostava de poder, ele amava mandar.

Entrou debaixo do chuveiro, permitindo com que a água fria caísse sobre seu corpo. Independente do tempo, Jordan sempre tomava banho frio. Depois de um tempo, fechou o chuveiro e enrolou a toalha na cintura, deixando com que as gotas caíssem sobre seu peito nu. Mais um fato, ele não se secava, gostava com que seu corpo secasse naturalmente.

Já no quarto, abriu a pequena gaveta e retirou um charuto. Aquele era o seu momento, todo dia às sete e cinquenta da manhã, após a corrida, ele tragava diante a janela, que o permitia a visão do Central Park. Aos poucos seus músculos foram relaxando e Jordan foi esquecendo por um momento a dor que insistia em pulsar em seu coração.

– Você é um merda, garoto! Eu tenho vergonha de ser seu pai, sua mãe te odeia, eu te odeio, sua própria filha te odeia, sua mulher te odeia, a família toda não te suporta. Você não passa de um negro maldito, burro e pobre. – Esbravejou Enrico.

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