Cap 2: Shut up and get in the damn car.

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Sirenes ecoavam pelo lugar. O local havia sido interditado. A detetive chegou no ambiente e a primeira coisa que fez foi olhar dentro do carro, onde o corpo do atirador se encontrava.

"Quer saber o que eu já descobri?" A voz masculina a tirou de sua análise.

"O tenente falou que o caso é meu." Falou irritada.

"Sim, Camila. Mas nem perca seu tempo. Esse é fácil. Esse é o bandido. Harry Deacon." Falou apontando para o morto. "Um traficante que é insignificante. Eu achei isso no bolso dele e isso..."Apontou para um pacote cheio de cocaína. "Com a Alexa. É óbvio que foi por droga. Provavelmente ela devia pra ele. Ela já não fazia mais o sucesso de antes e não teve como pagar.

"Como você sabe que ele é insignificante?" Camila perguntou intrigada.

"Olhe pro carro dele. É simples." Falou debochado.

"Você chegou a reparar no relógio dele? não parece barato." Falou com os braços cruzados.

"Deve ser falso." Ele alegou. "Olha, esse caso vai atrair holofotes, se eu fosse você eu não investigaria muito. Ainda mais depois do caso do Palmetto."

"Eu pedi esse caso justamente por isso, Shawn." Ele pareceu frustrado ao ouví-la. "Então, alguma testemunha?" Mudou de assunto.

"Temos uma. A dona da boate. Ela está lá dentro." Falou se retirando.

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Camila entrou no lugar e reparou que havia alguém tocando o piano. A mulher não pareceu notá-lá, tocava o piano com a alma. Olhos fechados, deixando o corpo se levar pelo ritmo lento e deprimente. Ela se aproximou.

"Com licença, eu sou a Detetive Cabello, da polícia de Los Angeles. Eu soube que você é a única testemunha, preciso fazer algumas perguntas."

"Claro." Ela respondeu ainda tocando.

"Como se chama?" A detetive perguntou.

"Morningstar. Lauren Morningstar Jauregui." Respondeu. A detetive lhe olhou confusa.

"É um nome artístico ou algo assim?" Lauren deixou uma risada rouca sair.

"Foi Deus que escolheu." Ela disse olhando para a detetive. Parou subitamente de tocar o piano. "Hey, você me é familiar. Nós nos conhecemos?" A detetive ergueu as sobrancelhas.

"Sim, há 5 minutos. Eu faço as perguntas aqui." Falou séria. "Fale sobre sua relação com a vítima."

"Ela trabalhou aqui anos atrás. Às vezes eu tocava e ela cantava. Então ela ficou famosa e alguém decidiu matá-lá." Disse tranquila.

"Conhecia o atirador?"

"Não. Só tivemos uma conversa antes que ele morresse. Perguntei porque ele a matou." Falou pegando seu copo de whisky que estava em cima do piano.

"Hm. Gosta de brincar que é policial?" Perguntou intrigada. Lauren riu e ergueu uma sobrancelha.

"Eu gosto de brincar no geral, detetive. E você?" Sorriu ousada. A detetive respirou fundo para conter a raiva devido ao atrevimento da garota dos olhos verdes.

"Então você falou com a cara morto?" Perguntou duvidosa.

"Oh, ele não estava morto ainda. Estava na travessia." Camila franziu os olhos.

"Ele falou porque a matou?"

"Dinheiro, é óbvio. Vocês, humanos, adoram dinheiro, não é?" Perguntou virando mais um gole de seu whisky.

"Sim. Sim, adoramos. E de que planeta você é? Londres?" Perguntou debochada e Lauren riu.

"Ele também disse que só apertou o gatilho. Interessante, não é?"

Entre o céu e o infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora