18. A tempestade.

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O dia estava cinza.

Uma tempestade se aproximava, tinha sido anunciado no jornal do tempo, mas o jogo não seria cancelado e todo o esforço que Louis teve não seria arruinado por uma chuva.

O jogador tinha fechado com uma equipe de televisão, em um especial de esportes para um mini documentário sobre sua volta ao campo. Sua casa estava com uma equipe de dois cinegrafistas e o diretor, que acertava com a agente de Louis algumas filmagens no carro que o levaria ao campo.

Louis estava tomando café da manhã, ele tinha levantado mais cedo que de costume, às 8 horas da manhã e parecia um pouco tímido diante das câmeras, até pular da bancada e correr para porta, receber Harry.

"Hey!" Louis disse, abraçando Harry que encarava as câmeras e sorria sem graça "Ignore eles, é um documentário, idéia do Stan."

"Oh." Harry se afastou e notou que o diretor apontava para ele enquanto falava baixo "Eles vão ficar aqui o tempo todo?" Ele perguntou baixo e afundou o rosto no pescoço de Louis "Eu te trouxe um presente de boa sorte."

"Obrigado, doce." Louis disse um pouco mais estranho que o normal e Harry teve vontade de rir "Vamos ver o que você me trouxe..." Ele abriu narrando e puxou uma corrente prata, era simples e Louis poderia usar por dentro da camisa enquanto jogava, tinha apenas a letra H pendurado, muito pequeno "É..."

"Filmem a corrente." O diretor gritou no fundo e Louis piscou confuso, olhando para Harry e depois escondendo o presente "Vamos lá, Louis! Os fãs vão gostar disso, eles gostam disso, fique mais perto Harry, vamos fazer um close nos dois."

"Podem parar de filmar um pouco? Qual é." Louis pediu, puxando Harry pela mão e o levando até o andar do seu quarto, fechando a porta.

"Você é famoso, Sr. Tomlinson." Harry riu.

"Não importa." Ele jogou a caixa do presente no chão e segurou a corrente alto "Você é a melhor pessoa com quem eu poderia estar, Harry Styles." Ele levou o colar até o pescoço e o colocou, ainda olhando para Harry "E agora você está comigo pra sempre."

"É para te trazer sorte, estou um pouco nervoso sobre o jogo, quero que tudo seja perfeito." Harry afirmou "É o que você merece, Lou."

"Sabe o que eu mereço agora?" Louis perguntou e Harry assentiu, se inclinando para ele e o beijando, depois encostando as testas, encarando cada um o lábio um do outro "Tudo vai ficar bem." Ele afirmou, confiante e Harry o abraçou forte, beijando seu ombro no processo.

"Eu te amo." Harry disse, mais uma vez, naturalmente.

Eu também te amo. Pensou Louis.

Mas ele não poderia pensar, ele só poderia ter perdido a cabeça. Era tudo uma mentira, ele estava enganando Harry e não se enganando. Porque ele queria privacidade de um relacionamento que começou para ser exposto, porque ele queria aquele abraço e aquele beijo apenas para ele, sem precisar ser gravado, porque seu coração se aqueceu ao receber aquele colar e porque ele estava pensando que poderia dar certo, amar Harry e nunca mais perdê-lo.

Como ele pode ter dito que agora Harry estaria com ele para sempre.

Não existia para sempre.

Não para Louis e suas mentiras.

Era assim que tinha que ser. Ele precisava colocar um fim nisso e no melhor cenário Harry poderia perdoá-lo, poderia entender que ele era uma pessoa desesperada, frustrada, assustada, como estava agora, que conhecê-lo era o destino, que foi a melhor coisa que tinha lhe acontecido e que agora que ele tinha experimentado do amor de Harry, nada poderia substituí-lo.

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