80. Pov

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Pov. Cameron

1 semana depois...

Não... não, não, não! Era hoje que os pais dela chegavam e com eles traziam a morte da pessoa que eu mais amava no mundo. Eu tentei de tudo para ela ser a próxima daquela lista estúpida, suborná-los, usei o meu golpe emocional, tudo mas tudo mesmo, e mesmo assim ela continua naquela cama de hospital. Eu não via um chuveiro à pelo menos 4 dias e já começava a chegar ao ponto de que até eu sentia nojo de mim mesmo.

Eu levantei-me e fui até à casa-de-banho do quarto do hospital e comecei a tirar a minha roupa, peça por peça até ficar completamente nu e entrei no chuveiro com a água já quente fazendo com que a tensão presente nos meus músculos desaparecesse bocado a bocado. Eu comecei a chorar, como tenho feito quase todos os dias, sim posso ser um homem mas ainda tenho sentimentos. Eu soluçava alto, nunca tinha chorado assim antes mas sabia bem aliviar tudo o que temos dentro de nos, eu amo-a tanto, ela não pode partir assim.

Assim que sai do banho enrolei uma toalha na cintura e sai do quarto para ir buscar uma roupa ao saco que o Nash me tinha trazido. Nesse momento uma enfermeira jovem entrou no quarto e em menos de segundos virou um tomate. Eu continuei à procura da roupa certa enquanto ela ainda estava pasmada a olhar para mim e quando a encontrei apenas me dirigi para a casa-de-banho. Vesti um moletom da Magcon e uns calções cinzentos da Nike, quando sai a enfermeira já não estava lá e eu sentei-me novamente à beira daquele ser pequeno e peguei na sua mão, nunca a queria largar, elas encaixavam-se tão bem que pareciam ter sido feitas uma para a outra.

Alguém entrou pela porta e quando olhei para o lado vi os seus pais, tão acabados como eu e a mãe dela começou a chorar quando lhe dei um sorriso torto e passei a mão nos cabelos da Sam.

Mãe da Sam: Suponho que sejas o Cameron, eu sou a Kayley e este é o meu marido, Josh.

Eu: É um prazer enorme!

Josh: Cameron... nós tomamos uma decisão e vamos desligar as máquinas.

Eu: Não, vocês não podem! Ela tem de viver, ela tem de ser feliz!- nesse momento entrou um médico no quarto mas não demos importância.

Médico: Eu queria...

Kayley: Cameron, a decisão e nossa e ela está tomada!

Médico: Posso...

Eu: Não, ela ainda tem hipóteses, por favor ela é vossa filha pensem bem nisso!

Médico: NÓS CONSEGUIMOS ARRANJAR UM CORAÇÃO PARA A SAMANTHA!- ele gritou para que no meio da discussão conseguíssemos ouvir e assim que ele disse aquilo eu virei imediatamente a cabeça para o médico e senti a alegria a correr me pelo peito. Estava mais feliz do que nunca.

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