Cap6 - Rosa Clarinho

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Na casa de Jin

-Esse vestido é realmente lindo.
Falando para mim mesmo enquanto observo meu guarda roupa de Narnia. Sim, de Narnia, porque estas roupas estão escondidas nos confins deste armário, ninguém sabe e ninguém irá saber que elas estão aqui.

-Acho que eu vou experimentar.

Pego o vestido longo de seda, de uma cor rosa clara e começo a vestir.

-Espera, falta algo.

Tiro o vestido e pego um sutiã rosa clarinho bem simples e uma calcinha da mesma lingerie. Visto tudo com todo o cuidado. E me olho no espelho.

-É tão simples, mas é tão bonita.

Solto uma lágrima. Pego algodão e começo a encher o sutiã.

-Um pouco melhor...

Solto um suspiro pesado e mais uma lágrima. Lágrimas não paravam de escorrer, então decidi vestir o lindo vestido.

-Você não é adequado a este corpo feio, desculpa te desiludir.

Falo chorando e apertando forte o vestido. Até que meu corpo começa a ficar mole e eu caiu de joelhos no chão.

Jin não tem ninguém. Jin sabe que está sofrendo, mas ele não tem coragem pra falar pra ninguém. Jin vive em dois mundos distintos, entre o masculino e o feminino, entre o rosa e o azul, entre o que a sociedade coloca como, géneros. Ele odeia seu corpo, mas Jin, consegue colocar uma máscara tão boa em seu rosto e sua mente pra viver a vida. É como se Jin vivesse em dois corpos, duas vidas, mas apenas com uma mente. Uma mente confusa que nem ele consegue controlar. Não tem como ninguém ajudar até ele se aceitar e decidir pedir ajuda. Jin, não tem como, você tem de ser forte.

Na boate

-Tae, cadê o Jin? - pergunta Jimin preocupado.

-Ue, ele ta no camarim da maquilhagem como sempre.

-Não Tae, ele não está. Nem rasto de mala ou do seu perfume Chanel.

-Merda, e agora?

Mas onde será que ele se meteu? Começo a pensar desesperadamente e sim, preocupado como é claro.

-Jimin, você dá um jeito de controlar a maquilhagem, você sabe maquilhar o mínimo, então por hoje fica você, eu vou ver o que está acontecendo.

-Ta bom Tae, não se preocupa, me dá notícias.

Na casa de Jin

Eles tinham razão, eu sou um homem mal feito, um embrião mal gerado, sou um daqueles bebés problemáticos. Mas porque ninguém soube faz uma cirurgia em mim? Porque me chamam de maricas?

-PORQUE VOCÊS ME JOGARAM A CABEÇA CONTRA A PAREDE E DISSERAM PRA ME FAZER HOMEM? PORQUÊ?

Minha cabeça estava latejando, eu não conseguia entender mais nada. Consegui apenas me levantar e ir na direção da cozinha. Estava com muita sede. Peguei uma garrada de Whiskey e bebi, bebi até matar a sede. Me senti aliviado, a garrafa parecia estar a meio, isto porque to vendo uma faca reluzir através dela.

Flashback On

Estava em aula de educação física, confesso que me coloca tanta confusão ter de trocar de roupa. Entrámos e eu comecei a me trocar, estava recebendo alguns olhares, pareciam de reprovação. Eu tirei a camiseta e troquei por uma blusa com um certo decote. Estava ouvindo risos. Finalmente peguei um short pequeno e vesti. Escuto sussurros entre eles.

"Não será que a bicha se enganou no lugar?"

Eu não estava acreditando naquilo que ouvi, peguei meus ténis e saí descalço mesmo. Estava escutando andares atrás, mas não tive coragem de olhar, acelerei mas de nada valeu. Senti me puxarem para um canto e me apertarem. Era o garoto que sussurrou aquilo.

-Então, você é homem mesmo? Como nós?

-S_sou, p_porque e_estás me m_machucando?

-Uiiii, estou te machucando bichinha? Deixa só eu confirmar e eu já saio.

-C_confirm...

Ele aperta a minha intimidade e baixa toda a minha parte da roupa de baixo.

-Afinal é real, você é só um homem mal feito.

Ele sai e eu caiu encolhido no chão. Eu nem sei onde eu estava, estava tudo escuro, e estava realmente tudo ficando mais escuro e difícil de enxergar. Estava água escorrendo em meus olhos.

-A_ajud...

Flashback Off

-A_ahhhh

Até que suspiro pesado de alívio. Minhas pernas já estavam manchadas com o sangue que escorreu do braço. Que alívio interno bom, eu estarei sobrevoando as nuvens? Ele fluído tem uma textura tão boa. Esfreguei aquele líquido que já nem sabia o que era, pela minha cara.
Que sede.
Peguei a garrafa mais próxima, ela estava meia, bebi sem parar. Escorreu até um pedaço pelo meu braço.

-Ah, filha da puta.

Sinto meu braço arder, suspiro pesado e largo a garrafa vazia.

-Que vontade de desenhar e escrever.

Peguei aquela coisa que fez um risco no meu braço e escrevo na minha coxa. Tem um toque estranho essa caneta.

"Good Girl"

Essas foram as últimas palavras que leio enquanto escuto meu telemóvel tocar, mas nada me fazia eu ir atender. Tudo me puxa pra ficar ali, imóvel, então desfaleço ali e durmo, num sono profundo e aparentemente confortável.

Na Boate

Tenho de ligar pro Jin, urgentemente.

-Caralho, telemóvel da merda!

Nada estava ajudando. Me enfiei num cantinho fora da boate e longe do barulho. O telemóvel tinha desligado, mas que merda.
Assim que consegui ligar ele, fui direto aos contatos e liguei pro Jin.

-Vá lá, Jin, atende, porra.

Nada, Jin não atendeu à primeira e muito menos à décima.

-DROGA! E AGORA? Humm, q_quê?

Deixei meu celular cair, só senti algo me apertar e colocar algo pra eu respirar, daí pra frente desfaleci.

-J_jin, u_uhl


EU SEI, DEMOREI UM MONTÃO DE TEMPO PRA POSTAR, ME DESCULPEM, MAS AGORA VOLTEI

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EU SEI, DEMOREI UM MONTÃO DE TEMPO PRA POSTAR, ME DESCULPEM, MAS AGORA VOLTEI. NÃO VOLTEI FÁCIL, MAS PELO MENOS PROVAVELMENTE ESSE CAPÍTULO VAI VOS DEIXAR ARRASADOS, TAL COMO DEIXOU A MIM. ENTÃO MUITO OBRIGADO A TODOS. BEIJÃO MONSTRÃO, ADORO VOCÊS, MUITÃO!

Aviso: A foto que está na capa não é da minha autoria, mas sim de Kann-Key, ela me emprestou para puder colocar como capa. Eu apenas editei, nada demais. Obrigado a ela.

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2017 ⏰

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