Frases, poesias e pensamentos.

A minha primeira teoria

Perdido, está, meu coração.
Pois, dele, passou um furacão.

Vazia, está, minha consciência.
Pois, dela, pouco resta decência.

A tempos atrás, minha personalidade sofreu algumas alterações. Meu senso de humor aumentou, minha auto-estima melhorou, sei lá... Aprendi a dar valor a mim mesmo.
Mas o que fez com que eu tivesse vontade de escrever isto para ti, é algo que eu não sei de onde vem e por que é que veio. Mas sei que veio por um bom motivo.

Estou agora a tomar um chá.

Não tinha antes esse gosto pelo chá, mas ao longo do tempo fui aprendendo a gostar com um impurrãozinho da minha querida mãe, ela sempre gostou de um chá bem quente.

Hoje, tomando um chá... Pensei em algo que tenho pensado a bastante tempo desde que estou solteiro.
Olhei bem para a chávena e surgiu uma espécie de teoria, rsrs... Uma teoria sim!

Penso eu, sengundo a teoria claro, que a chávena representa o nosso coração. Do mesmo jeito que o nosso coração se apaixona tantas vezes, e geralmente, nós confundimos com o "amor", é do mesmo jeito que a chávena passa por uma mão e é usada para tomar um chá ou qualquer outra coisa quente ou fria (cada chá ou outro líquido inserido na chávena, representa cada relacionamento em que tu/nós nos envolvemos durante a nossa vida).

Esta chávena,

depois de um tempo, fica desgastada. Racha aqui e ali, parte-se, suja-se, cai aqui e acolá, passa de uma à outra bouca... Até um dia cair, partir-se de vez e deixar de ser útil. Daí é jogada fora.


Mas por outro lado, há uma chávena bem preciosa, aquela lá da cristaleira que nunca a usamos desnecessariamente, apenas a tiramos em casos de emergência como... Receber visitas por exemplo.

Aquela chávena não é para uma visita qualquer;
Aquela chávena é muito bem cuidada e valorizada.

Mas não é so com a chávena que podemos comparar ao nosso coração, pode ser qualquer outro objecto que é usado por nós.
O importante é que entendamos o exemplo.

A real questão é, você (Homem ou mulher, nigga ou real nigga, gangster ou não, calmo ou estrovertido, rodada ou princesa, seja lá como ou quem tu és... Com que chávena queres que o teu coracão se pareça?

Com a valorizada ou a desvalorizada?

Por quantas vezes queres ser usado(a)?

Por quantas bocas queres passar?

Por quantas mãos queres passar? (Sujas ou limpas)

Por quantas vezes queres aquecer-te com um chá?

E se fosse como "roupa", com que roupa queres que o teu coração se pareça?
Com a "roupa da festa" menos usada e mais valorizada?
Ou com a roupa normal de casa mais usada e desvalorizada?

Como é que queres que o teu coração se pareça?

Todo gasto, despedaçado, rachado, sem brilho e feio?

Ou bonito, brilhante, inteiro e novo?

Em torno dessa minha teoria, nós deviamos valorizar a nós mesmos. Deviamos cuidar mais do nosso coração, o nosso maior e precioso objecto do nosso organismo.
Deviamos analisar cada relacionamento em que nos enfiamos, cada amigo que aranjamos, cada desejo que sentimos. Devemos dar espaço a momentos únicos e duradouros.

Conclusão: "O nosso coração é que nem uma chávena de chá. Quanto mais usamos para chá's desnecessários para o nosso organismo, mais ele fica desgastado e impossibilitado para receber mais chá ao decorrer do tempo."