— Lucas, Lucas... — Troy chegou sozinho olhando para mim e Max, senti à irônia em seu olhar — Com namoradinha agora? Meia-noite quem diria em?
Senti minhas veias mostrarem vivas debaixo de minha pele, o sangue corria mais rápido, estava louco para dizer algumas coisas ao rídiculo do Troy. Max se posicionou na minha frente, com os punhos fechados.
— E se ele tiver qual é o problema? — enfrentou-o com sangue nos olhos, pareciam sair faísca, aqueles olhos azuis que me conduziam ao um êxtase melancolico. Me assustou ao ouvir "se ele tiver qual é o problema?" Senti um arrepio na espinha que subia até a nuca — Acho melhor dar o pé!
Gritou, assustando à mim e Troy que nos encarava com raiva, saía sem tirar os olhos de nós. A vontade de ir lá e socá-lo até estar debilitado em uma cama de hospital, mas o toque de sua mão acalmou meus nervos, como se fosse a água depois de passar dias no deserto.
— Está tudo bem, o idiota não irá voltar — ela deu um sorriso de canto, parecia confirmar sua teoria, ficamos nos olhando por um tempo parecia que ele não passava quando eu fitava-a via suas púpulas dilatarem. — Me conte mais sobre a sua amiga, a "estranha" — deu um daqueles risos que cativavam, queria ouvir toda hora, um música para meus ouvidos.
Coçei o começo da nuca e percebi os olhares que ela se dirigia à mim, aquilo foi a gota d' água. Tentei falar mas não consegui me concentrar pois seus olhos nunca paravam quietos.
— B-be-m — começei, andando com ela pelo pátio — Ela é diferente, um diferente bom e ruim, nos ajudou à encontrar nosso amigo, brigamos algumas vezes mais à Esquisita está fazendo falta principalmente para o Mike — vi seu semblante mudar, quando disse "diferente"
— Como assim diferente? — perguntou, senti seu jeito curioso, seus cabelos esvuaçaram pelo vento, os ruivos de tons quentes deixava-a mais charmosa.
— Não sei se posso ti dizer é complicado, você diria que é loucura me chamaria de louco, ao talvez se afastasse de mim —
— Não sei se posso ti dizer é complicado, você diria que é loucura me chamaria de louco, ao talvez se afastasse de mim — entreolhei um pouco envergonhado com tanta próximidade entre nós, parecia não incomodá-la, agia tão naturalmente isso á deixava mais exclusiva.— Lucas — começou mudando o tom de voz, ficando um pouco mais séria — Nunca ti chamarei de louco, eu prometo — não resisti aqueles olhos azuis tentadores que me faziam voltar atrás de minha decisião, era tudo tão rápido, foi tudo tão rápido, dei um sorriso leve.
— Ela tinha poderes, Max — encarei-a seriamente também — Tudo estava na mente, como um x-man, fazia coisas extraordinárias, fez um forgão do governo flutuar no ar, matou policiais apenas com um olhar cruel mas no fundo não passava de uma menina assustada que precisava de ajuda — Vi o rosto de Max pálido, não dizia uma palavra, aquilo me encomodou sentia uma ponta de remoço de não ter tido nada.
— Você está brincando? — seu rosto enrubreceu — Só pode, isso é esquisito, estranho e totalmente sensacional! Uma amiga com poderes!
Acendi um sorriso breve, ela entendeu, isso foi uma explosão se sentimentos dentro do meu ser, a profundidade que Max me atingia era como uma flecha na ponta coberta por fogo. Um fogo onde não conseguiria me queimar, apenas possuir-me de suas chamas.
— Ela sumiu não foi? — sussurou, meio encomodada, assenti observando o mar de seus olhos — Tadinho do seu amigo o Micheal, deve ter ficado arrasado...
— E se ficou, na primeira semana não conseguiu ir para escola, mentia para mãe dizendo "estou doente mãe não posso ir" assim se isolou um pouco dá gente, do Will, percebemos e damos um tempo à ele — suspirei ao lembrar da época, ela tocou em meu braço fazendo esquecer daqueles pesadelos que atormentavam minha mente.