Escola Para Monstros

Cap. 23 - Tudo pode ser diferente dessa vez

"P.O.V Scott"

Adentrei ao escritório do meu pai, porque mesmo hoje é óbvio que ele não sairia desse local imundo.

-Como se senti quando suas previsões estão erradas? -Pergunto sorrindo.

-Onde eu errei? -Hades pergunta sorrindo. -Acho que você não ouviu direito seu "amigo" Jones, meu querido filho! "Até Hades tem medo dela, te lembra algo?" Eu nunca quis que ela ressuscitasse e sabia que se você se apaixonasse por ela, você daria um jeito de deter o "Despertar".

-Você não pode estar falando sério! -Grito.

-Você mentiu para mim? -Cronos aparece do meu lado e fala. - Era para esse inútil está irritado agora!

-Achei que você fosse mais esperto papai, sabia que conseguiria enganar meu filho, mais você também? Isso é impagável! -Hades fala rindo de mim e de Cronos que irritado desaparece da fala.

Eu saiu pelo porta também, agora totalmente desolado, não posso beijar Amy, ela nem me conhece e Eve despertaria, meu pai ganhou de mim mais uma vez e novamente me encontro sozinho.

"P.O.V Amy"

Eu não achei que conseguiria fingir tão bem, quanto fiz hoje na recepção. Parece que ninguém por aqui realmente entende o que sou agora.

Eu nunca vou ser a reencarnação de Eve, ela está bem presa no purgatório, apenas estabeleci uma ligação com ela, agora consigo ver tudo claramente e ainda ninguém desconfia do que aconteceu comigo.

Acredito não possuir mais sentimentos, é como se minha humanidade tivesse sido desligada em troca de poderes impensáveis por mim antes. É como Maxon me contou, eu vou comandar todos os monstros, porque serei a melhor e mais poderosa dentre todas as criaturas.

Eu me sinto renovada e totalmente mergulhada na escuridão, acho que eu descobri antes de você querido professor, o que a profecia realmente significa!

E parando para pensar acho que sei exatamente o que pode me fazer voltar ao normal. Acho que é hora de matar um Semi-Deus.

Ando ainda mais rápido para o meu quarto a procura de armas poderosas, o que eu tinha na cabeça quando vim para essa escola desarmada?

Paro de me mexer quando vejo a caixa que meu pai me entregou, eu nunca consegui abri-la, eu nunca soube exatamente o que tem dentro daquilo. Senti uma certa pontada no meu coração. O que é isso? Sentia meu rosto molhado.

Abri lentamente o embrulho ainda em perfeito estado, e me deparei com algumas plantas estranhas, que eu nunca vi antes. E uma pequena carta, era a caligrafia do meu pai, me apressei em ler.

Olá, meu anjo.

Aposto que você já viveu incitáveis coisas desde começo desse ano, e que seu coração foi destruído incontáveis vezes.

Uma droga, não?

Eu sempre fui a favor que fosse avisados aos alunos, mas não avisam. E eu não posso descumprir as regras da instituição. Mas gostaria que você machucasse essas plantas e as consumisse, se você começar a achar que não sente mais nada. Se alguma vez, confiou de verdade em seu pai, faça isso, siga seus instintos e seja feliz.

Eu e sua mãe esperamos ansiosos em casa, esses anos longe de você nos deixaram loucos.

Por favor, tome cuidado.

Papai te ama, tanto quanto sua mãe.

Abraços.

Eu chorava? Incontrolavelmente.

Não fazia sentido a maioria daquelas palavras, mas eu sentia como se fizesse.

E com uma força sobrehumana esmaguei aquelas folhas e as engoli, desceram rasgando como se fossem veneno, eu sentia como se fosse morrer.

Meus pensamentos ficaram confusos e eu cai no chão de dor, até que me veio a mente a visão da minha mãe, ela me abraçava e era gentil, dizia que me amava e que estava me esperando.

Essas imagens fizeram ainda menos sentido na minha mente. O que aquilo significava? Eu não fazia ideia.

A dor foi se tornando suportável o suficiente para que eu conseguisse me sentar escorando-me na minha cama.

Eu já vivi isso tudo antes, sei que Lua não vai aparecer, sei que o pai dela ainda não morreu e eu posso avisa-la.

Posso mudar muitas coisas. Tudo pode ser diferente dessa vez.

Adormeci sentada ali mesmo com esses pensamentos na cabeça.