Se o amor tiver lugar

capítulo 3

                    Clara narrando
   
Pegamos a sua prancha e vamos para a barraca de coco. Compramos dois cocos e sentamos na areia.

- você não gosta muito de sol não né? - diz o Rafael sorrindo.

-na verdade eu amo, mas é meio difícil morando em uma cidade, onde quase não tem sol.

-então você não é daqui, sabia que você tinha algo diferente.

-diferente como? - pergunto curiosa.

-você não é como as garotas que conheço.

- e isso é bom?

- é ótimo, você não é aquele tipo de garota "fresca". - diz ele dando risada.

Rafael narrando

Ela dá uma gargalhada linda, e eu fico admirando ela, então ela para é olha para a minha prancha.

-você gosta muito daqui né?!

-gosto sim, estou aqui quase todo dia.

-sempre quis aprender a surfa. Se não for te encomoda você poderia me ensinar?. -Ela diz com os olhos brilhando.

-sério mesmo? Você não parece o tipo de garota que gosta dessas coisas.

-porque?

-sei lá... Você é muito meiga.

                  Clara narrando

Ele disse que eu não tenho cara de quem gosta de surfa porque eu sou meiga? Ah ele vai ver quem é a "meiguinaha" aqui.

vamos ver quem é meiga aqui. - digo jogando areia nele e correndo em direção ao mar.
                   
-você me paga. - diz o ele correndo  em minha direção.

Sinto as mãos de Rafael na minha cintura e caímos  na água. Rafael joga água em mim e começamos a jogar água  e eu tento me defender em vão.  Estou distraída naquela brincadeira e não vejo a onda se aproximando. Só escuto a voz de Rafael, mandado eu nadar, quando me viro a onda me pega de cheio, tento sair mas não consigo, começo ficar sem ar, de repente sinto alguém me puxando pra fora.      
    
-Clara... Clara...voce está bem?   - Rafael olha pra mim com preocupação.

-acho que sim. - digo com dificuldade.

-vou pegar uma água para você espera aqui. - elevai até a barraca mais próxima e volta com uma água

-bebi, você vai ficar bem. - ele falo muito preocupado.

-calma, estou bem, não se preocupe. - falo tocando no seu rosto.             

- Acho melhor eu ir pra casa.          

- fica mais um pouco, você não que aprender a surfa?

-quero sim. Mas deixa pra outro dia.

- um almoço então?  Você topa? -ele fala com um sorriso quase implorando por um sim.

-hoje não vai dar vou almoçar com a minha tia. -digo meio tristonha. Não sei o que é mas eu não consigo para de fixar meu olhar no dele

-te levo em casa então. -ele diz me dispersando dos meus pensamentos.

- não precisa se incomodar.

- não é nem um incomodo. - diz ele com um sorriso de lado.       

Pegamos a prancha e vamos em direção ao carro.

então você conhece muita gente aqui no Rio?