2. Compartilhando algumas memórias

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Nota Inicial de Autor:

YO! Depois de um mês eu decidi aparecer XD Sou PT-PT. Fanfiction de minha autoria e revisão pelo meu amigo Yasashii Amaii. Espero que gostem!

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Eu nunca pensei que uma rapariga daquelas, uma rapariga que até então se mantinha calada, tinha um potencial tão grande. Mas a canção que cantava não era feliz, era bem triste, com sentimentos fortes… Ela virou-se para mim com os seus olhos transbordando lágrimas e disse “Socorro” com aquela voz, que me era bastante familiar…

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Acordei na minha cama

Coloquei a minha mão na testa, sentia-a molhada. Mais uma vez, tive este sonho.

Essa menina, a Rin, nunca falou com ninguém da turma… só a ouvia a cantar naquele dia, e também já a vi a ter uma “conversa” com a Miku (ela simplesmente dizia “hm” e suspirava).

Elas duas, a Miku e a Rin, têm uma grande conetividade. A Miku, nestas duas semanas de início de aulas, ia sempre ver se a Rin tinha companhia e sempre almoçava com ela.

Olhei para as horas, 7:15. Levantei-me silenciosamente e fui vestir o uniforme e lavei a cara. De seguida desci as escadas com cuidado e dirigi-me para a cozinha, onde coloquei um avental e comecei a preparar uns salgados para o almoço, pretendendo oferecer a elas duas. Durante esse tempo assobiei uma canção, a canção que ela cantava, que desde então não a esqueci.

Consegui ouvir o despertador dos meus pais da cozinha e a prepararem-se, igual a todas as manhãs. Chegando à cozinha, a minha mãe perguntou o que eu fazia.

- Não vez bem querida, é comida para oferecer à namorada – respondeu o meu pai.

Corei e respondi que não era isso, que simplesmente queria ajudar uma amiga. Minha mãe agarrou-me e começou a dizer – o meu menino está a crescer tão depressa! Daqui a pouco já está a ir para bares e festas todas as noites e a fugir de casa!

Às vezes queria uma família um pouco… mais normal…

Entrando no carro dirigimo-nos para o metrô como sempre, mas desta vez ao chegar à beira mar encontrei a Rin (algo normal) sendo que estava acompanhada pela Miku.

Pedi aos meus pais para pararem e perguntei se queria boleia (carona no Brasil).A Miku abanou a cabeça para um “sim” enquanto a Rin continuava com os seus olhos perdidos, desta vez no fundo do mar. Puxada pela azulada (ou esverdeada… ou como quiserem), a loirinha entrou dentro do carro.

Seguimos a viagem todos sossegados a ouvir rádio, até ao meu pai decidir começar (infelizmente) uma conversa.

- Não sabia que o meu filho tinha amigas tão bonitas – coloquei a mão da testa, o meu pai desde sempre que estraga as relações que tenho com os meus amigos quando fala, mesmo que seja algo simples.

- Eu acho que o problema era sermos só nós – respondeu a Miku ao comentário do meu pai, dando uma risada pequena.

-Também acho! Filho meus, sem poder de engate!? Não poderia se chamado meu filho esse – e dá um riso forte.

- Mas… - começa a azulada sussurrando para mim – acho que se demonstrasse as tuas qualidades seria muito mais bem-sucedido da vida – e de seguida olha para mim, com um olhar firme.

Eu sei o que ela queria dizer, desde pequeno que eu oiço os adultos a dizer “este rapaz é fantástico” e “se te esforçares um pouco mais poderás superar os melhores do mundo”. Desviei o olhar, para ver a última linha do azul do mar, numa tentativa de esquecer algumas memórias passadas…

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2014 ⏰

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