《2》RANDY

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Após  algum tempo, a chuva torrencial havia se tornado em uma enorme tempestade. Não podia deixar ela ir embora nesse tempo. Volto para sala com duas canecas de chocolate quente, entrego uma para ela que retira o capuz de sua cabeça e posso ver a linda garota por debaixo daquele pano preto, seus cabelos cacheados cairam sobre seu rosto revelando mais de sua beleza, fiquei impressionado com ela. Ela sorri em agradecimento e bebe gole do chocolate.

- Está bom! - diz ela.

- Obrigado. - digo. - Qual seu nome?

- María.

- Hum.

- E o seu?

- Randall, mas pode me chamar de Randy.

- Prazer, sr. Randall.

- Quem era aquele cara?

- Apenas um amigo meu, ele queria dinheiro...

- Percebi. Trabalha em que?

- Faço bicos por aí...

- Uhum. Bem, tem o quarto de hóspedes e você não pode sair numa tempestade dessa, então você dorme aqui e amanhã resolve sua vida.

- Obrigada pelo que fez por mim..

- Não há de que.

Me levanto e levo minha xícara intocada para a pia e depois volto para recolher a dela. Eu quis perguntar exatamente o quê daquilo ter acontecido, ele parecia estar com muita raiva dela. Mas não é da minha conta, eu só estou ajudando-a. Não tinha como deixá-la sair assim, ela ainda parece abalada e parecia amendrotada e preocupada, mas suspirou e a conduzi até o quarto de hóspedes.

O meu ficava no primeiro quarto do corredor, entro e me jogo na cama. Pego no sono rapidamente.

♢♢♢♢

Pela manhã ouço uns resmungos zangados vindo do andar de baixo e panelas caindo.

Mas que porra está acontecendo?, pensei.

Me levanto e coloco meu roupão grosso e desço para o andar. Vejo Sandy falar furiosamente com a garota que deixei dormir aqui. Olhei pela janela e havia parado de chover, mas o céu estava cinzento e garoando.

Me aproximei delas e Sandy se sentiu desconfortável com a situação.

- O que está acontecendo aqui? - perguntei e olhei para as duas, que estavam um pouco nervosas.

- Sr. Orton, bom dia. Como deseja seu café da manhã? - pergunta Sandy, para transpor a tensão.

- O que está acontecendo aqui, Sandy? - perguntei novamente.

Ela suspirou pesadamente e me olhou.

-Esta é María Cortez, é a menina que ficaria no meu lugar e...

Olhei para garota de cabeça baixa, pensando bem, foi muita coincidência ela ter sido quase assaltada ou seja lá o que fosse aquilo perto da minha casa, franzi as sobrancelhas e comecei a estuda-la.

- O que fazia em frente à minha casa ontem? - perguntei a María.

- Eu...eu só estava a procura de Sandy, quando meu ex namorado me encontrou. Na verdade ele estava me perseguindo.

- Então você conhecia o rapaz. Por que mentiu?

- Eu, não menti. Disse que era amigo e não namorado e ele queria dinheiro. Mas desde que fui demitida que não dei mais a mesada dele, ele me persegue.

A garota me olhou um pouco amendrotada e assenti. Ainda desconfiado.

- Está certo. - disse e olhei para Sandy. - Prepare o mesmo de sempre, vou tomar um banho. E prepare bem esta jovem...

Olhei-a de cima a baixo e dei meia-volta. Eu sentia que ambas escondiam algo de mim. Mas não vou ficar pressionando ninguém pra me falar. Enquanto não me afetasse estava tudo bem. Por enquanto era só relaxar minha mini férias. Shane iria sentir a minha falta, ia sentir tanto que ia implorar para eu voltar. Mas eu não iria ceder. Como já disse, quando a empresa era comandada por Stephanie e por Triple H, tudo era mais fácil e eles administravam bem, mas agora Shane está impondo suas condições.

Entrei no banheiro e liguei o chuveiro e deixei a água morna bater sobre meus ombros. Fechei os olhos e respirei fundo e joguei a cabeça para trás. Senti falta dos meus velhos tempos.

Quando terminei meu banho blindado, voltei para cozinha e meu prato estava armado em cima da mesa da copa. María preparava os talheres desorganizada e Sandy falava com ela baixinho e deixando o copo de suco de acerola, ao lado do prato. Ela sorriu e puxou a cadeira para mim.

- Obrigado, Sandy.

- Nada, sr. Orton.

- Já disse que pode me chamar de Randy.

- Desculpa, força do hábito.

- Perca de imediato esse hábito.

- Sim, sr...Randy.

Seu sorriso enrugado me fazia bem, quando precisei ela foi minha conselheira todo esse tempo. Não haveria outra igual a ela.

- Sandy, por favor, sente-se a mesa comigo.

- Randy, não é apropriado...

- Eu insisto.

Ela se sentou e olhou brevemente para María que estava a postos.

- Srta.Cortez, prepare o prato de minha convidada.

- Como?

- Você ouviu. - digo, ríspido.

Ela assentiu com a testa franzida e voltou para a cozinha.

- Já fez a entrevista?

- Não, deseja que eu faça agora?

- Por favor...

- Tudo bem, Randy.

Ouvimos ela gritar e um estrondo ensurdecedor de uma tampa de panela caindo nos chamou atenção após algum tempo. Eu praticamente pulei da cadeira.
Sandy correu até a cozinha e começou a exasperar em sua língua nativa.

- ¿Qué estás haciendo, María? Por el amor de Dios, ¿qué pasó aquí? -gritou Sandy.
(o que está fazendo, Maria? Pelo amoe de deus, o que houve aqui?)

Eu fiquei tentando indentificar as palavras, mas não as entendia. Não sabia que Sandy falava espanhol.

- Yo estaba tratando de preparar un revuelto para usted, abuela. ¡Pero estropeé todo! - gritou a menina, apavorada.

Mas que diabos elas estavam falando? E por que estou dando tanta importância a uma coisa tão insignificante? Volto a apreciar meu café da manhã, antes de fazer minha corrida matinal. Sandy volta com María e peço que as duas se sentem.

- Bom, cadê o seu prato Sandy?

- Deixe para lá, Randy. - ela sorriu.

Olhei de soslaio para a garota triste e envergonhada.

- María, certo?

Ela assentiu e acenei para que ela se sentasse também e foi o que ela fez. Vi que ela cobria sua mão com um pano. Ela cruzou os braços para tirar aquilo da minha atenção.

- Vamos começar a entrevista. - anunciei.

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⏰ Última atualização: Jun 24, 2017 ⏰

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