Narrado por: Namjoon

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Depois de tudo aquilo... Jimin e Mily nos chamaram para ver o filme. Yamada estava aérea, ela nem prestava atenção no filme, ela parecia mais interessada em suas mãos, mas mantinha um pequeno sorriso nos lábios.

-"Bem, o filme acabou!" - falou Mily se levantando, isso chamou a atenção de Yamada.

-"Mas já?" - perguntou a encarando.

-"Nem prestou atenção no filme né?" - ela sorriu colocando as mãos na cintura - "no que estava pensando?" - Yamada corou, e muito e com isso seu sorriso ficou um pouco mais discreto, Mily logo soltou um sorriso malicioso.

-"Te conto depois..." - ela olhou de canto pra mim mas voltou a encarar Mily novamente.

-"Vamos ir dormir logo!" - reclamou Jimin.

-"Vamos... Tô com sono também..." - Yamada se pronunciou e se levantou, indo em direção ao seu quarto. Quando eu ia me levantar Mily e Jimin me cercaram.

-"O que aconteceu pra ela estar tão felizinha , heim Namjoon?" - perguntou Jimin.

-"É o que aconteceu?" - foi a vez de Mily perguntar.

-"B-bem... Isso é ..." - por fim desisti e contei, ambos tinham uma expressão difícil de decifrar.

-"Uou..." - falaram ao mesmo tempo e sorriram - "enfim ela admitiu!" - comemorou Mily, fiquei confuso, "enfim"?

-"É já estava na hora!" - falou Jimin, os dois saíram andando em direção ao quarto de Mily.

Fui calmamente para o quarto de Yamada, quando entrei vi ela a dormir, parecia tanto com uma boneca de porcelana, tão frágil e delicada. E em pensar que aquele maldito rapaz a havia tocado, eu me enchia de ódio, respirei fundo e me sentei ao seu lado e afundei minhas mãos em seus cabelos lisos. Ela abriu lentamente os olhos, ainda sonolenta.

-"oppa?" - chamou se virando lentamente para mim.

-"Sim?" - ela segurou minha mão.

-"Pode me contar como foi o filme?" - fez uma pausa para bocejar - "já que não prestei atenção..." - fechou os olhos suavemente, parecia bem cansada.

-"Não" - ela resmungou - "na próxima vez, preste mais atenção" - ela sussurrou um "tonto" bem baixinho e se virou de costas.

[...]

Quando acordei não vi Yamada em lugar algum, me levantei e fui andando pelo corredor, vi ela na sala, acompanhada de uma mulher de meia idade.

-"Sabe que eu não tinha condições!" - falou a mulher apoiando uma xícara na mesinha de vidro ao centro da sala.

-"Já é a quarta vez que está a repetir isso..." - Yamada mantinha a cabeça baixa, parecia não querer olhar para a mulher.

-"Eu sei que o que fiz foi errado, mas... Eu não poderia lhe deixar em um orfanato!" - ela se aproximou de Yamada, colocando seu dedo indicador sob seu queixo, fazendo com que ela a encare - "mas você sabe que você nunca deixou de ser a minha preciosa filha, eu me culpo por todos esses anos que passei longe de você..." - sorriu.

-"E eu não vou deixar de lembrar que você um dia me deixou sozinha..." - ela parecia estar, brava, triste e decepcionada ao mesmo tempo.

-"Espero que um dia seja capaz de me perdoar..." - a mulher se levantou e saiu.

  Yamada colocou o rosto entre suas mãos. Ouvi um suspiro pesada vindo dela, me aproximei e me agachei a sua frente.

-"Yamada?" - falei e ela me olhou.

-"A quanto tempo estava ouvindo?" - perguntou ela meio chateada.

-"O suficiente para saber que você não está bem..." - ela suspirou, parecendo relaxar um pouco - "quem era ela?" - falei me referido a mulher que acabara de sair.

-"Minha 'omma'..." - falou jogando a cabeça pra trás.

Enfim Coréia! • A viajem de nossas vidasOnde histórias criam vida. Descubra agora