Imagines de Kpop

Jackson - Got7 (Parte 1)

P.O.V JACKSON

Já faziam horas que eu estava tentando melhorar o humor do local. Os meninos já estavam estressados por culpa do diretor, que não parava de gritar e colocar defeito em nosso trabalho.

As pessoas costumavam gostar de trabalhar com nosso grupo. Got7 era conhecido por ser muito simpático e amável, além das gravações sempre terem um clima descontraído. Mas aquele diretor parecia ter algo contra nós, mais especificamente, contra mim. Eu costumava ser muito brincalhão, porém até eu já estava ficando chateado com toda essa situação, principalmente com ele xingando os meninos.

Eu estava aguentando tudo para o bem da equipe, da empresa e do grupo, porém aquele comentário foi a gota d'água.

- Jackson, o que você anda comendo? Já pensou em fazer uma dieta? Os idols não se cuidam mais hoje em dia? - Ele disse me olhando de cima a baixo.

Parei a dança e virei de costas, não queria causar nenhum incômodo, mas se eu não saísse dali, eu acabaria falando coisas que eu não devia.

Estávamos gravando o M/V em um parque, então foi fácil achar um caminho no qual ninguém pudesse me achar. Fechei os olhos e comecei a correr com os olhos fechados, ouvindo o barulho do riacho que passava ao meu lado, apenas a alguns centímetros.

Comecei a aumentar a velocidade, tentando me livrar de toda aquela tensão, quando esbarrei em algo... 

Ou alguém?! 

Ouço um grito e abro meus olhos... 

Okay, esbarrei em uma menina.

Ela começou a cair pra trás e eu tentei segurar seu corpo, juro que tentei, mas antes que eu pudesse impedir, ela já estava na água, me olhando com uma expressão raivosa.

P.O.V S/N

O casal perfeito. Era assim que as pessoas costumavam nos chamar. Eu, S/N, herdeira do hospital mais renomado de Seoul estava namorando Minhyuk há mais ou menos 2 anos. Ele é o filho do sócio dos meus pais e, coincidentemente, meu vizinho. 

O namorado perfeito. 

Ou isso era o que eu pensava.    

Estávamos fazendo aniversário de namoro hoje, por isso resolvi preparar uma cesta de piquenique para irmos no parque perto de nossas casas. Eu havia preparado o encontro romântico perfeito. Tudo iria ocorrer perfeitamente.

O que eu não esperava era encontrar o meu namorado, meu primeiro amor, deitado ao lado de uma mulher. Uma desconhecida. Nus.

Nesse momento, o meu mundo desabou. 

Ao me deparar  com essa cena, acabei derrubando a cesta de guloseimas, acordando o casal. Não me dei o trabalho de discutir, eu só queria desaparecer. Eu estava sentindo ódio, nojo e repugnância. Como ele pôde fazer isso comigo? A única coisa que me veio à mente foi ir pro único lugar aonde ninguém ia me fazer perguntas. 

Corri o mais rápido que pude. Sentindo os olhares curiosos dos vizinhos, mas decidindo ignorar. 

Até que esbarro em alguém. 

Parara piorar, caio no riacho. 

Meu dia está cada vez melhor.

Lanço um olhar raivoso para quem quer que tenha me derrubado, porém logo desabo.

-Por que todos estão me machucando hoje? O que eu fiz pra merecer isso? - Falo em meio às lágrimas. 

P.O.V JACKSON

Olho assustado para a menina, que agora se encontra encharcada dentro do riacho, com seus olhos marejados.

-Por que todos estão me machucando hoje? O que eu fiz pra merecer isso? -Ela gritou e começou a chorar. 

Acho ela não estava assim apenas por cair no riacho...

Estendo rápido a mão para ajudá-la a sair da água. Ela me olha com raiva e dá um tapa na minha mão, empurrando a mesma para longe, e tentando sair sozinha do riacho. Porém, por culpa das pedras escorregadias, ela cai novamente antes que eu possa ajudar.

Eu seguro seus braços e ajudo ela sair do riacho, ignorando seus protestos enraivecidos. Quando chegamos novamente na trilha, vejo que a perna dela está sangrando.

Puxo ela e faço ela sentar em um tronco de madeira na beira da trilha, que aparentemente servia como banco para aqueles que quisessem relaxar na beira do riacho.

-Me deixe ir agora! Não bastou me derrubar na água? - Ela começa a frase irritada, mas pareceu se lembrar de algo enquanto falava. No final ela estava novamente com os olhos marejados e fazendo um beicinho fofo. Ela fechou a cara quando percebeu que eu estava olhando para o rosto dela por tempo demais. 

Mexi minha cabeça, tentando me livrar de qualquer pensamento que eu tenha tido por culpa de seus lábios vermelhos e fofos.

-Sua perna está sangrando. - Falo, tirando o lenço que eu usava no meu pescoço, me sentindo um legítimo cavalheiro em um filme. Dou um sorriso com esse pensamento.

Ela olha para a perna assustada, parecendo nem ter notado o corte até o momento. Ela parecia que iria chorar novamente, porém quando me olhou de novo, sua expressão mudou para uma mais firme. 

Ela é bem orgulhosa.

Eu amarro o pano em sua coxa, tampando a ferida e estancando o sangramento.

-Sua casa é longe? -Eu digo, na esperança de não tomar outro fora. Eu só queria ajudar.

P.O.V  S/N

- Por que a pergunta? Pretende me levar pra casa, ser um cavalheiro, conhecer meus pais, me pedir em namoro e depois me trair com qualquer uma? Típico de vocês, homens! - Digo, irritada.

- Meu Deus, eu ia te ajudar, mas pelo visto você consegue lidar com isso sozinha! - Retruca ele, olhando pra minha perna ferida e me dando as costas. Tento me levantar e solto um grunhido de dor. Percebo ele dar um sorriso fraco antes de dar meia volta e vir ao meu encontro, sabendo que eu não conseguiria me virar sozinha.

Convencido!

- Pensando bem, eu não estaria nessa situação se não fosse por sua causa. Então, o mínimo que você pode fazer é me ajudar a andar. - Falo, ferindo meu orgulho.

O garoto vem em minha direção e me segura em seus braços. Por um momento me sinto segura. Mas logo volto à sanidade, irritado-me comigo mesma por tais pensamentos. 

Começamos a andar e finalmente pergunto:

- Qual motivo te levou a correr daquela maneira? Não vai dizer que é um fugitivo da polícia? - digo, me afastando levemente dele, realmente considerando essa possibilidade. Ele apenas solta uma gargalhada. 

Como assim? Fiz alguma piada por acaso?

- Calma, eu apenas tive alguns problemas no trabalho - diz ele. 

Acho que ele percebeu o quão irritada eu estava e não tinha comentado sobre o fato dele também estar frustrado antes de esbarrar em mim. Por um momento me senti egoísta, pois ele também parecia magoado com algo. 

Não, S/N, não deixe outro homem te iludir.

Fico imersa em meus pensamentos até perceber que estamos em frente a minha casa.

-Eu vou ficar por aqui... Eu sei que eu não preciso dizer isso, afinal tudo isso é culpa sua, mas... Obrigada! - Dou um sorriso fraco pra ele e entrando em casa antes que ele pudesse falar algo.

P.O.V NARRADOR

Com todos os acontecimentos e cabeças conturbadas, eles não trocaram nomes e nem telefones. Pensaram que nunca mais iriam se ver e aquele episódio seria esquecido por ambos. Mas no meio de toda aquela confusão, ninguém notou o paparazzi em meios às árvores, tirando as fotos nos momentos e ângulos certos.

Querendo ou não, eles não irão esquecer aquele dia tão facilmente.