"Bem vindo ao meu delírio" ( desconhecido)

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- Você – É a única coisa que consigo dizer

- Sim sou eu – ele diz num tom divertido

- O que faz aqui – pergunto sem rodeios, pois aquela situação estava muito estranha, e estando sozinha também não ajudava

- Não estou te seguindo se é isso que está pensando, vim assinar a papelada da matrícula da minha irmã, ela ganhou uma bolsa aqui. – Ele diz, me fazendo sentir uma idiota, mas porque eu pensei que ele tinha me seguido. Sinto sua aproximação não sei o que fazer, o seu cheiro me embriaga de uma maneira absurda, e sua voz nunca tinha ouvido uma voz tão forte e rouca o que faz com que seja sexy.

- Mas já que o destino se encarregou de nos encontrarmos queria te pedir desculpas por hoje mais cedo, eu sou muito impulsivo com as palavras, pode ter certeza que não é uma virtude, mas essa merda não da para se mudar, eu fui o culpado estava com a minha fusa dentro da minha bolsa e não te vi. – Ele diz me fazendo sorrir

- Tudo bem, essas coisas acontecem, você não é nenhum adivinho. – Digo então escuto sua risada, perco meu folego, meu coração dispara, tento intender o que está acontecendo comigo. Sinto seu cheiro mais próximo de mim

- Puta merda, você é linda – ele diz me pegando desprevenida com o palavrão e com o elogio

- AH é obrigada – digo um pouco envergonhada. Então sinto suas mãos em meu rosto, abro minha boca, mas nada sai, não me sinto com medo ou algo do tipo, sinto que esse toque é mais familiar como se eu já estivesse com ele gravado no meu HD.

- Como eu nunca a vi naquele colégio

- Ninguém repara na cega, é mais fácil me ignorar do que saber lidar comigo – digo sincera

- Foda-se que você é cega, isso não deveria ser impedimento para ninguém se aproximar

- Mas é – digo apenas, seus dedos fazem carinho em meu rosto, fecho meu olho sentido essa sensação, é como se o tempo parasse naquele exato momento e só existisse nos dois.

- Puta merda, você parece um anjo- sorrio com o seu apelido, sua respiração está próxima de mim, sinto seus lábios rosarem os meus, mas então o tempo não está mais parado esperando por nós.

- Atrapalho – escuto minha professora de dança, sinto que ele se afasta

- Me desculpa, tenho que ir

Agora consigo respirar com mais facilidade, pois seu cheiro, sua presença não está mais aqui

- Tem certeza de que não atrapalhei nada – Minha professora pergunta de uma forma divertida

- Não, claro que não podemos começar os ensaios – digo tentando parecer o mais normal possível, não sei se convenci, mas ela começou o ensaio e não fez mais nenhuma pergunta.

POR Sara

- Sara você é a próxima – Uma mulher alta diz me tirando dos meus devaneios, me levanto procurando por Tyler, então o vejo ele está fumando do lado de fora, bem ao lado onde está escrito "proibido fumar," não sei como meu irmão consegue ser assim, balanço a cabeça então vou para a sala, estamos na escola de dança mais conceituada do Rio De Janeiro, eu nunca teria condições de pagar por esse curso eu ganhei uma bolça, faço balé desde os meus oito anos, na minha escola, não era nada profissional, mais minha professora dava tudo de si para me ensinar, e eu sou muito grata a ela. Vou para sala para conhecer mais sobre os cursos e escolher o que eu queria fazer, não tinha nem que pensar é claro que era balé, então ela me passa algumas instruções sobre as aulas, e como funciona tudo, logo após saio agradecendo a senhora indo ao encontro de meu irmão, que sorri com o desgosto da mulher.

- Moço não pode fumar aqui – ela aponta para a placa fazendo meu irmão rir ainda mais.

- Desculpe não tinha visto ela aí – ele é irônico, então joga o cigarro no chão e pisa nele, vou em sua direção

- Vamos maninho

- Vamos, não aguento mais ficar aqui, estou sufocado com tanta almofadinha

No caminho de casa estou com minha cabeça encostada na janela, enquanto observo as ruas passando rapidamente por meus olhos. Estou tão feliz que consegui essa bolsa, agora vou poder seguir meu sonho de ser uma bailarina. Chegando em casa chamo minha mãe, mas não obtenho respostas

- Esquece, ela deve estar em algum beco por aí – Tyler diz com o mesmo tom de amargura, sei que ele ama nossa mãe, sei que no fundo ele ainda se importa com ela mesmo demostrando que não.

- Não fala assim – digo jogando minha mochila no sofá me deitando nele

- Vou fazer o nosso almoço, antes de ir trabalhar. – Ele diz mudando de assunto

Escutamos alguém bater na porta

- Sara – Tyler grita da cozinha

- Já vou – me levanto abro a porta, então meu coração dispara e minha boca se abre num sorriso é ele... Michael

- Oi pequena- ele me abraça e beija minha testa, indo para a cozinha, fico igual a uma boba na porta, então vou para a cozinha contemplar a beleza do homem por quem sou completamente apaixonada, e que nunca me deu uma moral se quer, mas ainda sim não consigo para de me apaixonar por esse loiro maravilhoso.

Sento-me na mesa, e fico babando enquanto ele conversa animadamente com meu irmão sobre mulher o que sempre é o papo dos dois, mas não consigo prestar muita atenção pois só consigo olhar para seu lindo rostinho.

Bom não que eu goste dessa situação, vai por mim eu não gosto, mas é algo que aconteceu, Michael sempre cuidou de mim sempre esteve ao meu lado e ao lado do meu irmão, sempre nos ajudou, e eu meio que me apeguei a ele, no começo eu achei que era besteira minha coisa de adolescente, mas conforme o tempo passava e eu o via ficar cada dia mais bonito, atrair a atenção das outras garotas, oque me deixava muito puta, eu queria matar aquelas vacas mas eu senti que precisava me acostumar, pois ele nunca me veria de outra maneira, ele sempre me veria como a irmã adolescente do seu melhor amigo, no qual ele tinha carinho fraternal. Isso me da tanta raiva e o pior é que eu acho que ainda vou enlouquecer.

- Pequena me ajuda fazer o suco – ele me chama com o sorriso mais lindo do mundo, vou ao seu lado como uma boba. Sim estou completamente apaixonada pelo melhor amigo do meu irmão, que tem dezessete anos enquanto eu tenho apenas quatorze, e para piorar me vê como uma irmãzinha, sim eu estou completamente ferrada. 

como Sara seria

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