Me endireitei na poltrona e sentei ereta na ponta, me sentindo nervosa. Ai, meu Deus! Ele estava ali na minha frente, e estava me chamando de “nega”.
-Tudobem. –foi só o queeudisse com um sorrisoidiota no rosto.
Eleatravessou o camarim e deixou a toalha em cimada mesa, passando a mão pelocabelo e olhando em volta, comosetivesseprocurandoalgumacoisa.-O que ce achou do show? –ele estava tentando puxar assunto? Porque EU não estava puxando assunto?!
-Foi ótimo. Como todos os outros 57 que já fui. –eu ri e me senti estranha por ter deixado aquele “pequeno” detalhe ter saído. Ele não precisa saber que você é uma fanática louca, Anna. Colabore.
-50 e quanto?! –ele perguntou assustado.
Senti meu rosto ficar vermelho e quis cavar um buraco para que eu me enterrasse.
-57. –disse em voz baixa, com um sorriso tímido nos lábios.
-Nossa, vei. Sério mesmo? –ele riu e me olhou boquiaberto, como se realmente não tivesse acreditando.
-Sério. –eu ri e passei a mão pelo rosto na esperança de fazer o sangue correr melhor e ele deixar de estar vermelho.
-Ás vezes eu viajo para São Paulo, Minas ou Paraná. Mais para São Paulo. Aí aproveito e vou nos shows.
-Ce já teve no camarim, não teve? –ele perguntou colocando algumas coisas dentro de uma bolsa que parecia ser dele.
-Ahaan. –ri e o admirei com um ar de adoração. Ele era tão perfeito!
-É, você me é familiar. Muito, sabe. Sinto que já te vi mais de 57 vezes. –ele riu e olhou em volta de novo, pegando um telefone que estava dentro de uma gaveta e colocando no bolso.
Ri pela piada que ele fizera e bati os dedos nervosamente na minha bolsa, me balançando para frente para trás.
-Então, escuta só; como hoje é domingo e nosso próximo compromisso é quarta-feira, a banda gosta de sair pra comer alguma coisa. Ainda mais que estamos hospedados aqui no Rio e só vamos embora amanhã pela parte da tarde. Cê tá afim de ir com a gente? –ele perguntou, parando na minha frente.
-Sério mesmo? –perguntei boquiaberta.
-É. Se tiver tudo bem pra você... Podemos te levar em casa depois. Onde cê mora?
-Na Lagoa. –disse. –Mas acho que não precisam se preocupar com hora. Meu pai acha que eu vou dormir na casa da minha amiga.
-Mas não vai dar problema pra você, caso chegue tarde?
-Não. Como eu disse, meu pai acha que já estou na casa dela. –ri e senti meu coração palpitar mais forte.
Aquilo tudo estava acontecendo, gente? Ou eu estava sonhando e iria acordar?
-Então tá tudo bem. Só vai demorar um pouquinho porque a banda vai guardar as coisas e tudo o mais. O restante é com a equipe, mas vamos mesmo precisar esperar a banda.
-Sem problemas. –ri e tentei ficar mais a vontade na poltrona.
Ele caminhou até a porta e a abriu, e pude ver Well de prontidão.
-Rapaz, o povo já tá acabando? –ele perguntou.
-Acho que sim. A Marla e a Karielle já passaram aqui, arrumadas.
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Amar Não é Pecado
FanfictionAnna Clara com seus 19 anos, conheceu o Luan Santana de um jeito diferente, e depois de 6 anos o vendo como seu ídolo, passa a vê-lo como o seu maior amante, quando depois de um show em que ela fora a Donzela, seu segurança a chama e diz uma frase q...