Mentiroso!

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Kate tinha sua total certeza de que estava pensando, não havia dúvidas, apenas ela, David e os assassinos estavam no beco naquela noite. Ninguém mais a não ser ela e o amigo ouviram aquelas palavras.

-- Qual o problema? Está mais pálida que eu agora. – disse Ryan rindo em um tom sarcástico sobre a reação de Kate.

-- O que você faz aqui? – ela respondeu, com medo sob o que as suas palavras podiam interferir no que Ryan ia fazer.

-- O que todos vocês estão fazendo, estudar. Também quero ser alguém na vida.

-- E por que na minha aula?

-- Quero fazer turismo, e com isso Geografia é essencial. – a ironia em suas palavras acabava com Kate, sentia ódio em tudo que ele falava.

-- Tudo bem, mas não precisa falar comigo!

Com isso Kate pegou seu livro de química e saiu quase correndo de tão rápido que andava. Ryan foi atrás dela e depois a puxou para dentro da salinha do zelador.

Ele se aproximou dela o suficiente para que ela sentisse sua respiração.

-- Só queria te dar um pequeno recado Flor...

Kate estava morrendo de medo de Ryan e mesmo assim não tirava os olhos dos olhos dele, aqueles lindos olhos verdes e misteriosos, como se eles já tivessem visto de tudo na vida.

-- Se você contar para alguém o que ouve na aquele beco, juro pela minha alma, que acabarei um por um de todos que são importantes para você. E eu te garanto que será uma dor lenta e marcante.

Com a pouca coragem que ainda a restava e apavorada pelas palavras do garoto Kate disse:

-- Ok, mas só com uma pequena condição.

-- Que condição Flor? Você não está entendendo, ou é isso que eu te falei ou eu os mato! Não tem “condição”! – respondeu Ryan, incrédulo com o pedido de Kate.

-- Em primeiro lugar: não sou sua “Flor”. E em segundo: faça isso que você disse e irá preso.

Ryan deu uma risada alta e sarcástica fazendo com que o ódio de Kate só aumentasse.

-- Não entendo o motivo da risada? – perguntou ela.

-- Ah não entendeu? Então eu te explico: não tenho medo de polícia, eles não me conhecem e não me pegariam, nem se a vida na Terra dependesse disso.

-- Nossa... Como ele é confiante. – disse Kate sarcasticamente.

-- Obrigado. Agora que o aviso foi dado vou-me indo, não faz muito o meu estilo conversar com meninas apavoradas na salinha do zelador.

-- Como se eu tivesse te puxado pra cá.

Com isso os dois saíram da sala cada um para um lado, para uma sala diferente, até que Ryan virou se e disse:

-- Até mais Flor.

Isso fez subir uma coisa estranha na espinha de Kate e com que ela sentisse mais ódio de Ryan. Ela não era a “Flor” dele e ele era um assassino e ela a pessoa que tinha o denunciado para polícia, não fazia sentido esse sentimento.

No caminho para a aula de química prometeu a si mesma que não contaria para ninguém sobre Ryan e o que houve na salinha do zelador, seria muito estranho e David ficaria morrendo de medo dele. Chegando perto da porta da sala avistou Emma vindo em sua direção para que pudessem entrar na sala de aula juntas.

-- Algum problema Kate?

-- Não, por quê?

-- Está pálida.

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