Já fazia tempo que eu não conseguirá ver o por do sol.
Antes de conhecer Klaus, eu vivia em meu quarto pintando e compondo belas músicas, com tal tranquilidade, sabia que a arte era o que me completava, sentia que nada era mais transcendente. Haviam-se horas a qual me traziam plenas quietudes sair de meu quarto e passear pelo o extenso jardim da casa de meus pais.
Ali, me via livre, não havia nada com que eu me preocuparia. Próxima, a uma enorme árvore eu me sentava e ali eu lerá os livros de Johann Wolfgang no qual eu ganhara de meu pai, em todos os meus aniversários. Confesso que me apegava a forma a qual ele escrevia suas histórias, após, ter lido "Os sofrimentos do jovem Werther", eu me apaixonei por completa, ter visto a consternação de Werther por sua amada Charlotte e de como sua vida não teria sentido sem ela, trouxe-me tal encanto. Saber que o amor esta além do limites da razão humana é encantador.
Assim, todos os dias eu lia um romance, para mim, cada história era uma paixão e mil amores, eu amava a forma "bela e sublime" que muitos dos autores queriam transmitir a seus leitores.
A os sábados a tarde, Mariele vinha a minha casa, ela era cativante e inteligente, tinha longos cabelos loiros, e um nariz arrebitado. Eu a conheci deis de infância, lembro como se fosse ontem, vindo a mim no parque com um livro em suas mãos e perguntando se eu gostaria de ser sua amiga por toda infinitude. Juntas nós nos aventurávamos em uma extensa floresta com enormes árvores, lá tínhamos encontrado um campo, cercado de galantes orquídeas e tulipas, prometemos uma a outra que jamais contaríamos sobre o nosso lugar secreto, deis então tomaríamos aquele ambiente como nosso refugiu, chamávamos de "Jardim das Promessas".
Passei minha infância toda com Mariele, minha melhor amiga. Lembro da viagem que tivemos para a Polônia com minha família, havíamos comprado milhares de livros em uma enorme livraria que por a caso conheci o filho do livreiro, ele era um ano mais velho e ajudava na loja repondo livros e organizando o estoque. Quando eu o vi, fiquei sem o que dizer, me coração batia rápido e meu respirar tornou-se impossível de se controlar, nunca havia passado por tal situação. Quando Marie e eu, voltamos para o hotel, havia de contar para ela sobre o rapaz de cabelos cacheados com seu curto cachos de ouro que me cativava, em pouco tempo, podia-se ouvir suas risadas e retomando a conversa dizendo que também haveria de enamora-lo. Como amigas de infância entre nós duas, existia um vinculo que nos tornava irmãs, porém, houve um dia em que ela me diria não poder mais vela, que apenas se comunicaria por cartas, logo, que sua família se mudaria para longe, mas que guardaria a promessa de nosso pequeno jardim secreto.
Mesmo longe, Mariele mandava-me cartas dizendo sobre suas pequenas aventuras, sobre como estava feliz em conhecer uma cultura nova e que poderia tomar chá com a rainha. Sempre mencionava as várias idas a grandes concertos e contribuições de seu pai e o colega George Moore, dizia estarem próximos a fundarem algo cuja a história retribuiriam eles por grandes feitos. Sempre com um tom alegre em sua escrita eu a respondia com as pequenas brincadeiras que eu faria com meu pai, como da vez que em que enroupei os patos do jardim para que pudessem parecer a senhoritas Anna e Verena, nossas criadas que sempre estavam andando de uma lado para outro atrás de mim para limpar a enorme bagunça que eu deixava por onde eu passava.
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A arte de viver
FantasíaHistória de Sofie Blaschke uma jovem indecisa em suas ações, filha de pais de alta burguesia e grande fan da arte. Antes de seu fim, ela vive experiencias mutuas e um amor impossível que a deixa sem saber o que irá fazer de sua vida.