You can be the boss. [Frerard||Romance Gay]

He's taken but honest.

Amor. Casamento. Filhos.

Essas três palavras, em um primeiro momento, nos remetem a felicidade, família e uma vida conjugal invejável. No entanto, nem sempre significam toda essa plenitude. Para alguns, os caminhos acabam moldando-se de forma tortuosa. Às vezes é mais fácil vestir uma máscara e atuar do que lidar com os problemas cotidianos.

Fidelidade.

Na vida de Gerard Way, essa é uma palavra que possui uma diversidade de significados. Manter um relacionamento a dois é difícil, ainda mais para o dono de um capital de 500 milhões de dólares e sócio majoritário de uma extensa rede de condomínios suntuosos. Mas há sempre um equilíbrio a ser encontrado.

***

A tarde de Way havia sido exaustiva. A reunião das dezessete horas havia sido adiada. Alguns clientes desmarcaram em cima da hora e aquilo acabou por desorganizar toda a sua agenda do dia. Pensou em voltar para casa mas não teria sossego por lá. Por fim, decidiu ir para onde teria paz e tranquilidade. Onde era livre para ser ele mesmo.

E lá estava ele, em um edifício de Los Angeles. Exatamente no décimo terceiro andar. A sua sala, diferente das outras, era pequena e com poucos móveis, mas ainda sim aconchegante. Era um local afastado e não se escutava barulho de criança brincando e destruindo coisas. O máximo de som que entrava em seu campo era, às vezes, um disco do The Smiths sendo tocado em volume baixo. E ele até que gostava.

Suspirou, checando em seu iPad o horário. Precisava voltar antes das vinte e duas. Um click de desencaixe na porta e seus olhos correram para a figura de estatura mediana que segurava a maçaneta que trajava uma camiseta preta e um short colorido de tactel.

- Posso entrar?

- Claro, a casa é sua. - Frank lançou um curto sorriso como resposta e entrou, fechando a porta atrás de si.

Segurava, em uma das mãos, um copo de vidro preenchido por whisky e alguns cubos de gelo. Na outra, um cigarro preso entre os dedos. Era costume levar a bebida ao empresário sempre que o mesmo aparecia por ali. Sentou à frente de Gerard, com a pequena mesa entre eles, servindo-o.

- Como está indo o trabalho? - Murmurou com os olhos amendoados atentos às feições do outro, levando o pequeno tubo branco aos lábios e tragando-o.

- Chato. - A resposta veio de forma simples seguida de um gole no líquido do copo.

Frank sabia que no momento em que Gerard mergulhava em seus papéis e arquivos este ficava quieto, completamente absorto no que tinha a fazer. Aquilo não incomodava o menor, sabia do que Way precisava quando estava daquele jeito sobrecarregado.

O silêncio se instalou por um minuto. Só o barulho das respirações calmas era ouvido. Era comum passarem algum tempo juntos, mesmo que não falassem nada, enquanto Gerard trabalhava. Iero sabia que o tempo livre do empresário era escasso e mesmo assim este sempre procurava uma maneira de estar ali. Eles eram bons juntos.

Ao que um pensamento específico passou por sua mente, Frank sorriu. Lembrou-se do que havia feito no fim de semana passado em que o maior havia viajado. Levantou-se da cadeira, descartando o cigarro em um cinzeiro na pequena estante.

- Eu tenho uma surpresa pra você. - A menção repentina de algo novo chamou a atenção de Gerard que desviou o olhar da tela quadrada para focar totalmente no outro.

- Eu gosto de surpresas. - disse fitando-o nos olhos. - O que você tem pra mim? - Virou a cadeira giratória em direção a Frank, que já encontrava-se em pé ao seu lado.

E, com um olhar intenso, Iero levantou sua perna direita e colocou-a entre coxas do maior, apoiando-se no estofado escuro da cadeira. Como em um impulso já comum, Way levou sua mão para segurar no tornozelo do outro prontamente interessado no que viria a seguir. Logo observou dedos tatuados puxarem a barra do próprio short para cima, expondo boa parte da pele alva escondida pelo tecido.