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— Por que não esquecemos toda essa dor e nos entregamos um para o outro, Jisung? — perguntou Mark, balançando as pernas e olhando as crianças andando de skate e patins, naquela praça no bairro de Jisung.

— Porque eu tenho medo de me machucar, Mark, tenho medo de que isso seja um erro e eu só vá descobrir tarde demais. — respondeu Jisung, olhando para a mesma direção que Mark.

No entanto, Lee Min Hyung virou-se para o garoto ao seu lado, com os olhos estreitos por conta da intensidade dos raios solares e uma expressão de incômodo por conta disso.

— Medo? — e a pergunta de Mark ficou no ar. — Medo de quê? De eu te machucar?

Jisung balançou a cabeça positivamente.

— Eu não vou te...

— Você já fez isso, Mark. — interrompeu Jisung. — Você já fez.

— Eu só vim perceber depois. E o incidente do morango me fez ficar confuso e...

— Acha que não estive confuso também? — virou-se para Mark. — Há dez minutos você me beijou, Mark. E eu gostei. Sim, gostei. Mas eu preciso que não faça outra vez.

— Temos os limões, Ji Ji, por que não fazemos uma limonada? — Mark metaforizou.

— Porque eu odeio limonada. — respondeu Jisung secamente, e Mark levou um tiro. — Desde o meu aniversário eu estive fazendo isso: tentando ignorar, esquecer...

— Não tem como fazer isso.

— Quando eu te quis, Mark, você me jogou na sua zona da amizade. E agora você vem me dizer que quer sair da minha?

Mark levantou-se bruscamente e pôs-se de frente à Jisung.

— Por que está falando desse jeito? O que quer dizer?

— Brigamos por um bolo de chiclete, nos tornamos amigos e eu comecei a gostar de você demais à ponto de sofrer por isso. Eu percebi, Mark, que nos machucamos porque gostamos mais de alguém do que deveria. E o idiota aqui fez isso, e cá estou eu completamente quebrado!

— Jisung...

— Nem vem, Mark! — interrompeu-o mais uma vez, levantando-se. — Você escolheu pisar em mim e depois vem aqui querendo me desamassar dizendo: "Nossa, que peninha dele...". Eu sei que me beijou no meu aniversário porque queria me agradar, Mark. E eu não o culpo por isso, eu te perdoei.

— Mas que merda você está falando? — Mark estava confuso.

— Coisas que você jamais irá entender, Mark. Deixe-me auto reconstruir primeiro e venha conversar comigo depois. Eu preciso disso, e você precisa rever se o que sente é real. Não quero investir em algo falso, superficial.

Mark conseguia o entender, mesmo achando-o um pouquinho exigente. Faria o que pediu, mesmo estando sem entender nada.

— Mas o que eu sinto é real... — explicou.

— Então pense um pouco sobre isso, Mark. Espero que me entenda. — Jisung virou-se e voltou caminhando para a casa, sendo atormentado pelos seus pensamentos dolorosos sobre Mark.

Tudo bem, pareceu ser bipolar, mas ele conseguiu expor partes do que sentia para Mark. Era triste ter que deixá-lo plantado no meio da praça, mas ele precisava decidir-se de uma vez por todas.

— O que foi, Jisung? Por que está tão abatido? — perguntou a sua mãe, assim que Jisung chegara em casa.

Ele sorriu de uma maneira fraca e respondeu um "nada" como uma máscara para os seus problemas, deixando-os implícito. Subiu para o seu quarto e ficou lá o dia inteiro.

Chewing Gum Cake ♛ MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora