Capítulo dois - Confesso que adorei...

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Me endireitei na poltrona e sentei ereta na ponta, me sentindo nervosa. Ai, meu Deus! Ele estava ali na minha frente, e estava me chamando de “nega”.
        -Tudobem. –foi só o queeudisse com um sorrisoidiota no rosto.
        Eleatravessou o camarim e deixou a toalha em cimada mesa, passando a mão pelocabelo e olhando em volta, comosetivesseprocurandoalgumacoisa.      

        -O que ce achou do show? –ele estava tentando puxar assunto? Porque EU não estava puxando assunto?!

        -Foi ótimo. Como todos os outros 57 que já fui. –eu ri e me senti estranha por ter deixado aquele “pequeno” detalhe ter saído. Ele não precisa saber que você é uma fanática louca, Anna. Colabore.

        -50 e quanto?! –ele perguntou assustado.

        Senti meu rosto ficar vermelho e quis cavar um buraco para que eu me enterrasse.

        -57. –disse em voz baixa, com um sorriso tímido nos lábios.

        -Nossa, vei. Sério mesmo? –ele riu e me olhou boquiaberto, como se realmente não tivesse acreditando.

        -Sério. –eu ri e passei a mão pelo rosto na esperança de fazer o sangue correr melhor e ele deixar de estar vermelho.

        -Ás vezes eu viajo para São Paulo, Minas ou Paraná. Mais para São Paulo. Aí aproveito e vou nos shows.

        -Ce já teve no camarim, não teve? –ele perguntou colocando algumas coisas dentro de uma bolsa que parecia ser dele.

-Ahaan. –ri e o admirei com um ar de adoração. Ele era tão perfeito!

-É, você me é familiar. Muito, sabe. Sinto que já te vi mais de 57 vezes. –ele riu e olhou em volta de novo, pegando um telefone que estava dentro de uma gaveta e colocando no bolso.

        Ri pela piada que ele fizera e bati os dedos nervosamente na minha bolsa, me balançando para frente para trás.

        -Então, escuta só; como hoje é domingo e nosso próximo compromisso é quarta-feira, a banda gosta de sair pra comer alguma coisa. Ainda mais que estamos hospedados aqui no Rio e só vamos embora amanhã pela parte da tarde. Cê tá afim de ir com a gente? –ele perguntou, parando na minha frente.

        -Sério mesmo? –perguntei boquiaberta.       

        -É. Se tiver tudo bem pra você... Podemos te levar em casa depois. Onde cê mora?

        -Na Lagoa. –disse. –Mas acho que não precisam se preocupar com hora. Meu pai acha que eu vou dormir na casa da minha amiga.

        -Mas não vai dar problema pra você, caso chegue tarde?

        -Não. Como eu disse, meu pai acha que já estou na casa dela. –ri e senti meu coração palpitar mais forte.

        Aquilo tudo estava acontecendo, gente? Ou eu estava sonhando e iria acordar?

        -Então tá tudo bem. Só vai demorar um pouquinho porque a banda vai guardar as coisas e tudo o mais. O restante é com a equipe, mas vamos mesmo precisar esperar a banda.

        -Sem problemas. –ri e tentei ficar mais a vontade na poltrona.       

        Ele caminhou até a porta e a abriu, e pude ver Well de prontidão.   

        -Rapaz, o povo já tá acabando? –ele perguntou.

        -Acho que sim. A Marla e a Karielle já passaram aqui, arrumadas.

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⏰ Última atualização: Mar 23, 2014 ⏰

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