capítulo 1

61 6 4
                                    

A mamãe mal podia disfarçar o quanto estava feliz com a notícia. E é claro que eu podia solucionar os problemas da família. Eu era o grande plano brilhante da mamãe. Ela começou a passar o seu olhos arregalados por toda a carta e parecia estar supresa, faz muito tempo que não recebemos uma carta do castelo, desde a guerra com as ilhas do norte, eles ganharam e boa parte das casas foram destruídas. Os soldados deram o melhor de si mais ainda sim montanha branca não resistiu. Cole estava doente e não era justo eu fazer isso com ele. Precisávamos do dinheiro, somos da linhagem seis e éramos destinados a trabalhar até o último segundo de nossas vidas.
-ISSO NÃO É JUSTO!-falei batendo na mesa.
-Essa pode ser uma ótima oportunidade Alexia! Se você tivesse um pouco mais de piedade do seu irmão, podíamos ter um pouco mais de dinheiro e cuidar dele.
Revirei os olhos quando mamãe começou a ler:

Querido povo da montanha branca, temos o prazer de convida-las jovens mulheres cima de 16 anos para ter a honra de trabalhar no castelo. Aqui vocês terão um quarto, alimento todos os dias e poderão enviar cartas a suas famílias sempre que quiserem. Prencham os formulários e nos envies pela manhã.

Do principe Ethan a família Miller.

Porque seria uma honra trabalhar naquele castelo ridículo?!
-Filha não custa nada você preencher esse formulário!
-Você não se importa não é?
-Claro que eu me importo! Me importo com seu irmão!- disse jogando o pano de prato com raiva na mesa.
-Mãe nós vamos arrumar outro jeito!
Só de pensar trabalhando no castelo me dava um arrepio. As coisas andam sombrias por lá desde o fim da guerra.
-Cole e Kelse ! Vão para os quartos de vocês agora!
-Mãe?!- falou kel num tom de choro-
-Kelse! Agora!
Eu não me sentia bem dentro da minha própria casa. Um turbilhão de falatórios que eu só conseguia fugir quando estava na garagem fazendo esculturas com o papai.
- E você papai o que acha dessa idéia de morar no castelo?
-Então.... Preciso entregar uma escultura a família Smity!- falou gaguejando-
Era impossível não rir de como o papai queria fugir da situação.
-Liana Miller!
Virei o rosto em direção a mamãe.
-Essa pode ser a nossa melhor chance!preencha esse formulário sem dizer nenhuma palavra!
-Sinto muito mamãe, papai e eu vamos entregar as esculturas. Afinal, um formulário idiota pode esperar!-falei com um sorriso forçado-
Ela me olhou de cima abaixo e nos deixou ir.
Por um momento eu esqueci. A vida é maravilhosa quando não se tem medo dela. Eu parecia uma garota durona. Mas tinha medo de deixar pra trás os sonhos os projetos, eu só queria que houvesse outra forma de ajudar Cole, ele não merecia passar por isso .
-Olá minha dama!
Olhei para baixo desanimada.
Carter, não é um bom momento.
-Liana, sabe que pode contar qualquer coisa pra mim. O que foi?
Engolir em seco
-A maldita carta chegou na nossa casa!
-Kriss e Charlott estão saltitando a essa hora!- Ele falou um tanto decepcionado
-O quê?
-Os convites estão por toda parte!
- não precisamos disso. Nós vamos arrumar outro jeito. Eu quero ajudar Cole, mas isso....
-Vai haver um teste. Algumas meninas implorarão pra serem escolhidas.
-Não posso ir. O que vou fazer sem você naquela jaula?
-Eu ficarei bem!-disse colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha-
Ele me tranquilizava. Quando estava com ele sentia que não precisava de mais nada. Estava segura com ele, a ideia de deixá-lo me deixava apavorada.
-Você está disposto a me deixar ir?-falei num tom de quem não queria resposta-
-Alexia! Eu te amo e estou disposto a fazer tudo por você! Mas precisa seguir em frente.
- Eu não vou ser boa o suficiente para trabalhar no castelo. Nem vou passar no teste!
-Então não precisa se preocupar com nada. Só preencha e passe mais tempo comigo. Está bom assim?
Concordei com a cabeça
-Agora preciso ir, o papai ja deve está voltando!
Ele me beijou e soltou minha mão. Essa era a pior parte. Carter me amava e podíamos ser feliz com o pouco que tínhamos. O único impecílio nisso tudo era a mamãe. Ela queria que eu tivesse um futuro diferente. Que não me prendesse a isso. Ela achava que não precisava existir amor verdadeiro, se aprendia a amar.
Nós chegamos em casa e papai caminhou até a garagem.
-MÃE!-ela voltou os olhos para mim-
-Você nunca teve uma paixão verdadeira?
Ela olhou confusa, e já ia quase abrindo a boca pra falar, quando alguma coisa interrompeu nossa conversa.
-OSCAR? -mamãe falou assustada-

A melhor chanceOnde histórias criam vida. Descubra agora