Capítulo 2

11 3 0
                                    

Keith se inclina para nós com uma expressão de gratidão dramática.
- Por favor! Eu não estou a entender nada do que aquela mulher está a dizer e esse... esse ser humano que finge ser meu amigo está ocupado demais para me ajudar! Álgebra é complicada! Eu agradeceria muito se-
- Guarda isso para o teatro, Keith- Sylver revira os olhos com um pequeno sorriso.
Nós estamos em português...
Mark olha para mim e ri. Eu bufo pesadamente e solto um pequeno enquanto pego o meu caderno e estico o braço para Keith.
- Tens aí todos os resumos de hoje - Mark sussurra.
- A Mina sempre faz resumos para todas as disciplinas! - Mark ri e eu apenas reviro os olhos enquanto tiro uma folha do caderno do idiota do meu suposto amigo para escrever.
- Obrigada, obrigada, obrigada! - Frisk murmura fervorosamente, ignorando o que Harry dissera demasiado baixo para eu ouvir.- Eu lhes devo a minha vida e o meu primogénito.
- O que alguém faria com seu primogénito? - Harry pergunta divertido.
- É uma expressão, Harry! Tu saberias se não faltasses a cada um dos meus ensaios.
- Eu iria se tu não ficasses implicando comigo e me comparando com os personagens - ele retruca.
Eu tapo a boca abafando o baixo riso e Mark ri e volta a rabiscar o caderno.
Sinto os olhos de Harry em mim e faço todos os impossíveis para não o olhar.
- Vamos lá, tu tens cara de Romeu, só faltava teres conhecido Tu-Sabe-Quem em um baile de máscaras - Frisk provoca começando a copiar as minhas anotações.
- Eu não estou a ter uma queda no Voldemort, Frisk, para de usar esse apelido - ele diz divertido.
- Não, mas tu não deixas de a ignorar enquanto que deverias estar a avançar como Ron avançou para a Hermione.
- Eu não consigo acreditar que essa discussão está mesmo a acontecer. - Harry diz olhando o teto como se esperasse uma intervenção divina.
- Oh frisk, tu tens aulas de teatro não é? Conheces algumaMaggy?- sussurro olhando a rapariga.
- Ah, a que não cala a boca sobre um tal de Henrique? Conheço, por quê? - ela murmura para mim, curiosa e Harry olha-me como se analisasse cada centímetro do meu corpo.
- Ahahah essa é a futura namorada do meu irmão! - murmuro divertida, abafando a risada com a mão.
Sinto as minhas bochechas aquecerem, não me admira, com o olhar do Harry em deste jeito eu não consigo evitar...
- Meu Deus, ela está traindo o Henrique? -ela pausa enquanto Harry tenta não rir e ela percebe - Aaaah. Eu não sabia que o Henrique era teu irmão.
- Ahahahah sim, ele é o meu irmão mais velho! - sorrio amável.
- Ele e a Maggy vão sair em um encontro hoje, não é? - Frisk pergunta.
- Sim e eu shipo tanto - ri doce e Mark ri enquanto risca a folha do caderno.
- Claro, eles são tão óbvios! Nem sei como demoraram tanto tempo - Frisk ri. Harry ri baixinho, rabiscando no caderno enquanto ainda me observa discretamente.
Apesar de ser discreto e muito mesmo, eu sou muito observadora!
- E tu Harry, tens irmãos? - sussurro olhando o maior e gritando mentalmente.
- Tenho um, o Paps, Papyrus, aquele demônio em formato de criança - ele sussurra rindo baixinho.
- Que idade tem?
- Ele tem quase catorze anos. - Harry diz pensativo - Vai fazer anos no fim do ano.
O sinal que indicava o fim da aula tocou e Harry levantou-se. Ele reuniu as suas coisas rapidamente enquanto Frisk devolvia o meu caderno.
Mark pega as suas coisas e levanta-se juntamente comigo. Olho o Harry e coloco a mochila ao ombro saindo da sala rapidamente com o meu melhor amigo atrás de mim.
- Vamos almoçar onde? - Mark pergunta-me.
- Huuum talvez vamos à cantina e como não temos aulas de tarde, vamos tomar um café à Starbucks!
- OH MEU DEUS SIIIM - ele salta de alegria e caminha do meu lado.
Quando acabamos de almoçar vamos tomar um café à Starbucks.
Entramos no edifício e vamos para a fila para fazermos o nossos pedidos, enquanto conversamos sobre variados assuntos e rimos.
Reparo no Harry atrás do balcão e fico chocada, apretando o braço de Mark que me olha confuso. Quando ele percebe o que se passa, ri.
- Isto é o destino! -ele murmira divertido.
- Ou o karma. -riposto.
Quando o Harry me vê na fila arregala os olhos. Ele desce o olhar para para o balcão.
"Merda... Estou fodida!"
Chega a a minha vez e ele ergue o olhar com um leve rubor no rosto.
- Qual o pedido? - ele pergunta no automático, completamente e obviamente nervoso.
" Porque raios ele está nervoso? Estou confusa... "
Coro levemente e engulo em seco. Ele sorri levemente e Mark sorri abertamente.
- Tu aqui? Não fazia a mínima ideia que um popular como tu trabalhava num lugar como este. - Mark ri e eu reviro os olhos rindo.
- Até populares precisam trabalhar de vez em quando - Harry ri um pouco mais relaxado - Então, o que vão querer?
- São dois frappuccinos, um de caramelo e outro de baunilha - digo simpática - Para mim de caramelo - falo ainda com um ligeiro rubor no rosto.
- Eu amo-te só por saberes o que eu quero!- Harry ri disparatadamente
- Idiota ahahah
- Okay, esperem um pouco - Harry diz rindo. Ele começa a fazer e então pára, olhando para nós como quem está segurando o riso - Desculpe, que nomes eu coloco?
- É sério isso? - Mark pergunta rindo e eu viro o rosto com a mão na boca, abafando a risada.
- Não - Harry responde desistindo de conter a risada. Ele rabisca os nossos nomes na embalagem e cora de leve ao escrever o meu.- Aqui está.
O meu copo tem o nome do nerd.
Pego o copo tocando na mão do lindo rapaz e coro sem desviar os olhos do maior.
- O-Obrigado... Popular...- brinco sorrindo.
- Disponha, nerd - Harry responde sorrindo com um leve rubor em seu rosto que aumentou com o toque rápido.
Começo a caminhar atrás de Mark. Olho o meu copo, mas tem algo de estranho nel... "Não pode..." reparo no número de telemóvel, seguido com um "Call me;) ", neste escrito e coro violentamente, Mark repara, espreita para ler as palavras escritas no copo e começa a rir alto:
- EU SHIPPO CARAGO. - ele grita animado e eu apenas bebo um pouco da bebida e apresso o passo.
As horas passam e após Mark me chatear a cabeça eu enviar a mensagem, ambos vamos para as nossas respetivas casas.
Deito me na cama com um fervor pavoroso no meu estômago. Olho nervosa para o número que escrevera no remetente com um "oi popular " como mensagem de texto.
- S-Será que mando? - pergunto-me nervosa.
Respiro fundo, tapo os olhos com a mão esquerda e com a outra carrego no botão de enviar. Eu tiro a mão da frente dos olhos e jogo o telemóvel no ar enquanto me levanto e o aparelho electrónico cai na cama.
Fico em pé a olhar o telemóvel numa certa distância e o meu coração bate a mil à hora.
- Oh meu deus o que eu fui fazer?- murmuro nervosa.
"AAAAAA DROGA".

Um Momento Ou DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora