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O homem passou o braço em volta da sua cintura, meio desajeitado por tal ato. Becky passou o braço em volta do seu pescoço e assim eles saíram do beco enquanto ela lhe dava algumas informações. A garota tentava ignorar o cheiro forte que ele possuía, com certeza não tomava banho a dias. Em dez minutos eles chegaram em frente ao enorme prédio que Rebbeca morava.

- "Merda"- exclamou em quase um sussurro, o que chamou atenção do homem - "Eu moro no quarto andar e o elevador está quebrado". - bufou frustrada.

O homem, cujo ela não sabia o nome ainda, apenas assentiu com a cabeça e adentrou o prédio. O porteiro do prédio que estava concentrado em sua televisãozinha direcionou sua atenção aos jovens, com espanto. Rebbeca ignorou dando as instruções ao homem. Com dificuldade, subiram de escada até o quarto andar, parando assim à sua porta.

- "É essa?" - ela assentiu e assim ele a soltou.

- "Muito obrigado, não sei como lhe agradecer" - ela sorriu abertamente o olhando.

- "Era o mínimo que eu podia fazer" - ele sorriu de lado observando a  mulher a sua frente. - "Só não ande mais sozinha a uma hora dessas. Como viu, é perigoso! " - ela riu pelo nariz - "Bom.. Já vou indo, tchau"

Becky sorrio e acenou, vendo-o se afastar. Não sabia o motivo, mas sentiu um aperto no peito. Era grata ao homem por ter a trazido em segurança para casa e salvado sua vida. E também sentia pena, talvez o ajudando seria a forma certa de agradecer.

 - "Ei, espere "- ele parou de andar e se virou a ela - "Não quer entrar? Eu ainda não comi nada, séria ótimo ter alguém para conversar"

- "Não iria incomoda-lá?" -disse sem jeito.

- "Ora, que isso. Não será incomodo nenhum" - a mesma abriu a porta - "Venha" - sorriu gentilmente e o mesmo foi até a porta,  adentrando seu apartamento.

- "Obrigado" - disse se sentindo acanhado.

- "Quem tem que agradecer algo aqui sou eu, não acha?!" - ela disse com um sorriso nos lábios fazendo-o rir pelo nariz - "Não me disse seu nome ainda"

- "Ah, é Austin."

- "Austin... bonito nome." - ele sorriu - "Meu nome é Rebbeca, mas me chame de Becky". - ele assentiu - "Posso te emprestar uma roupa para tomar um banho e depois podemos comer alguma coisa."

- "Não precisa, Rebbeca" - disse e sorrio de lado-

- "Não precisa ficar com vergonha de mim, pelo contrário. Agora venha comigo"

 Ela foi mancando até um quarto, fazendo Austin a segui-lá. Abriu a porta, entrando no mesmo e indo até seu closet enquanto o homem observava o cômodo e algumas fotos que estavam na sua cômoda. 

- "Aqui" - falou e tirou peças de roupas masculinas de seu closet - "Eram do meu ex, eu já iria jogar fora ou queima-las. O Que seria uma pena, porque algumas nem foram usadas." - entregou as mesmas junto com uma toalha na mão dele - "O banheiro é na porta a frente, fique a vontade"

Ele sorriu grato e foi até lá, tirou as roupas sujas que usava, logo entrando no box e ligando o chuveiro. Sentiu a água quente percorrer seu corpo, como a muito tempo não sentia.

Já havia sido seis meses na rua, desde que terminou seu curso de música e não tinha mais dinheiro para se bancar em Nova York. Lavou seu cabelo e desligou o registro, saindo do box e se enxugando com a toalha. Se vestiu com as roupas que Becky havia lhe dado e arrumou seus cabelos molhados com as mãos.

Saiu do banheiro sentindo um cheiro delicioso, foi até a cozinha onde encontrou uma mulher totalmente diferente da que havia conhecido antes. Becky estava com uma calça de moletom cinza, pantufas e uma regata branca que realçava seus seios. O que de princípio, chamou atenção do homem, que resolveu ignorar totalmente esse fato ao lembrar que  ela apenas tinha pena dele. 

- "Olha, bem melhor" - falou sorrindo de lado  ao perceber a presença dele, o que o fez rir pelo nariz e se olhar - "Bom, eu esquentei no micro-ondas uma lasanha pronta. Espero não se importar"

- "Claro que não e muito obrigado pelas roupas"

- "Não precisa agradecer, ficaram ótimas em você. Sente- se" - 

Austin se sentou enquanto a morena terminava de arrumar a mesa. 

Quando terminou, se sentou e pegou seu prato

- "Fique a vontade" - sorriu e logo se serviu sendo acompanhada pelo rapaz a sua frente.

Becky terminou de comer e se encostou na cadeira de braços cruzados o  observando  e se perguntando o que um rapaz tão bom, educado e tão bonito como ele, fazia na rua. 

Talvez o perguntaria um dia, esse não era o momento certo.

Balançou a cabeça saindo dos seus devaneios ao perceber o moreno a observar também.

- "Coma mais, Austin" 

- "Não, obrigado. Estou satisfeito e a propósito, estava muito bom" - ela apenas sorriu voltando as perguntas em sua mente. 

- "Bom, vou lhe mostrar seu quarto" - se levantou devagar por conta do seu pé, não iria usar salto por um bom tempo.

- "Meu quarto? Olha, já disse que não precisa se incomodar. Por mim, eu já teria ido embora"

- "Você não vai embora. Vai passar essa noite aqui em casa como meu convidado. Você me livrou de uma hoje"

Ele sorriu ao ver a  baixinha puxando sua mão até um dos quartos do grande apartamento, obviamente não negaria sua ajuda. Becky abriu a porta de um quarto, paredes e móveis brancos, roupa de cama cinza e carpete bege.

- "Aqui está, se sinta em casa" - sorriu gentilmente e olhou no visor de seu celular - "Bem, já são quase uma hora da manhã e eu estou morta de sono, acho que você também precisa descansar" - riu pelo nariz- "Meu quarto é na frente do seu, me chame se precisar de qualquer coisa"

- "Boa noite e novamente, muito obrigado" - sorriu-

Austin se dirigiu até a cama, enquanto Becky fechou a porta e se encaminhou até seu quarto. Com certeza, foi um dia cansativo e assustador. 

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xoxo, K

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