capítulo 2

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Chegamos em casa por volta das 04 horas da manhã. Lucas e Gabriel foram para a sua casa, depois de nos deixar em nossa casa, ele seguem cantando pneu para as casas deles. Assim que entro em meu quarto, tiro aquele vestido e me jogo na cama, pois estava completamente exausta.

[...]

Assim que abro os meus olhos, tenho um enorme susto, ao ver Carol parecendo um fantasma me encarando e fico totalmente sem reação por alguns segundos.

__ Qual o seu problema, garota? - pergunto, com a mão sobre o peito.

__ Eu é que pergunto, qual o seu problema? - A Carol dize não entendo nada do que ela quer dizer.

__ Pode me explicar? Porque eu não estou entendendo nada. - Falo completamente confusa.

__ Você que fica aí chamando "Sr. Sapo"... "Sr. Sapo", sem parar de fazer bico. Deu para se apaixonar por sapos agora? - Ela pergunta irônica e solto um sorrisinho bobo de lado.

__ Você não sabe o que aconteceu na festa... - Falo me lembrando do homem misterioso.

__ Se você me contar, eu irei saber. - A Carol responde irônica.

Conto tudo a ela,  desde o pisão que dei no pé de Gabriel, até a despedida com o Sr. Sapo. Ela fica me analisando um pouco, em silêncio. Até que ela resolve falar.

__ Parece história de conto de fadas, mas o que mais me surpreende, é o fato de você ter deixado ele te beijar... - Ela diz meio pensativa.

O motivo da sua estranheza era simplesmente o fato de que, nas festas que nós íamos, eu nunca saía pegando todo mundo, como ela. Claro que depois que ela começou a namorar ela não continuou a mesma, mas eu sempre fui muito reservada, para fazer esse tipo de coisa.

__ Estou sem palavras! - Ela responde perplexa.

__ Será que realmente existe amor à primeira vista? - pergunto mais para mim mesma, do que para ela.

__ Como assim, você já o ama? Impossível né, Laura? Você nem conhece o cara, sua idiota! Como pode se apegar assim? - Ela pergunta é fico tentando mudar o rumo dessa conversa.

__ Não tenho culpa. Ele simplesmente não sai da minha cabeça. Sei que é difícil para você acreditar, mas apenas aconteceu e nem mesmo eu sei dizer o que se passava na minha cabeça quando deixei essas coisas acontecerem assim, você sabe melhor que ninguém, mas aconteceu.

__ Vamos deixar esse assunto de lado por um momento e vamos almoçar, okay? - Ela pergunta e concordo.

Assinto e vou para o banheiro fazer minha higiene e, assim que termino, desço para fazer um pequeno almoço. Quando chego na cozinha, a Carol já tinha servido os pratos e aparentemente até que estava bonito.

Observo bem os pratos antes de começar a comer e me pareceu que não tinha nada de errado com eles, então encho o garfo e levo à boca e quase cuspo tudo de uma vez, quando sinto o gosto.

__ Por acaso você colocou todo o pote de sal aqui, sua maluca? - pergunto limpando a boca.

Ela apenas me da um sorriso e experimenta, mas assim que põe a comida na boca, cospe de volta no prato.

__ Tem certeza que está pronta para casar? - pergunto rindo e ela sorri de volta meio que sem graça.

_ Para casar sim, mas definitivamente não para cozinhar. Não dar para ser boa em tudo, não é mesmo? - Ela pergunta é caímos na risada.

Me levanto e vou fazer algumas panquecas para mim e para ela, que não demora muito para ficarem prontas.

Assim que acabamos de comer todas as panquecas que fiz, Carol lava a louça, eu as seco e guardo. Depois de termirnamos de limpar a cozinha, fomos para a sala assistir um filme, mas acho que dessa vez fizemos a escolha errada pois nós duas acabamos adormecendo ali mesmo enquanto o filme se passava.

[...]

__ Ei, sua doida? Está na hora de nos  arrumar para ir para a faculdade. - Falo tentando acordar aquela pedra, que adormeceu em cima de mim.

A balanço mais forte até que ela se levanta, resmungando. Mas assim que olha o relógio na parede, sai correndo para o seu quarto e eu aproveito para fazer o mesmo, indo em direção ao meu.

Tomo um banho, me visto com uma calça jeans escura, uma blusa de manga longa cinza e um tênis preto. Prendo meus cabelos, que ficam no meio de minhas costas, em um rabo de cavalo, faço uma maquiagem básica e desço para esperar a carona dos meninos, pois foi o que deu para fazer com o tempo que tinha.

Chego na sala e espero tanto os meninos quanto a maluca da Carol, que não demorou muito para ficar pronta e descer mesmo sabendo que estamos atrasadas.

__ Acho melhor nós irmos. Acredito que os meninos não vêm e vamos acabar nos atrasando se esperarmos por eles e no fim eles não aparecem. - Falo para Carol.

Assim que falo o carro deles começa a buzinar na frente da nossa casa. Carol sai, eu tranco a porta e entro no carro, em seguida.

Lucas voava ao volante e, da maneira que ele conduzia, chegamos em um instante já que a faculdade não era assim tão longe quando se ia de carro, mas como estávamos atrasados foi necessário ir um pouco mais rápido. Lucas estaciona o carro no campus e quase todos nos separamos, indo para as nossas salas, já que a Carol e o Lucas faziam arquitetura juntos. O Gabriel fazia engenharia, e eu fazia direito, como já devem saber, meu tão sonhado sonho de me tornar uma advogada.

___☆___

Momento para refletir

Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas, depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão e que conduz ao bem e benefício de todos, aceite-o e viva-o.

Nas Mãos de Um Mafioso                                 {Degustação}Onde histórias criam vida. Descubra agora