prólogo

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Entrei na balada e tudo estava agitado como eu realmente esperava. Embora seja muito cedo, algumas pessoas já estão caídas e bagunçadas, outras usando drogas e outras fazendo sexo no canto.

Me dirijo ao bar.

- uma caipirinha por favor. - peço a bartender.

Passo o olho ao redor do ambiente me situando quando a vejo. Linda. Magnífica. Sedutora.

Perco o fôlego e esqueço como é que se respira por alguns segundos. As batidas frenéticas do meu coração não deixa dúvida pro que sinto. Tesão. Paixão. luxúria. desejo. Amor.

Meus olhos de águia pousam na menina a minha frente dançando sensualmente atraindo olhares famintos. Meu sangue ferve, estou a ponto de queimar quando ela me vê. Em seus olhos contêm surpresa e vejo sua determinação a partir do momento que sua dança e seu requebrar lento se volta todo pra mim. Maldição!

Ela requebra como uma serpente, subindo e descendo, sua bunda rebola enquanto seus cabelos completam toda a mágica balançando em câmera lenta. Tudo parece estar em câmera lenta. Não se contentando com seu pequeno show ela vem até mim, desfila como uma rainha e seu queixo erguido é a mais pura prova de que ela de fato merece ser venerada como uma verdadeira deusa.

Me remexo com excitação e expectativa quando ela chega muito perto.

- que surpresa boa professor. - em seus lábios o vermelho predomina e seus olhos são fatais.

Seu perfume me inebria e me sinto tonto com ela tão próxima.

- olá Anna. - a olhei duro e passei os olhos em seu corpo reprovando sua vestimenta. - você não acha que esse lugar é muito...Hum, vulgar pra você? - beberico minha caipirinha e desvio os olhos.

Na verdade eu quis me referir ao pequeno vestido colado que ela usa, marcando todo seu delicioso corpo. Como ela ousa?

Sua risada gostosa me atrai novamente.

- não dê um de politicamente correto. - passa o dedo no cumprimento de meu tórax. - o senhor está aqui não está? - pisca os longos cílios quase me fazendo arfar.

A palavra "senhor" saindo de sua boca tao suavemente faz minhas bolas revirarem. Céus, eu não aguento.

- quer dançar? - me estende sua pequena mão a qual fico tentado a testar a maciez. Não somente a mão, mas todo o resto.

Deve ser muito macia, doce e quente.
Afastei esse pensamentos incoerentes, o que diabos estou pensando?

- não! - respondo seco, isso está me matando.

Maldita hora ter entrado nessa boate, maldita hora ter visto ela e ter permanecido, maldita hora dela estar aqui. Inferno.

- você está louco pra apertar minha cintura, não fuja como um maricas! - torceu a cabeça pro lado me desafiando. Qual é o seu jogo?

Já sei, me seduzir, me fazer cometer uma loucura e céus, eu estou muito, muito perto de fazer algo que pode nos prejudicar.

- isso são horas de crianças estarem na cama, não em baladas pra adultos. - mudo o assunto.

Seus olhos brilham perigosos e sinto que ela é capaz de tudo.

- criança senhor Lobato? - sorriu preguiçosamente. - não querido professor, é hora de dançar! - rodou seus saltos finos e virou-se, indo pra pista de dança.

A adrenalina corre em minhas veias e um ódio súbito me invade pouco a pouco quando ela puxa um rapaz e dança quase que sexualmente. Seus olhos se encontram com os meus através das luzes fortes da balada, ela morde os lábios carnudos e passa a língua após fechar e piscar três vezes os longos cílios, parece uma pantera esperta tentando capturar sua presa. Eu.

O professorOnde histórias criam vida. Descubra agora