Capítulo 3. I was crying

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No início de outubro, um novo aviso havia sido pendurado no quadro da sala comunal da Grifinória, provocando um pequeno tumulto de alunos no local.

— Que bagunça é essa? — Lily perguntou se espremendo entre os alunos para ler qual era o aviso da vez.

— Foram anunciados a data para os testes de quadribol. — Marlene que estava sentada em uma das mesas perto da bagunça informou a amiga. — Você deveria se inscrever, Lily.

Quando a garota finalmente se livrou dos companheiros de Casa, ela fitou a amiga como se ela tivesse acabado de dizer algo extremamente louco.

— Eu nem sequer sei jogar, Marlene. — a garota se sentou ao lado da amiga.

— Ah, corta essa! — Marlene riu e encarou a amiga com expectativa. — Você sabe jogar quadribol melhor que muita gente aqui.

A ruiva riu negando com a cabeça.

Era verdade que ela sabia jogar sim o esporte mais popular no mundo bruxo, mas ela não se achava tão extraordinária quanto a amiga insistia em dizer que ela era. Nas férias de verão, Lily sempre passava alguns dias na casa de Marlene e até arriscava a jogar quadribol com os irmãos dela, ela não era ruim mas também não se achava tão boa a ponto de querer participar do time da escola.

— Já tenho muita coisa a fazer, não tenho tempo pra praticar quadribol. — argumentou a ruiva impaciente.

Ela não iria se inscrever, gostava de voar e jogar, mas não era apaixonada por isso.

— Você diz isso desde o primeiro ano! — a amiga revirou os olhos. — Por favor, faça os testes para o time este ano. — a loira juntou as mãos e olhava suplicante para a amiga.

— É isto mesmo que eu ouvi? — o olhar de Lily deixou a amiga e pousou em três figuras paradas de frente para elas. — Lily Evans sabe jogar quadribol? — o tom de James era de puro sarcasmo, como se não acreditasse que a garota tivesse tal habilidade.

— Claro que ela sabe! — Marlena sorria abertamente para os garotos.

— Não sei não! — protestou a ruiva olhando feio para a amiga.

— Duvido mesmo que saiba. — disse James imaginando Lily montada em uma vassoura. — Quadribol é demais pra você, Evans.

Um olhar gélido que seria capaz de congelar toda aquela sala foi lançado em direção a Potter, que sorriu ainda mais sabendo que estava se aproximando de um perigo que tanto conhecia e gostava.

— Para a sua informação, Potter, eu até sei jogar um pouco.

— Ah, é? — o garoto riu. — Por acaso a senhorita perfeitinha sabe diferenciar as balizas das bolas?

Remus e Marlene seguraram o riso, mas Sirius continuou com uma expressão séria que não combinava nada com ele.

Lily se sentiu insultada. Quem em sã consciência não conseguia diferenciar aquilo?

— Oras, é claro que eu sei! — respondeu a ruiva de punhos cerrados e olhar mortal para Potter que não se atingiu facilmente.

— Pois eu duvido. — disse Potter pausadamente.

Remus e Marlene se mexeram desconfortável, eles já sabiam aonde aquilo ia dar.

A garota odiava que duvidassem dela, isso a deixava com muita raiva e determinação para provar que era capaz de fazer o que quer que fosse, mas quando James Potter duvidava de Lily Evans, o sentimento era mil vezes pior para a ruiva.

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