Joshua - Seventeen (pt. 1/3)

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Para facilitar um pouco a compreensão deste capítulo e do próximo, as falas serão escritas:

Coreano - grifadas em itálico

Inglês - Itálico

Português - Comum

Eu não sei se tem necessidade, pois vou sempre ressaltar a língua falada pelos personagens, porém é melhor evitar confusões.

Aqui vai o meu momento GIF utt appreciation 

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CAPÍTULO NÃO REVISADO

P.O.V S/N

Eu olhava para o meu celular e lágrimas escorriam pelo meu rosto.

Palavras simples ferem quem já está quebrado.

Eu sou um lixo.

Sentia as paredes se fechando ao meu redor, enquanto o ar se tornava rarefeito, tornando a tarefa de respirar trabalhosa. Eu puxava o oxigênio com força, porém a única coisa que eu sentia era a pressão em meu peito, causada pela falta de ar.

Eu senti braços me segurarem e tentei focar em quem quer que estivesse ali, porém tudo havia se tornado nublado em minha mente.

Se simplesmente respirar era uma tarefa árdua, tentar explicar para quem estivesse na sua frente que ela precisava de seus remédios, que estavam na sua mochila, era uma tarefa impossível.

Eu iria morrer ali.

No piso da universidade.

É o meu primeiro dia na universidade de Seul, eu não posso simplesmente morrer assim.

Consegui me concentrar por tempo suficiente para olhar para o relógio em meu pulso e chegar a conclusão que eu tinha apenas cinco minutos.

Mas a significante falta de oxigênio e barreira linguística me impediam de falar com o coreano que me olhava angustiado.

Levantar a minha mão e apontar para minha mochila foi, definitivamente, o gesto mais difícil que já realizei, porém aparentemente fui bem sucedida, já que um dos alunos de minha classe correu para minha mochila.

O desgaste físico de ter levantado a minha mão fez com que o meu tempo diminuísse pela metade, já que eu não tinha mais forças para buscar ar.

Então tudo ficou escuro ao meu redor e eu finalmente pude relaxar.


P.O.V Joshua

Pude respirar normalmente depois que o professor deu o remédio correto para a garota que, por algum motivo, eu ainda segurava em meus braços.

Ela parece tão frágil.

Seus olhos tinha olheiras que pareciam resultado de noites mal dormidas e ela era magra demais - até para os padrões coreanos.

Ela parecia tão fofa, mas não parecia levar uma vida fácil.

A respiração dela se encontrava estável, ela parecia apenas estar tendo um cochilo suave, como se não tivesse tendo algo semelhante a um ataque de pânico fazia apenas cinco minutos.

Seguindo a recomendação do professor, que já tinha uma certa idade -ele poderia chutar que o senhor tinha cerca de 75 anos, mas nunca lhe perguntou com medo de soar intrometido ou mal educado-, Joshua passou uma mão por debaixo da cabeça da menina e a outra por debaixo de seus joelhos, cuidando para que a menina não se sentisse desconfortável -por mais que ele ainda tinha medo de que ela não estivesse mais respirando, porém a pouca quantidade de ar que saía de suas narinas quando Joshua aproximava sua mão no nariz da menina o faziam ter certeza que ela não havia morrido.

Ele seguiu rápido em direção à enfermaria, com o professor em seu encalço. Os alunos haviam sido liberados daquela aula que, de qualquer modo, já estava chegando no fim.

Ao chegar lá a médica a analisou rapidamente, logo colocando um soro no braço dela e encaixando um aparelho respiratório no seu rosto.

Por mais que Joshua tivesse em seu segundo dia de faculdade, ele tinha certeza que havia escolhido o caminho certo. Os acontecimentos do dia o fizeram ter mais certeza de sua decisão, já que ele realmente gostaria de ter ajudado a menina ao invés de ficar apenas amparando a mesma com um olhar assustado.

Ele nunca tinha visto a menina na SNU¹, o que era difícil, já que eles aparentemente cursavam medicina - os alunos de medicina costumavam se apoiar, pois a faculdade era desgastante. A falta de traços orientais na menina eram gritantes, então ele se dirigiu ao dormitório feminino onde os estrangeiros costumavam ficar, na intenção de ver o contato de emergência da menina na recepção. Segundo o caderno da mesma, seu nome era S/N. Ele não sabia o seu sobrenome, porém tinha certeza que não haveria muitas S/N por ali.


P.O.V NARRADOR


Joshua voltava para o hospital da universidade frustrado. Ele não havia achado nenhuma informação da menina nos dormitórios e a diretoria insistia que não poderia passar os dados dela, mesmo que o menino tenha informado da situação da mesma.

Ao mesmo tempo, S/N olhava para o teto do hospital, também frustrada. Ela havia tido um ataque de pânico no seu primeiro dia de aula.

Ótimo, agora a minha tentativa de ficar quieta no meu canto, sem chamar atenção, foi pelo ralo.

Suspirou pela provável décima vez nos últimos cinco minutos.

-Se continuar a suspirar assim, você ficará sem ar novamente... -O menino de olhar gentil (e um leve ar inglês) falou em coreano, fazendo a menina se assustar e o olhar confusa. S/N sabia o básico de coreano, porém entender sentenças inteiras era exigir demais da brasileira. -Meu nome é Hong Jisoo. -O garoto disse, fazendo uma breve reverência. A menina, que havia entendido a segunda sentença, levantou-se -mesmo que ainda tivesse com o soro em seu braço - e devolveu o cumprimento, fazendo com que o menino andasse até ela e fizesse com que ela se deitasse novamente.

-Não se esforce tanto, você precisa descansar! -Ele repreendeu a menina, porém ela apenas o olhou confusa.

-Você sabe falar inglês? -Ela perguntou com um sotaque americano quase perfeito.

-Oh, desculpe-me. Você não fala coreano! -A menina abaixou a cabeça envergonhada. Ser estrangeira na Coréia podia se tornar bem desconfortável e ela sabia bem disso. -Meu coreano também não é perfeito ainda. Eu sou americano. Pode me chamar de Joshua. Joshua Hong. -Ele sorriu gentil.

Algo sobre aquela menina intrigava o garoto, ele gostaria de saber mais sobre ele.

Ao mesmo tempo, S/N só queria se esconder dos olhares inquisitivos do americano.

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Vocabulário:

1) SNU - Soul National University


PS: Desculpa o capítulo curto, mas estou sem tempo...

PS²: Vou começar a revisar os capítulos já publicados, então me perdoem pelas notificações chatas.

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