poesias do entendimento de algo

Para alguém

Posso senti-lo à sua maneira
Se a cruz pesada não for e o possível vier se deleitar
Depende de você e de mim esse abraço longo

Pra ser inimaginável posso traduzir um beijo
Na minha consciência que espera tal momento a vida inteira
Que não se cansou de esperar
E pra que esperar mais se o que eu quero é me ver entregue

Tal é granjear um passado infortúnio
Se ver na mão de tantos
Quem foi feliz que seja
Para que a mão estrada fique completa

Completaria a falta de sorte te perder?
Completaria um pouco do Amor talvez
Em palavras remotas não há aprendizado

Aprendiz de um infortúnio é aquele que cruza o destino sem mostrar afeto para com ele
Não é tão feliz o infortúnio
É como a mão que caleja a alma
Que permanece mais uma vez na sombra

Pra ser alguém na vida basta Amor
O Amor constrói uma vez que você está pensando em fazer alguma coisa
E o pesar da imensidão destrói o construído
Para que sejas mais adepto de uma cultura

Não é você que sabe é o infinito quanto posso ser feliz
Depende de ti olhar e não ver
Se é isso que tu queres
É que sem isso jamais será novo o dia

É que com pesar se Olha o infortúnio
Pra que sejas tanto, para que não se separes
Da cruz amada, do Amor vindouro
Do que é destemido pois destemido é esperar e colher

Posso esperar o Amor se for de algum valor teu sentimento
Posso esperar é ético
Pra quem já pensou que estava amando a vida inteira
Até mesmo antes de conhecer alguém
E era você que eu queria antes de saber que existia o Amor
Valiosa a tua entrada e a tua saída, fazes meu coração surtir efeito

Meu coração devagar pestaneja em aceitar o crucifixo da derrota
Porque és sempre mais
Porque a morte da vítima não consola
Porque dizes o que a alma quer saber e consolar suas palavras é solidez de propósito
Meu Amor

Pra alcançar não precisas mais de mim em outro gesto cortês
Precisas do referido como sólido
Precisas do orgulho
Precisas de Deus no momento circunstancial de derrota

Pra ver o inferno ou o céu basta abrir as portas da alma
E ter em ascendência uma tola vã dignidade
Pois não posso querer mais do que é me dado
Tem amores que nunca se vão que ficam na alma, céu ou inferno?

Ver o céu ou o inferno qualquer pessoa pode ver mas ser dignidade só quem merece pode julgar
Quem sabe um dia
Terei paz de resignação
E encontrarei o destino como algo frágil, nas minhas mãos

Posso cobrir minha face com o almejado propósito
Posso subir a ladeira íngreme sem se atrelar ao que perdi
Pois Deus é santo
E não se importa se perdi seu coração