Capítulo Um - Quem Diria?

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Capítulo um - Quem diria?

 

       Era sexta-feira e o despertador tocou bem cedo. Eu o tinha programado na noite anterior pra tocar às 08:20, e me senti completamente cansada quando tentei abrir meus olhos e senti minhas pálpebras pesadas. Rolei mais umas duas vezes na cama antes de enfim me lembrar que dia era aquele.
        10 de Novembro de 2013.
        Era o show do Luan.
       Dei um pulo da cama e senti minha cabeça doer, mas não me importei de jeito nenhum. Eu estivera contando os dias para que o dia 15 chegasse, e lá estava ele. Não era mais uma novidade um show do Luan Santana, já que eu ia em praticamente todos. Dentro ou fora do Rio. Eu tinha uma condição demasiadamente boa, levando em conta que meu pai era dono de uma rede de lojas e minha mãe, uma mulher elegante, formada em Moda que trabalhava mais tempo viajando do que dentro de casa conosco. Mas isso não vem ao caso agora.
         Levantei da cama, tomei banho, café, arrumei minhas coisas e esperei que desse uma hora qualquer. Meu pai tinha deixado dinheiro para mim antes de sair para trabalhar, e eu já tinha combinado com ele que dormiria na casa da Leeh. Com 19 anos e estudante de biologia, não tinha muita restrição ao termo “sair sem ter hora para voltar”. Tudo bem que liberalidade é uma coisa, mas dar satisfação é outra. Meus pais poderiam não ligar no fato de eu sair no final de semana ou atravessar um estado quando tivesse de férias da faculdade, mas pediam satisfação de tudo que acontecesse comigo ou o que eu iria fazer. A palavra “Luan Santana” explicava muita coisa para eles quando eu dizia que iria para algum lugar.
        O show iria começar ás 19:00, e como eu sabia que Luan não estava mais se atrasando, e que –como sempre- iria ficar na grade, desci no elevador e peguei o taxi em frente ao meu condomínio da Lagoa, e em menos de 20 minutinhos eu já estava lá.
        Paguei o taxista e entrei pelo acesso do shopping Via Parque, caminhando sem pressa em direção ao local. A fila já estava grande para ás 10:00 da manhã, mas não me abalei. Fui caminhando pela beira da fila até avistar Leeh que acenava para mim. Letícia tinha 18 anos e era minha amiga desde que nos conhecemos na escola, e foi quase na mesma época em que conhecemos o Luan. Era fato que estávamos juntas em todas as aventuras, e a mãe dela até mesmo permitiu que ela viajasse duas vezes comigo para São Paulo, para que pudéssemos ir a um show dele.
        -Oi, Anna! –ela disse pulando no meu pescoço.
        -Você avisou para elas que estava guardando lugar pra mim? –perguntei depois que me afastei do seu abraço e apontei para as meninas que estavam atrás de mim, me olhando de cara feia.
        -Avisei sim. Não avisei meninas?
        -Avisou. –elas disseram e aos poucos a cara feio foi se desfazendo.
        -Está aqui a muito tempo? –perguntei olhando em volta e percebendo que estávamos super perto da entrada.
        -Não. Nem precisei acordar tão cedo.
        Letícia morava quase do lado do Citibank Hall, e chegava ser ridículo. Ela era uma menina baixa e magra, mas com um corpo lindo para sua idade. E uma coisa que eu amava na Leeh? Ela era ruiva. Ruiva! Ruiva e sardenta, como se a mãe dela tivesse a esquecido na chuva e ela tivesse enferrujado.
        Ela estava vestindo uma calça jeans apertada e uma blusa de um ombro caído que ficara perfeito no seu corpo. Eu já não gostava tanto assim de ir para shows com calça. Era mais de ir com short, e quando iria ficar uma ala VIP onde o tumulto seria menor, uma saia confortável. E era dessa forma que eu estava; short jeans, uma blusa super colada verde musgo por dentro do short e um casaco de tecido fino que dava um caimento super legal. Na bolsa eu trazia meu celular, carteira, minha nécessaire que tinha minha maquiagem, perfume e esses tipos de coisa, e o ingresso. Simples e prático.
        Eu não gostava de me fantasiar para os show do Luan. Na verdade, para nenhum show. E quando falo de me fantasiar, falo de pintar o rosto, pôr faixa na cabeça, colocar blusa personalizada e levantar cartazes. Eu sabia que isso chamava uma atenção negativa, e não era isso que eu queria. Se o Luan me visse –como ele sempre via e dava um tchauzinho, até porque, depois de 6 anos e mais de 50 shows- eu gostaria de estar de cabelo escovado, maquiagem intacta e um sorriso simpático no rosto. Até porque, se ele ou os seguranças fosse escolher uma Donzela, não escolheria uma menina toda pintada, com a cara inchada e maquiagem derretida para subir no palco e o Luan correr o risco de ser assediado até o rosto.
        Olhei em volta e percebi que estava com sorte. Só a quantidade de meninas estranhas e com blusas de fã clube e caras pintadas me deixou com um ar esperançoso.
        Confesso que o dia passou se arrastando, mas se eu não tivesse com o meu celular ou com a Leeh comigo, teria demorada 4 vezes mais. Eu acompanhava o Luan e sua equipe pelas redes sociais, e já tinha a notícia que ele estava a caminho.
        Os portões se abriram às 17:50, e eu corri na medida que pude. Dançava desde meus 5 anos de idade, e ter um bom biótipo não era um problema. Leeh também, por ser magrinha, tinha uma velocidade impressionante, e antes mesmo que pudéssemos achar que o CitBank não iria acabar, chegamos enfim na arena, e garantimos nosso lugar bem na frente...
        18:40 eu comecei a me ajeitar. Arrumei o cabelo, retoquei a maquiagem e o perfume francês que ia comigo para onde eu ia. Me olhei no espelho e vi uma menina que até mesmo eu adoraria pegar.
        -Nossa, caprichou, hein. –Leed disse me olhando de cima a baixo. –Estou com inveja.
        -Não fique. –ri e lhe mandei um beijo, guardando as coisas na minha bolsa de novo.
        Quando o show começou, senti todos os cabelos do meu braço se arrepiar. Os trovões, as luzes, os gritos, a voz dele no fundo... Tentei não gritar, tentei não ficar histérica, mas era quase impossível. Um ‘uhul’ aqui, um gritinho ali, mas nada comparado aos outros shows. E quando ele apareceu no palco, senti todos os músculos do meu corpo se contraírem e meu coração entrar em colapso. Ele estava tão lindo... Ele era tão lindo!
        As músicas foram se passando e eu fui entrando em choque por não estar colocando toda aquela adrenalina para fora. Eu respirava fundo, segurava as lágrimas, arrumava o cabelo de novo, não lambia muito os lábios para o batom não sair.
         Teve um momento da música “Voar outra vez” que ele parou exatamente na nossa frente e olhou para a plateia. Começando lá de trás, vindo para frente lentamente, quando, enfim, seus olhos pararam em mim. Por uns 2 ou 3 segundos, mas o suficiente para que ele virasse -com aquele sorriso que ele sempre carregava no rosto- e fosse para o outro canto do palco.
        Não passou nem mesmo duas músicas quando a “Donzela” começou, e eu pensei que iria desmaiar. Respirei fundo, sorri e arrumei o cabelo. Fiquei cantando sem gritar, quase mexendo somente os lábios, de um jeito descontraído e normal, e tive que me segurar com mais força nas grades quando vi os seguranças vindo dos dois lados, e então vi também o Well. Sorri e olhei para o palco, e o vi andar pela beira, olhando para as meninas que berravam e esticavam freneticamente o braço na direção dele.
        E o meu sorriso se desfez por um segundo quando ele parou na minha frente. Olhou pra mim. Sorriu e apontou em minha direção.
        Era brincadeira?
        Eu olhei em volta e vi tudo ficar em câmera lenta. Os gritos pareceram entrar dentro de um túnel, e eu não ouvia mais nada. A música tinha ficado mais lenta, e vi ele se afastar para o centro do palco calmamente enquanto ainda cantava.  
        A felicidade, ansiedade e adrenalina não aguentaram no sorriso que estava estampado no meu rosto. Senti a mão firme do Well me puxar para a brecha que os outros seguranças tinham aberto na grade, e mais outros impediram as meninas que tentaram entrar.
        Confesso que não estava sentindo minhas pernas e que minhas mãos tremiam. Avistei a pequena escada até o palco que estava cercado por seguranças, e olhando levantei meus olhos, pude ver o Luan no topo, estendendo a mão pra mim.
        -Vem cá, minha Donzela. Vem dançar comigo. –ele disse com aquele sorriso perfeito nos lábios, e pegou minha mão, me trazendo para mais perto de si.
        Sua mão era do jeito que eu conseguia me lembrar. Macia e fofa. Seu cheiro continuava o mesmo, e não me importei de modo nenhum quando ele me puxou para aquele abraço caloroso e confortante, mesmo com a sua blusa toda molhada de suor. O apertei forte contra meus braços e contive as lágrimas que subiram aos meus olhos.
        Eu já tinha o conhecido no camarim duas vezes, uma por promoção, e outra em que o “ingresso” estava a venda e fui a primeira a comprar. Eu sabia que ele se lembrava de mim, porque ele sempre lembrava. Ainda mais depois de dois camarins e quase todo o show eu estar ali na grade. Ele “sabia” quem eu era, e pra ele ter me chamado pra ser a Donzela...
        Luan me levou pela mão até o sofá que tinham colocado no palco e gesticulou para que eu sentasse. Fiz isso e respirei fundo, sorrindo para ele, o qual me retribuiu uma piscadela que fez meu coração dar um tranco.
        Ele se sentou ao meu lado, acariciou meu rosto, passou a mão pelo meu cabelo, olhou nos meus olhos de um jeito que só ele conseguia e sabia fazer, e pensei que iria morrer ali mesmo. Em seguida, ele se afastou um pouco e deu dois tapas na perna, para que eu deitasse. Confortável com o short que eu estava, me deitei e olhei para cima, tendo uma visão perfeita do seu rosto acima do meu. Aquele rosto perfeito, com a pele lisa como a de um bebê. Aqueles lábios finos e as sobrancelhas fartas fazendo total sintonia com seus olhos negros como a noite... Eu estava no céu.
        Ele cantou pra mim, segurou minha mão, olhou pra plateia, sorriu, olhou pra mim de novo e gentilmente gesticulou para que eu me levantasse, e me puxou para o centro do palco. Eu sabia o que viria a seguir, então deixei meu lado atrevida e dançarina falar por mim. Quando percebi que ele iria me puxar para encaixar nossas pernas para dançarmos, fiz antes. O grito das meninas aumentaram e senti a adrenalina correr mais rápido pelo meu corpo.
        Luan levou sua mão que estava disponível para a minha cintura e me prendeu ali perto dele. Aproveitando essa deixa, ergui minhas mãos acima de cabeça de um modo sensual e rebolei minha cintura junto com a sua no ritmo da música, sem tirar os olhos dos seus, o qual –uma vez ou outra- descia para meu pescoço e até um pouco mais abaixo- e subia novamente.
        -Já vi mulher bonita, mas você apela, hein! –ele disse no final da música e aplaudiu, me dando um abraço forte.
Luan me acompanhou até a beira do palco onde os seguranças estavam me esperando e se abaixou para falar alguma coisa com o Well –se não em engano –e voltou para contar mais umas 8 músicas.
        As meninas a minha volta me olhavam estranho, com um tanto de inveja nos olhos, e eu não as culpava por isso. Parecia que eu ainda estava sonhando e que não iria acordar nem tão cedo. Sério que eu tinha dançado daquele jeito com o Luan? Meu Luan Rafael?!
        -aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!! –Letícia gritou do meu lado, me sacodindo loucamente. –Como assim?!
       -Se controla! –disse rindo demais, tentando fazer com que aquilo se aplicasse a mim também.
        -Você fez um show no palco, cara! Como assim?!
        -Sério? –ri e tentei a ouvir acima do barulho.
       -É! Super sério! Cê deixou ele com a cara no chão! Arrasou demais!
        Senti meu rosto ficar vermelho e mordi meu lábio, tentando me controlar. O que tinha acontecido??!!
        Quando começou a batida da música “Nega”, percebi que o show estava terminando. Minha garganta já estava arranhando e meus pés já estavam me matando, mas mesmo assim, eu poderia virar a noite inteira com ele contando pra mim.
        Estava distraída o acompanhando com o olhar sobre o palco, quando vi uma muro se formar na minha frente. Ergui os olhos e vi Well. Ele se aproximou como se fosse falar alguma coisa que outras pessoas não poderiam ouvir, e cheguei mais perto também para que pudesse ouvir melhor.
        -Luan gostou de você. –ele disse. –Se puder ficar depois do show...
        Me afastei e o olhei com o cenho enrugado.
        O Luan gostou de mim?
        Se eu pudesse ficar do show?
        O que isso tinha significado?
        -Como assim? –perguntei, chegando mais perto dele.
       -Só responde se você quer e se vai dar pra você ficar depois do show. Não vai poder trazer ninguém com você. –ele disse de modo seco.
        Well sendo o Well.
        -Tá, mas...
        Ele me olhou um impaciente e cruzou os braços, como se dissesse “não tenho a noite toda pra você se decidir”.
        -Tudo bem. –disse então de prontidão.
        -Quando o show acabar fique aqui. Alguém vai vir de buscar. –foi só o que ele disse antes de olhar em volta pra se certificar que não tinha ninguém olhando, e se virou para ir embora.
        -O que o Well queria? –Leeh perguntou, curiosa.
        -Nada. Só perguntou meu nome pra pôr na legenda das fotos que foram tiradas. –menti.
        -Hum. –ela olhou desconfiada e deu de ombros pra mim.
        Então veio os agradecimentos, a apresentação de toda a banda, o show acabou com Luan sumindo na tão misteriosa fumaça, que eu ainda tentava descobrir como eles faziam.
        -Vamos? Vai tentar ver ele na saída? –ela disse pegando sua bolsa que tinha deixado do outro lado da grade.
        -Não. Já o vi bastante por hoje. –dei um sorriso sem graça e passei a mão pelo cabelo, tentando saber o que fazer. –Ah, eu esqueci de te falar que não vou poder dormir na sua casa hoje.
        -Han? Como assim? –ela ficou boquiaberta, e me fuzilou com os olhos. –Por que não vai poder ir pra minha casa?!
        -Porque minha mãe vai chegar de viagem amanhã pela manhã e preciso estar em casa pra recebe-la.
        -É só acordar cedo e ir!
        A olhei com desdém, e me perguntei se ela iria insistir.
        -Acha mesmo que depois de um show desses eu vou acordar cedo amanhã?
        -Tá bom, Anna. –foi só o que ela disse antes de se virar e sair pisando duro.
        Ela tinha ficado chateada, claro. Mas eu teria outra oportunidade pra me acertar com ela.
        Me virei e vi as pessoas saindo lentamente pelas laterais da arena, e me perguntei por quanto tempo eu teria que ficar ali em pé, pensando no que que estava acontecendo e o que a frase “O Luan gostou de você” teria significado.
        Já tinham se passado quase uns 20 minutos e eu já estava ficando impaciente. A arena estava quase que completamente vazia e as coisas do palco já estavam sendo desligadas, quando, ao olhar para os corredores onde os seguranças ficavam, vi um homem alto, branco, cabelo com corte militar e óculos escuros e aproximar de mim.
        Ele não disse nada. Apenas abriu a grade e disse: por aqui, por favor. Passei com o cenho enrugado e o segui até chegar numa área que obviamente não tinha o acesso livre. O lugar era um pouco apertado, mas tinha bastante pessoas de roupa social, pranchetas, tablets e telefones na mão. Produção? Talvez.
        Me virei junto com o segurança num corredor mais afastado e me esbarrei com Well que estava na nossa frente.
        -Obrigado. –foi só o que ele disse pro segurança que se afastou com um aceno de cabeça. –Por aqui. –agora ele disse pra mim, gesticulando para que eu passasse.
        Quando chegamos no final do corredor, olhei para o lado direito e vi o Luan cercado por câmeras e repórteres e fotógrafos. Parecia dar uma breve entrevista, e não olhou em nossa direção por mais que eu tenha percebido que ele tinha nos visto.
        -Vamos. –Well agora parecia um pouco com pressa e com um tanto de temor da possibilidade de que alguém da imprensa nos visse.
        Seguimos por mais uns 2 corredores, e quando ele enfim parou, tirou uma chave que tinha no bolso e destrancou uma porta grande e branca, a abrindo para mim.
        Era brincadeira, não era?
        Olhei para o quarto que estava a minha frente, e depois, para Well. Fiz isso umas 3 vezes.
        Era o camarim dele…
        -É sério isso? –perguntei boquiaberta.
        -Sim, senhorita. Entre e aguarde ele aí dentro. Não mexa em nada, por favor. Estarei aqui do lado de fora.
        Ele me empurrou gentilmente para dentro do camarim e fechou a porta, e eu me senti no paraíso. Ali tinha uma arara com roupas, uma mesa enorme com um espelho maior ainda sobre ela, coisas pessoais dele como violão, malas, perfumes e essas coisas. Tinha algumas poltronas confortáveis somente ao olhar e... E eu estava no camarim do Luan Santana! Dentro do camarim dele! Sozinha!
        Me sentei em uma das poltronas e me belisquei umas duas vezes. Respirei fundo de novo e peguei meu celular, vendo a hora. Iria dar 21:30. O show tinha acabado por volta das 20:20... A hora estava passando rápido e eu não estava nem mesmo sentindo.
        Fiquei mais uns 20 minutos ali no camarim sem ouvir quase nada, apenas os passos das pessoas do lado de fora, no corredor. Pensei em levantar e perguntar para o Well se ele iria demorar e saber o que ele queria comigo, mas não tive coragem. Fiquei me balançando na poltrona de um lado para o outro, tentando me acalmar, mas eu não conseguia parar de sacodir minha perna.
        Ouvi vozes no corredor. Um cumprimento, um aperto de mãos forte e, mesmo com a porta fechada pude ouvir “Sim, tá aqui”, e em seguida o barulho da porta se abrindo. 
        Luan passou pela porta com uma toalha em mãos, secando o suor do rosto e passando a mão pelo cabelo.
        -Desculpa a demora, nega. Eles sempre me pegam depois do show... – então passou e fechou a porta atrás de si. 

Segundo Capítulo dia 23/03.

"A água escorria por nossos corpos colados e levava embora tudo o que um dia foi indecisão. Suas mãos eram incansáveis e seu pau duro me deixava mais excitada do que seus lábios sobre o meu pescoço molhado. Afastei meu cabelo do ombro e deixei que ele me tomasse de beijos. Minhas unhas estavam cravas em seus braços fortes, e a única coisa que eu conseguia fazer era gemer baixinho no seu ouvido.
        -Morena, que delícia que você é... –ele disse no pé do meu ouvido, afastando o rosto lentamente do meu pescoço e encostou sua testa na minha, olhando nos meus olhos. –Cê quer? –disse com um beijo doce e lento. –Cê topa?
        Ri e senti meu coração dar umas três porradas antes de voltar a bater.
        -Eu topo tudo com você...
        Não precisou de nem mais dois segundos antes que ele me pegasse no colo e passasse minhas pernas por sua cintura (...) e quando senti seu pau entrar em mim, pensei que iria desmanchar. Quebrar, rasgar no meio."

        

Amar Não é PecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora