Acordei com a campainha tocando. Em pleno sábado, dia de descanso e fazer os projetos da faculdade. Terminar na verdade, já que sou uma ótima aluna e não deixo acumular, assim sobra mais tempo para as séries. Coloquei um casaco que estava no baú da cama e fui atender. Abri a porta e era um homem de terno preto. Tomara que não seja cobrança.-Senhorita Davon? - perguntou e assenti. -Desculpe pelo incomodo. - disse e pegou sacolas e deixou no sofá. O cara simplesmente invadiu a minha casa. Vieram mais três homens e deixaram outras sacolas e saíram.
-Eu não pedi nada não. - ele sorriu e entregou me uma carta cinza.
-Tenha um bom dia. - disse e já ia saindo.
-Igualmente, pessoa que não sei o nome. - encarei o cartão, mas antes de o abrir tranquei a porta e conferi para que ninguém a invadisse. Abri e era do Andrew.
Como prometido toda a sua coleção da LV.
Agora, cumpra a sua parte.
As 7 p.m, esteja pronta iremos sair.
-AC
Abri a boca surpresa, o cara estava louco de me levar a sério. Encarei as sacolas e fui logo vendo o que tinha, e era toda a coleção e mais um pouco. Não precisaria fazer compras nessa estação. Peguei o que conseguia e levei para o meu quarto, teria que tirar algumas roupas para caber tudo. Comecei a tirar algumas roupas que não vestia a algum tempo, essas eu iria doar. Coloquei uma música para tocar enquanto experimentava as roupas para ver se realmente eram do meu tamanho. E por incrível ele acertou no tamanho.
-Que isso? - Janine estava parada na minha porta com um sorriso no rosto.
-Arrumando o armário? - voltei a verificar as roupas.
-Onde conseguiu dinheiro para comprar um. - olhou a etiqueta de um dos vestidos e abriu a boca em surpresa. - Um Louis?
-Então. - sentei me na cama e a esperei fazer o mesmo. -O meu sugar daddy, me presenteou. - correu para o meu armário e já foi verificar as roupas.
-Ele tem amigo? - perguntou enquanto já se despia, pronta para experimentar as minhas novas roupas. -Você não irá usar todas essas roupas, então a sua amiga aceita umas doações. - atirei a almofada em sua direção e a tirei de perto do meu armário.
-Pede para o seu, esses já são meus. - voltei a organizar.
-Eu nem queria mesmo. - se jogou na minha cama e ficou no celular.***
Olhei novamente no espelho. Fiquei feliz com a imagem que refletia.
-Ainda acho que está muito simples. - Jane se intrometeu.
-Quem irá? - perguntei e coloquei os documentos em uma pequena bolsa. -Está ótimo, não tenho o por que ficar me arrumando toda. Vai que ele me leva em um barzinho. - a campainha tocou e a fofoqueira saiu correndo na frente para abrir a porta.
Olhei me novamente no espelho. O nervosismo mostrou as caras e se instalou no meu estômago, estava com medo de fazer algo errado, o jantar ser ruim ou ele não gostar de mim. Respirei profundamente, resolvi sair do quarto eu não sou mais uma criança com vergonha da visita. Segui para a sala, em todo momento tentava manter a minha respiração calma. Ele estava parado olhando para o relógio enquanto a minha amiga estava tagarelando, vestia um termo preto que marcava os seus músculos. Uma tentação, não entendo como a mulher dele o deixa sair de casa desse jeito, eu provavelmente me trancaria no quarto com ele.
-Amiga até que fim. -fez drama e sentou se, vulgo jogou se, no sofá. -Pensei que estava morta. -sorri amarelo revirando os olhos.
-Ellie, você está linda. - Andrew chamou a minha atenção. Sorri com o seu elogio.
-Você também está muito bonito. - sorriu pequeno e estendeu a mão para eu pegar, fiz e ele abriu a porta me levando para fora.
-E eu cuidarei muito bem dela o loirinha falsa. - disse e fechou a porta levando me para o elevador. O encarei enquanto o elevador descia. -O que? - perguntou e apenas dei de ombros. -Ei. - chamou me.
-Pois não? - perguntei.
-Se eu perguntar algo, me responda com palavras, tudo bem? - avisou me e fiquei com medo do seu jeito autoritário.
-Tudo bem. - sussurrei, e ele beijou a minha testa o que achei estranho, já que ele nunca me mostrou nenhum tipo de afeto.
Saímos do elevador e fomos para o carro que estava a nossa espera. Fiquei o trajeto todo olhando para as ruas enquanto ele estava no notebook. Demorou quase uma hora quando o carro parou na entrada do The Loeb Central Park Boathouse. Andrew saiu do carro e abriu a porta do meu lado, segurei em sua mão e desci, sorri em agradecimento. Ele me guiou até o interior do estabelecimento, passou direto nem perguntando sobre a sua reserva, fomos para a área externa onde estava apenas uma mesa para dois. Sentei e observei o lago, nada mudou, continua tendo o mesmo ar romântico, inglês.-Espero que tenha gostado da escolha do restaurante. - disse inseguro, sorri ainda olhando alguns peixes se movimentando perto.
-Foi a sua melhor escolha, amo esse lugar. - olhei para ele e estava me encarando, o que me deixou intimidada. -O que me deixa um pouco confusa, é que aqui ficavam pelo menos, umas quatro mesas. Você tem algo com isso?
-Eu consigo tudo que eu quero, querida. - deu de ombros e chamou o garçom que estava na porta. -E privacidade é bom, não quero arruinar a vida de nenhum de nós dois. - concordei e fizemos os nossos pedidos.
****
-Bom, eu não converso mais com os meus pais. - o respondi e coloquei mais um pouco de sobremesa na boca.
-E por que não? -deixou a sua xícara sobre a mesa e encarou-me.
-Eles não aceitam o meu irmão. - as cenas do último dia na casa deles voltaram a minha cabeça. -E eu não o deixei sozinho, então fui expulsa de casa também. - ri da situação.
-Sinto muito. - pegou a minha mão solta na mesa e a acariciou.
-Foi ótimo isso ter acontecido, provavelmente agora eu estaria casada com um velho milionário, mas obrigada pela minha mãe. - ele riu. -Agora sou livre da ditadora. -sorri e o encarei, ele estava totalmente relaxado, nem parecia parecia o mesmo homem que estava no carro comigo. -E você? Me conte sobre você.
-É só buscar o meu nome no Google, que estará tudo lá. - apenas balancei a cabeça discordando dele.
-Não quero saber o que os outros dizem, mas o que você diz. Eles não são você, para te conhecer tão bem.
-Gostei disso. -apertou a minha mão. -Moro em uma casa distante de toda essa correria, junto com minha querida esposa. -a última parte saiu tão irônica que não quero nunca ser ela. -Estamos casados a cerca de quatro anos, vamos dizer que é um casamento apenas de imagens. -senti-me triste pela atual situação dele, não vejo me casada com ninguém, mas iria querer casar com uma pessoa que eu não sinta nada.
-Vocês tem filhos? -poderia ser uma criança a segurar a relação deles, já que há nenhum resquicio de sentimento.
-Não, graças aos céus ela não quer estragar o corpo dela com uma aberração, segundo as suas próprias. -apertei a sua mão tentando o acalmar, se isso fosse possível. -E eu não aguentaria ter algo em comum com ela, basta ela ter o meu sobrenome.
-E por que você é casado com ela, então? - saiu totalmente espontâneo, tapei a minha boca ao notar o que perguntei. -Desculp...
-Tudo bem. - interrompeu me. -Só me casei com ela, porque, a mulher que eu queria não poderia ser minha. -disse e soltou a minha mão.
-Ela não sentia o mesmo? - aproveitei que ele estava se abrindo.
-A mãe dela disse que não, não acredito que ela tenha dito para ela, mas também ela tinha uns 16 anos na época. E eu não queria ser o pedófilo. - riu triste e olhou para o lago. Se ele estivesse com essa pessoa, hoje ele não estaria aqui comigo, e poderia ser algo positivo para ele, já que provavelmente estaria com ela e os seus filhos, um jantar em família. Mas nem isso ele tem, já que no casamento não existe nada, só um papel onde beneficia ambos de alguma maneira.
****
Cheguei até a porta do meu apartamento e parei.
-Obrigada pelo jantar. - agradeci e o encarei.
-Foi bom ter uma companhia agradável. - ficou em minha frente.
-Eu tenho que entrar. - apontei para a porta. -Até logo. -ia entrando quando ele me segurou e me surpreendeu com um beijo, foi rápido nem dez minutos e deu um último beijo na minha testa se virando para ir embora.
-E tenha uma boa noite. - disse se virando rapidamente e seguindo o caminho em seguida. Entrei no apartamento e deixei as minha chaves em uma mesinha, para mim era algo apenas de amizade e ele me surpreende com um beijo.
Depois de séculos voltei.
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Burning Desire
FanfictionEu sei que não haveria nenhum sentimento envolvido, mas o meu coração não conseguiu entender e se entregou. Me sinto tola por saber que eu fui a única a me entregar a esse amor, eu juro que não queria, mas ele não conseguiu compreender. Me sinto uma...