consequências do desejo.

capítulo dez

Sem revisão.

O clima estava ficando cada vez mais tenso, a convivência estava ficando cada dia mais insustentável. Nanda estava evitando cruzar com Leo, vivia trancada dentro do quarto quando ele estava em casa ou então saía. Leonardo estava ficando louco, hora queria vê-la sofregamente e hora queria afasta-la de si e de seus pensamentos. Ele não sabia o que Nanda havia feito consigo, e nem sabia o porquê de tanta preocupação quando ela saía.

Fernanda já estava com quatro meses e embora não percebesse, Leonardo a observava com fome e admiração, ela estava ficando cada vez mais radiante a barriga não tinha crescido tanto, apenas uma pequena ondulação no baixo ventre o que fazia muitas vezes se perguntar se realmente era uma gravidez.

Naquela manhã, Leonardo viu Nanda entrar no carro de Joca e se sentiu furioso, ele queria explicações de onde ela ia, com quem ia.

- não, não, não...Ela não me deve explicação alguma, Ela não é importante pra mim...- andava de um lado pro outro.

- ocê tá bem meu fi? Falando sozinho... - Dulce perguntou vendo o alvoroço do rapaz. - sussegue homi, desse jeito vai fazer um buraco no chão.

- que se dane esse chão Dulce. - jogou as mãos pro alto nervoso. - você sabe onde Nanda foi? - perguntou parado encarando a doce senhora de olhos grandes.

- ói, ela foi fazer "urtrasson", só não sei ond...

- ok, obrigado Dulce. - pegou as chaves do carro e saiu correndo.

Leonardo estava parado em frente a uma clínica e estava em dúvida se seguia adiante e confirmaria se estava tudo bem ou se iria embora fugindo como sempre fazia.

Ele tinha ligado pra Alice e perguntado qual era a clínica que Nanda estava, sua sogra estranhou a pergunta achando que por ser marido de sua filha, tinha que saber de todos os passos dela, principalmente quando ela estava grávida. Mas foi gentil e sutil, lhe informando o endereço.

Vamos homem, largue de ser covarde!

Entrou decidido na clínica e observou varias mulheres gestantes, muitas delas com seus esposos do lado acariciando a barriga arredondada. Olhou ao redor e procurou sua esposa, não a encontrou.

- com licença. - falou com uma mulher no balcão de recepção. - Fernanda Lobato?

- o senhor é o que dela? - perguntou.

- marido! - a mulher o encarou com o cenho franzido. - algo errado?

- não senhor...- olhou a tela do computador. - ela já está fazendo a ultrassom, se quiser entrar é na sala 8.

Leonardo assentiu com a cabeça e seguiu pelo corredor com portas coloridas, encarou a porta número 8 e suspirou. Deu duas batidinhas e entrou em seguida.

Ao entrar viu sua esposa com a barriga de pele lustrosa à mostra, foi inevitável não sentir alguma coisa...encarou os olhos dela e encontrou surpresa em seu olhar, virou o rosto e viu Joca ao lado segurando a mão dela, o rapaz o encarou com raiva. Fechou a cara.

O médico continuava mexendo o aparelhinho e Leo pôde focar na tela enorme a sua frente. O bebê estava chupando os dedinhos e algo se revirou dentro de Leonardo, seu coração inchou a ponto de quase sufocar e sua mente abriu, era seu! Seu bebê!

Leonardo estava bebendo as imagens de seu filho quando enfim o médico congelou uma imagem.

- ha-ha - fez um som como se tivesse feito uma grande descoberta. - aqui está...parabéns, é uma princesa! - disse sorrindo.