Me balançava lentamente no balanço enquanto soltava gargalhadas altas sentindo as mãos de minha mãe me empurrando cuidadosamente, ergo meu olhar para o céu que estava realmente lindo, olhava ao redor e podia ver as crianças correndo dando altas gargalhadas. Me levanto indo até o grupo de crianças em buscas de novas amizades, mas havia algo estranho, quando ia tocar as crianças era como se eu fosse um fantasma, minha mão atravessava o corpo das meninas me impedindo de ter algum contato com as mesmas, até que eu via suas expressões alegres ficarem retorcidas, sinto pingos de chuvas em meu rosto e desvio meu olhar para o céu que agora estava nublado, o tempo havia fechado de uma forma assustadora. Pingos de chuvas agora estavam sendo acompanhadas de ventanias constantes, fechei meu olhos e tentei andar até minha mãe, quando ouvi gritos distantes e consegui erguer a cabeça para ver de onde vinha o barulho, logo vi minha mãe sendo arrastada por um tipo de redemoinho assustador, tento correr até lá mas não adiantava em nada.
"Mamãe!"
Foi a única coisa que consegui falar, antes da minha mãe desaparecer.
Acordei ofegante e toquei meu corpo me certificando se não estava sonhando, olho para os lados criando consciência de que ainda estava na sala de hospital, respiro pesado passando minhas mãos soadas e trêmulas em meu rosto, levanto indo até a cama onde minha mãe estava repousando, dou um sorriso fraco levando minha mão até seu rosto sereno acariciando o mesmo, sinto um vento forte bater em meu rosto e cubro minha mãe com o lençol em seguida caminho até a janela fechando as cortinas percebendo que o vento havia diminuído. Olhei para o relógio em meu pulso e vi que era exatamente 5:00 da manhã. Sempre acordava nesse horário para não chegar atrasada no trabalho, já que tinha que pegar 3 ônibus pra chegar até o local, parece exagero, mas esta era a realidade de todo santo dia.
Após fazer minhas higienes matinais, coloco minha farda dentro da minha mochila com cuidado para não amassar a roupa, saio do quarto tentando fazer o mínimo barulho possível para não acordar minha mãe e vou até o refeitório do hospital pegando uma bandeja para colocar o devido alimento para minha mãe. Pego a receita que tinha anotado no bloco de anotações e coloco sobre a bandeja o que o médico tinha me falado para que a alimentação da minha mãe fosse regulada. Passei pelo porteiro do hospital desejando a ele um bom dia recebendo dele um sorriso simpático e o jornal, como sempre.
- Bom dia flor do dia - falei dando um sorriso fraco ao ver minha mãe sentada na poltrona enquanto lia o seu livro favorito.
- Teve aquele pesadelo de novo? - ela falou com sua voz fraca e tirou seus óculos redondos e delicados pondo o mesmo sobre suas pernas.
- Como você sabe? Não me diga que é intuição de mãe. - falei tentando disfarçar o nervosismo e entrei no quarto pondo a bandeja sobre uma mesinha que havia ao lado da poltrona.
- Vi quando você acordou assustada e veio até mim, já disse que eu não durmo, ou melhor, não consigo dormir - pegou uma torrada que estava no prato e deu uma mordida na mesma tomando um gole do seu suco em seguida.
- Sempre trocando o dia pela noite, isso não é bom pra você. - falo olhando para o relógio em meu braço, caminho rápido até a cama pegando minha mochila e pego uma maçã que estava sobre a bandeja.
- Já vai? Nem conversamos direito! - percebo o tom de chateação na sua voz e dou um sorriso fraco.
- A gente vai ter tempo de conversar quando eu chegar - beijo sua bochecha e caminho rápido até a porta - Não esquece de ler o jornal, te amo.
Caminho até a saída do hospital me despedindo do porteiro e vou em passos rápidos até o ponto de ônibus mais próximo, por minha sorte ou meu azar, não tive que esperar o ônibus chegar, mas também tive que correr para chegar a tempo pois o último passageiro já ia subir. Subo ofegante no ônibus e me sento na primeira cadeira desocupada que vi, pego na mochila meu dicionário coreano e resolvi ler novas palavras. Nem me pergunte o porquê disso, mas amo tudo da Coréia, as bandas coreanas principalmente. Enquanto estava lendo o dicionário, meus pensamentos trouxeram a tona o dia em que minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama, desde daquele dia, nossas vidas tiveram uma mudança radical.
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Pessoal, me perdoem pelo capítulo pequeno, prometo melhorar. >.<
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You saved me || Kim Seokjin
FanfictionSonhos se tornam realidade, se você acreditar.