Capítulo 1

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Dezesseis anos antes

Lá estava eu voltando para casa de skate quando vejo Theo, um menino de 14 anos, ‘Que possui um belo visual, vamos assim dizer... ’, só que ele é um garoto definitivamente estranho que eu tenho o prazer de tentar ignorar! Eu já disse que o porquê eu acho esse menino estranhamente estranho? Ele sempre está lá, ‘Todo dia! Em todo lugar!’.

-Oi Sara, quanto tempo... – Diz ele com seus olhos escuros semi-abertos e me parando na frente da casa dele.

-Oi Theo, Tchau Theo! Tenho tudo menos tempo... – Digo me preparando para cair fora quando o mesmo me abraça pela cintura com total autoridade.

-Porque você foge de mim, Então meu doce? O que fiz pra você? – Diz ele sussurrando suavemente no meu ouvido, o que me deixa extremamente vermelha e arrepiada, ‘Será que já posso meter a mão na cara dele?’.

-Para de bancar o stalker e me largue agora – Digo com raiva e me esforçando para sair de seu aperto.

-Se eu fizer isso o que ganho de aniversário? – Diz e me olha como se eu tivesse que saber de algo, ‘Foi aí que algo começou a dar errado, bem naquele momento!’.

-No seu aniversário eu te dou um desejo realizado – Digo bufando e revirando os olhos, para ele, e pensando bem, ‘Não é aniversário dele mesmo... Ou é? Espero que não’.

-Bom agora você pode ir para sua casa se arrumar para minha festa de aniversário... – ele me olha com um brilho por trás do olhar de deboche, ‘Eu admito que fiquei como uma boba vendo com aquele sorriso debochado, Mas ninguém precisa saber né?’.

-Oi? Que festa? – Agora paro para pensar em como me esqueci que estava fugindo da minha mãe que queria me trazer justamente pra festa dele antes, ‘-E o premio para a louca do esquecimento do ano vai para? Isso mesmo eu!’.

-A minha festa de aniversário talvez? – Ele resmungou com um pequeno sorriso e foi saindo em direção a sua casa, ele sai como se pensasse em alguma coisa que eu adoraria saber o que é. Vou para casa e quando chego vejo minha mãe toda arrumada. ‘E lá vamos nós de novo’.

-Filha ainda não está arrumada? O que eu disse sobre irmos mais cedo para casa da tia Carol? Ela já me ligou dizendo que passou lá há pouco tempo para conversar com o Theodoro... Estão de namorinho filha? – Ela diz toda alegre e feliz, Reviro os olhos em negação, ‘Pronto tinha que ser o Theo para falar pra tia Carol que eu estava lá’.

-Mãe eu e o Theo não temos nada ok?... Acho que nem amizade nós temos! – Eu sussurro a ultima parte olhando para baixo, ‘Ah sério Sara para com isso! Você nem gosta dele!’ pensava comigo mesma, subo as escadas e me arrumo, e fomos para a casa da tia Carol e quem nos recebe é um aniversariante feliz e sorridente chamado Theo.

-Bem vindas! Sara vem comigo... – Theo diz me puxando pela cintura, me deixando ao seu lado, ‘oh costume de me puxar do nada’, reviro os olhos.

-Minha filha vai lá enquanto eu converso com a Carol! Tenho que por o papo em dia... – Exclamou minha mãe com um sorriso que nem cabia no rosto.

-Claro vai lá mãe, já volto – Theo me leva para o quarto dele, e chegando lá me segura pela cintura e começa a olhar o quintal de sua janela, que está com os primos dele correndo e tem a piscina que esta com um tobogã.

-Nossa, que sonho... – Sussurro olhando o quintal deslumbrada, que mais parece o aniversário perfeito pra mim – porque me chamou aqui? Os seus convidados estão te esperando lá embaixo! – Eu falo isso, que faz ele me soltar e me olhar como bobo apaixonado.

-Quero meu desejo agora... – Ele fala com um sorriso de orelha a orelha e com o olhar brilhante, o que o faz bem bonito porque mostra sua covinha que marca o seu lindo sorriso, ‘Sara para com isso você não pode se apaixonar por ele!’, com esse pensamento eu viro o meu olhar dos olhos dele para a janela.

-E o que seria? – Eu pergunto com certa curiososidade e ao mesmo tempo receosiocidade com o desejo dele e para disfarçar o meu receio não viro o olhar para ele, que percebendo minha curiosidade sorri leve e me abraça, me aconchegando em seus braços e pondo a cabeça no meu ombro me apertando mais.

-É só uma promessa – Theo respondeu calmo e me virando pra si, o que resulta eu ver a estampa da camisa que dei á ele ano passado, ele pega meu queixo me fazendo manter o olhar nos olhos dele.

-E qual seria? – Eu exclamo com certa timidez, juro que não sei de onde isso vem, e acabo disfarçando com a sonbrancelha arqueada.

-Case-se comigo! Conversaremos com seu pai assim que ele chegar da viagem que tal? – Theo diz abrindo um sorriso sonhador e me soltando para pegar uma caixinha que continha duas correntinhas, ‘Essa não foi a correntinha que eu ajudei ele a comprar semana passada?’, faço uma careta assustada com a hipótese.

-Pera aí! Theo nós dois somos muito novos para isso... Quem sabe quando crescermos? – Falo com a esperança de que ele pare com essa loucura de casar comigo, dando um sorriso sem graça – Temos pouca idade agora, eu tenho 13 anos não posso casar!

-Ótimo, vou esperar até seus 18 anos ai nós casaremos certo? Com tudo o que desejar! Que nem essa festa lembra quando você me disse sobre a festa perfeita? Aqui esta só para você... –Ele Diz sorrindo para mim e me abraçando apertado, como se não quisesse que eu fosse embora.

-Claro... porque não? –Eu Digo dando um sorriso sem graça, ele se aproxima mais de mim e sela nossos lábios, com o olhar focado em mim com uma admiração no olhar.

-Isso simboliza nossa união, você agora é minha noiva! – Theo me vira de costas e coloca a correntinha no meu pescoço, e faz o mesmo com a correntinha dele, ‘Eu sabia que algo ia dar errado hoje’.

– Lembre-se que enquanto dormimos nossos sonhos voam, mas quando acordamos toda manhã vamos fazer o possível para voarmos com eles. – Ele continua a falar e pega a medalhinha que é em forma de um pássaro voando.

“-Um dia, talvez quem sabe no meu último dia aqui, eu cairei dos braços da imaginação e perceberei que sonhos não são reais.”

Minhas PromessasOnde histórias criam vida. Descubra agora